Breaking
17 Apr 2025, Thu

Ataque em Guaxupé deixa PM ferido e agência da Caixa destruída por explosivos

Criminosos armados atacam agência bancária em Guaxupé, MG e quartel da Polícia Militar


A população de Guaxupé, cidade de cerca de 50 mil habitantes no sul de Minas Gerais, foi acordada na madrugada de 8 de abril por um cenário de guerra. Por volta de 1h45, uma quadrilha fortemente armada realizou ataques simultâneos contra a agência da Caixa Econômica Federal e o quartel da 79ª Companhia da Polícia Militar, usando explosivos e armas de grosso calibre. O barulho de tiros e explosões ecoou por aproximadamente 40 minutos, aterrorizando moradores do centro da cidade, que relatam ter se escondido embaixo de camas e trancado portas enquanto o caos se instalava. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, e as autoridades intensificaram as buscas na região com apoio de aeronaves e reforços policiais.

O ataque começou com disparos contra o quartel da PM, onde um soldado de plantão foi ferido na mão por estilhaços, embora seu estado de saúde seja estável. Minutos depois, os criminosos direcionaram sua ofensiva à agência bancária na Avenida Doutor João Carlos, detonando explosivos que causaram danos generalizados ao prédio. Imagens que circulam nas redes sociais mostram homens armados com fuzis andando pelas ruas e veículos em alta velocidade, evidenciando a ousadia da ação. A comerciária Isabelle Mariano de Melo Silva, que trabalha próximo ao local, descreveu o pavor que sentiu ao ouvir os estrondos, escondendo-se por uma hora até o silêncio voltar.

Além dos alvos principais, os criminosos dispararam contra uma base da Guarda Civil Municipal, acertando a parede de uma casa vizinha, e danificaram portas de duas lojas no centro. Cinco veículos tipo SUV usados na fuga foram encontrados abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas, a 42 quilômetros de Guaxupé, indicando uma possível rota de escape planejada. A Polícia Militar, com apoio da Polícia Federal e Civil, mobilizou equipes especializadas para rastrear os suspeitos, enquanto a população tenta se recuperar do impacto de uma noite que transformou a tranquilidade local em medo.

  • Horário do ataque: Iniciado às 1h45, com duração de cerca de 40 minutos.
  • Alvos principais: Quartel da PM e agência da Caixa Econômica Federal.
  • Danos colaterais: Base da GCM, residência e lojas atingidas.
  • Fuga: Cinco SUVs abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas.

O que aconteceu em Guaxupé

A ação criminosa em Guaxupé foi marcada por uma coordenação que remete ao chamado “novo cangaço”, uma tática que combina armamento pesado, ataques simultâneos e ações rápidas para desestabilizar as forças de segurança. Tudo começou quando os criminosos chegaram ao quartel da 79ª Companhia da Polícia Militar, disparando contra portas, janelas e paredes com armas de alta potência. Câmeras de monitoramento captaram o momento em que os suspeitos iniciaram o ataque, forçando o soldado de plantão a buscar abrigo enquanto estilhaços o atingiam. Ele foi socorrido e levado a um hospital local, onde recebeu atendimento médico.

Logo após o primeiro ataque, a quadrilha seguiu para a agência da Caixa Econômica Federal, localizada no coração da cidade. Explosivos foram usados para destruir o interior do prédio, deixando vidros estilhaçados e paredes marcadas por disparos. Marcos de Sousa Pimenta, chefe do 18º Departamento de Polícia Civil, informou que os caixas eletrônicos não pareciam ser o foco principal, levantando dúvidas sobre o real objetivo da ação. Até o momento, não foi confirmado se valores foram levados, mas a destruição sugere uma estratégia de intimidação ou distração.

Moradores relatam uma noite de pânico. Isabelle Mariano de Melo Silva, que vive perto do centro, disse que o barulho parecia o de uma invasão ao seu apartamento, levando-a a se esconder debaixo da cama por medo de balas perdidas. Sua mãe, ainda mais assustada, pensou que o prédio estivesse sendo derrubado. A sensação de insegurança se intensificou ao amanhecer, quando vídeos nas redes sociais mostraram a dimensão do ataque, com criminosos exibindo fuzis e circulando livremente pelas ruas.

Reação da população ao ataque

O impacto psicológico em Guaxupé foi imediato. A cidade, conhecida pela produção de café e por sua tranquilidade, nunca havia enfrentado um evento tão violento. Isabelle, que trabalha em uma loja próxima à agência atacada, ficou impressionada ao ver as imagens dos criminosos. “Eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer aqui, numa cidade tão pequena. É algo que deixa a gente horrorizada”, afirmou ela, destacando a proximidade do ataque ao seu local de trabalho.

Outros moradores compartilharam experiências semelhantes. Muitos acordaram com os estrondos e passaram minutos em estado de alerta, trancando portas e janelas enquanto tentavam entender o que ocorria. O barulho, descrito como ensurdecedor, reverberou por bairros próximos ao centro, criando uma atmosfera de medo que persistiu mesmo após o silêncio. Crianças choraram, e idosos, como a mãe de Isabelle, sentiram o peso de uma ameaça que parecia impossível em uma cidade de porte médio.

A circulação de vídeos nas redes sociais ampliou o alcance do terror. As imagens, gravadas por moradores ou câmeras de segurança, mostram homens armados com fuzis e veículos em alta velocidade, evidenciando a falta de resistência imediata. A sensação de vulnerabilidade tomou conta da população, que agora questiona a segurança local e espera respostas das autoridades sobre a captura dos responsáveis.

Resposta das forças de segurança

A Polícia Militar agiu rapidamente após os ataques, mas os criminosos já haviam iniciado sua fuga. Uma viatura da Guarda Civil Municipal tentou seguir os suspeitos, mas foi recebida com disparos de um dos veículos, forçando os guardas a se abrigarem. A PM mobilizou reforços da 18ª Região, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e uma aeronave para sobrevoar a região, enquanto equipes terrestres rastreavam os cinco SUVs abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas.

A Polícia Federal enviou agentes a Guaxupé para liderar a investigação, trabalhando em conjunto com a Polícia Civil e a PM. Durante os levantamentos iniciais, projéteis foram recolhidos para exames de DNA, na tentativa de identificar os criminosos ou rastrear as armas usadas. Os veículos abandonados também passarão por perícia técnica, com o objetivo de encontrar impressões digitais ou outros vestígios que levem aos responsáveis.

O governo de Minas Gerais reforçou o patrulhamento na região, destacando equipes especializadas para garantir a segurança e evitar novos ataques. O vice-governador Mateus Simões afirmou que o “novo cangaço” é uma preocupação, mas destacou que esse tipo de crime tem diminuído no estado, sugerindo que a resposta policial pode estar surtindo efeito em longo prazo.

O fenômeno do novo cangaço

O ataque em Guaxupé segue um padrão conhecido como “novo cangaço”, uma estratégia criminosa que ganhou força no Brasil nos últimos anos. Esses grupos utilizam armamento pesado, como fuzis e explosivos, e atacam simultaneamente alvos estratégicos para desorientar as forças de segurança e facilitar a fuga. Cidades pequenas, como Guaxupé, são alvos frequentes devido ao efetivo policial reduzido e às rotas de escape na zona rural.

Nos últimos cinco anos, Minas Gerais registrou ao menos 15 ações desse tipo, incluindo ataques em Uberaba (2019) e Varginha (2021), este último resultando na morte de 26 suspeitos em confronto com a polícia. Em Araçatuba, São Paulo, em agosto de 2021, criminosos usaram reféns como escudos humanos, mostrando a escalada de violência dessas quadrilhas. Especialistas apontam que o acesso a armas de grosso calibre, muitas vezes obtidas no mercado ilegal, tem fortalecido esses grupos, que operam com planejamento militar.

A ação em Guaxupé impressiona pela ousadia. Atacar um quartel da PM simultaneamente a um banco é uma demonstração de força que visa intimidar tanto a população quanto as autoridades. A falta de prisões imediatas reforça a percepção de que esses criminosos estão bem preparados, com rotas de fuga pré-definidas e uma logística que desafia a resposta policial em cidades menores.

  • Características: Uso de fuzis, explosivos e ataques simultâneos.
  • Alvos comuns: Bancos e quartéis em cidades pequenas.
  • Histórico: Pelo menos 15 casos em MG nos últimos cinco anos.
  • Estratégia: Desorientar a polícia e facilitar a fuga.

Danos causados pelo ataque

A agência da Caixa Econômica Federal ficou em escombros após as explosões, com vidros destruídos e o interior devastado por disparos e estilhaços. O quartel da PM sofreu danos estruturais, com portas, janelas e paredes perfuradas por tiros de grosso calibre. O soldado ferido, atingido na mão, foi o único registro de vítima direta entre os policiais, mas o impacto psicológico na corporação é evidente.

A base da Guarda Civil Municipal, embora não tenha tido guardas feridos, foi alvo de disparos que acertaram uma residência próxima, deixando marcas na parede e aumentando o medo entre os moradores. Duas lojas na área central também foram afetadas, com portas quebradas por estilhaços ou vibrações das explosões. O cenário ao amanhecer era de destruição, com ruas isoladas para perícia e limpeza.

A Caixa informou que coopera com as investigações e que a agência permanecerá fechada até que os danos sejam avaliados. Clientes foram orientados a buscar unidades próximas ou usar canais digitais para atendimento, enquanto a previsão de reabertura será divulgada futuramente.

Buscas e investigações em andamento

Após a fuga dos criminosos, a Polícia Militar localizou cinco SUVs abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas, a 42 quilômetros de Guaxupé. A descoberta dos veículos, possivelmente usados na ação, é um dos primeiros passos para rastrear os suspeitos. Uma aeronave da PM sobrevoa a região, enquanto equipes do BOPE e da 18ª Região intensificam as buscas em áreas de mata e estradas secundárias.

A Polícia Civil deslocou investigadores especializados de Belo Horizonte para Guaxupé, transportados em uma aeronave cedida pelo estado. Projéteis recolhidos no local serão analisados para identificação de DNA, na esperança de encontrar pistas sobre os criminosos ou as origens das armas. Os SUVs também passarão por perícia detalhada, buscando impressões digitais ou outros vestígios que possam levar à identificação do grupo.

A Polícia Federal assumiu um papel central na investigação, enviando equipes para colaborar com as forças estaduais. A área do ataque foi isolada para preservar evidências, e as autoridades prometem manter o esforço até que os responsáveis sejam capturados. O governo estadual reforçou o policiamento, destacando a prioridade em restabelecer a segurança na região.

Repercussão entre os moradores

O ataque deixou marcas profundas na população de Guaxupé. Isabelle Mariano de Melo Silva, que assistiu aos vídeos do ocorrido, expressou incredulidade diante da violência em uma cidade pequena. “É super impactante. A gente não imagina que isso aconteça onde trabalhamos”, disse ela, refletindo o choque coletivo. A proximidade dos eventos ao cotidiano dos moradores ampliou o sentimento de vulnerabilidade.

Outros relatos apontam para noites de insônia e medo persistente. Crianças acordaram assustadas com os barulhos, e idosos, como a mãe de Isabelle, enfrentaram crises de ansiedade. A circulação de imagens nas redes sociais, embora tenha informado a população, também intensificou o clima de tensão, com muitos questionando como um ataque tão ousado pôde ocorrer sem resistência imediata.

A rotina da cidade foi alterada, com ruas centrais isoladas e um reforço policial visível. Moradores evitam circular à noite, e o comércio próximo aos locais atingidos opera com cautela, enquanto a população aguarda notícias sobre a captura dos criminosos para recuperar a sensação de segurança perdida.

Contexto de crimes semelhantes

Ataques como o de Guaxupé não são novidade no Brasil. Em 2021, a cidade de Varginha, também em Minas Gerais, foi palco de uma operação policial que terminou com 26 suspeitos mortos, após a tentativa de um assalto a banco. Em Araçatuba, São Paulo, no mesmo ano, criminosos usaram explosivos e reféns para roubar agências bancárias, deixando três mortos. Esses casos evidenciam a sofisticação das quadrilhas do “novo cangaço”, que operam com armamento pesado e táticas de guerrilha urbana.

Em Minas Gerais, o fenômeno tem se concentrado em cidades de médio porte, aproveitando a menor presença policial e a facilidade de acesso a zonas rurais para fuga. Dados mostram que, entre 2019 e 2024, o estado registrou uma média de três ataques desse tipo por ano, com picos em 2021 e 2023. A redução apontada pelo vice-governador Mateus Simões pode indicar um efeito das operações policiais, mas o caso de Guaxupé sugere que o problema persiste.

A facilidade de acesso a armas de grosso calibre, muitas vezes provenientes do mercado ilegal ou desviadas de estoques legais, é um fator que alimenta essas ações. A proximidade de Guaxupé com a divisa de São Paulo, a 60 quilômetros, também facilita a movimentação de criminosos entre estados, tornando a região um ponto estratégico para quadrilhas.

Medidas das autoridades após o ataque

O governo de Minas Gerais respondeu com um reforço imediato na segurança. Equipes do BOPE, da 18ª Região da PM e do Comando de Aviação do Estado foram mobilizadas para patrulhar Guaxupé e arredores, enquanto buscas na zona rural continuam. A presença de uma aeronave sobrevoando a região é um sinal do esforço para localizar os suspeitos, que podem estar escondidos em áreas de difícil acesso.

A Polícia Civil mantém a área dos ataques isolada, garantindo a preservação de evidências enquanto peritos analisam projéteis e destroços. A chegada de investigadores de Belo Horizonte reforça a investigação, que agora conta com tecnologia avançada para rastrear DNA e impressões digitais. A Polícia Federal, por sua vez, foca na possibilidade de o crime ter conexões interestaduais, dado o padrão de atuação das quadrilhas.

O vice-governador Mateus Simões destacou que, apesar da gravidade, o estado tem trabalhado para reduzir esses ataques, com operações que resultaram em prisões e confrontos nos últimos anos. A Caixa Econômica Federal informou que a agência permanecerá fechada até a conclusão das investigações e reparos, orientando clientes a usar canais digitais ou unidades próximas.

  • Reforço policial: BOPE, 18ª Região e aeronave em ação.
  • Perícia: Análise de projéteis e veículos para identificação.
  • Patrulhamento: Intensificado em Guaxupé e arredores.
  • Fechamento da agência: Caixa orienta uso de canais alternativos.



A população de Guaxupé, cidade de cerca de 50 mil habitantes no sul de Minas Gerais, foi acordada na madrugada de 8 de abril por um cenário de guerra. Por volta de 1h45, uma quadrilha fortemente armada realizou ataques simultâneos contra a agência da Caixa Econômica Federal e o quartel da 79ª Companhia da Polícia Militar, usando explosivos e armas de grosso calibre. O barulho de tiros e explosões ecoou por aproximadamente 40 minutos, aterrorizando moradores do centro da cidade, que relatam ter se escondido embaixo de camas e trancado portas enquanto o caos se instalava. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, e as autoridades intensificaram as buscas na região com apoio de aeronaves e reforços policiais.

O ataque começou com disparos contra o quartel da PM, onde um soldado de plantão foi ferido na mão por estilhaços, embora seu estado de saúde seja estável. Minutos depois, os criminosos direcionaram sua ofensiva à agência bancária na Avenida Doutor João Carlos, detonando explosivos que causaram danos generalizados ao prédio. Imagens que circulam nas redes sociais mostram homens armados com fuzis andando pelas ruas e veículos em alta velocidade, evidenciando a ousadia da ação. A comerciária Isabelle Mariano de Melo Silva, que trabalha próximo ao local, descreveu o pavor que sentiu ao ouvir os estrondos, escondendo-se por uma hora até o silêncio voltar.

Além dos alvos principais, os criminosos dispararam contra uma base da Guarda Civil Municipal, acertando a parede de uma casa vizinha, e danificaram portas de duas lojas no centro. Cinco veículos tipo SUV usados na fuga foram encontrados abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas, a 42 quilômetros de Guaxupé, indicando uma possível rota de escape planejada. A Polícia Militar, com apoio da Polícia Federal e Civil, mobilizou equipes especializadas para rastrear os suspeitos, enquanto a população tenta se recuperar do impacto de uma noite que transformou a tranquilidade local em medo.

  • Horário do ataque: Iniciado às 1h45, com duração de cerca de 40 minutos.
  • Alvos principais: Quartel da PM e agência da Caixa Econômica Federal.
  • Danos colaterais: Base da GCM, residência e lojas atingidas.
  • Fuga: Cinco SUVs abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas.

O que aconteceu em Guaxupé

A ação criminosa em Guaxupé foi marcada por uma coordenação que remete ao chamado “novo cangaço”, uma tática que combina armamento pesado, ataques simultâneos e ações rápidas para desestabilizar as forças de segurança. Tudo começou quando os criminosos chegaram ao quartel da 79ª Companhia da Polícia Militar, disparando contra portas, janelas e paredes com armas de alta potência. Câmeras de monitoramento captaram o momento em que os suspeitos iniciaram o ataque, forçando o soldado de plantão a buscar abrigo enquanto estilhaços o atingiam. Ele foi socorrido e levado a um hospital local, onde recebeu atendimento médico.

Logo após o primeiro ataque, a quadrilha seguiu para a agência da Caixa Econômica Federal, localizada no coração da cidade. Explosivos foram usados para destruir o interior do prédio, deixando vidros estilhaçados e paredes marcadas por disparos. Marcos de Sousa Pimenta, chefe do 18º Departamento de Polícia Civil, informou que os caixas eletrônicos não pareciam ser o foco principal, levantando dúvidas sobre o real objetivo da ação. Até o momento, não foi confirmado se valores foram levados, mas a destruição sugere uma estratégia de intimidação ou distração.

Moradores relatam uma noite de pânico. Isabelle Mariano de Melo Silva, que vive perto do centro, disse que o barulho parecia o de uma invasão ao seu apartamento, levando-a a se esconder debaixo da cama por medo de balas perdidas. Sua mãe, ainda mais assustada, pensou que o prédio estivesse sendo derrubado. A sensação de insegurança se intensificou ao amanhecer, quando vídeos nas redes sociais mostraram a dimensão do ataque, com criminosos exibindo fuzis e circulando livremente pelas ruas.

Reação da população ao ataque

O impacto psicológico em Guaxupé foi imediato. A cidade, conhecida pela produção de café e por sua tranquilidade, nunca havia enfrentado um evento tão violento. Isabelle, que trabalha em uma loja próxima à agência atacada, ficou impressionada ao ver as imagens dos criminosos. “Eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer aqui, numa cidade tão pequena. É algo que deixa a gente horrorizada”, afirmou ela, destacando a proximidade do ataque ao seu local de trabalho.

Outros moradores compartilharam experiências semelhantes. Muitos acordaram com os estrondos e passaram minutos em estado de alerta, trancando portas e janelas enquanto tentavam entender o que ocorria. O barulho, descrito como ensurdecedor, reverberou por bairros próximos ao centro, criando uma atmosfera de medo que persistiu mesmo após o silêncio. Crianças choraram, e idosos, como a mãe de Isabelle, sentiram o peso de uma ameaça que parecia impossível em uma cidade de porte médio.

A circulação de vídeos nas redes sociais ampliou o alcance do terror. As imagens, gravadas por moradores ou câmeras de segurança, mostram homens armados com fuzis e veículos em alta velocidade, evidenciando a falta de resistência imediata. A sensação de vulnerabilidade tomou conta da população, que agora questiona a segurança local e espera respostas das autoridades sobre a captura dos responsáveis.

Resposta das forças de segurança

A Polícia Militar agiu rapidamente após os ataques, mas os criminosos já haviam iniciado sua fuga. Uma viatura da Guarda Civil Municipal tentou seguir os suspeitos, mas foi recebida com disparos de um dos veículos, forçando os guardas a se abrigarem. A PM mobilizou reforços da 18ª Região, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e uma aeronave para sobrevoar a região, enquanto equipes terrestres rastreavam os cinco SUVs abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas.

A Polícia Federal enviou agentes a Guaxupé para liderar a investigação, trabalhando em conjunto com a Polícia Civil e a PM. Durante os levantamentos iniciais, projéteis foram recolhidos para exames de DNA, na tentativa de identificar os criminosos ou rastrear as armas usadas. Os veículos abandonados também passarão por perícia técnica, com o objetivo de encontrar impressões digitais ou outros vestígios que levem aos responsáveis.

O governo de Minas Gerais reforçou o patrulhamento na região, destacando equipes especializadas para garantir a segurança e evitar novos ataques. O vice-governador Mateus Simões afirmou que o “novo cangaço” é uma preocupação, mas destacou que esse tipo de crime tem diminuído no estado, sugerindo que a resposta policial pode estar surtindo efeito em longo prazo.

O fenômeno do novo cangaço

O ataque em Guaxupé segue um padrão conhecido como “novo cangaço”, uma estratégia criminosa que ganhou força no Brasil nos últimos anos. Esses grupos utilizam armamento pesado, como fuzis e explosivos, e atacam simultaneamente alvos estratégicos para desorientar as forças de segurança e facilitar a fuga. Cidades pequenas, como Guaxupé, são alvos frequentes devido ao efetivo policial reduzido e às rotas de escape na zona rural.

Nos últimos cinco anos, Minas Gerais registrou ao menos 15 ações desse tipo, incluindo ataques em Uberaba (2019) e Varginha (2021), este último resultando na morte de 26 suspeitos em confronto com a polícia. Em Araçatuba, São Paulo, em agosto de 2021, criminosos usaram reféns como escudos humanos, mostrando a escalada de violência dessas quadrilhas. Especialistas apontam que o acesso a armas de grosso calibre, muitas vezes obtidas no mercado ilegal, tem fortalecido esses grupos, que operam com planejamento militar.

A ação em Guaxupé impressiona pela ousadia. Atacar um quartel da PM simultaneamente a um banco é uma demonstração de força que visa intimidar tanto a população quanto as autoridades. A falta de prisões imediatas reforça a percepção de que esses criminosos estão bem preparados, com rotas de fuga pré-definidas e uma logística que desafia a resposta policial em cidades menores.

  • Características: Uso de fuzis, explosivos e ataques simultâneos.
  • Alvos comuns: Bancos e quartéis em cidades pequenas.
  • Histórico: Pelo menos 15 casos em MG nos últimos cinco anos.
  • Estratégia: Desorientar a polícia e facilitar a fuga.

Danos causados pelo ataque

A agência da Caixa Econômica Federal ficou em escombros após as explosões, com vidros destruídos e o interior devastado por disparos e estilhaços. O quartel da PM sofreu danos estruturais, com portas, janelas e paredes perfuradas por tiros de grosso calibre. O soldado ferido, atingido na mão, foi o único registro de vítima direta entre os policiais, mas o impacto psicológico na corporação é evidente.

A base da Guarda Civil Municipal, embora não tenha tido guardas feridos, foi alvo de disparos que acertaram uma residência próxima, deixando marcas na parede e aumentando o medo entre os moradores. Duas lojas na área central também foram afetadas, com portas quebradas por estilhaços ou vibrações das explosões. O cenário ao amanhecer era de destruição, com ruas isoladas para perícia e limpeza.

A Caixa informou que coopera com as investigações e que a agência permanecerá fechada até que os danos sejam avaliados. Clientes foram orientados a buscar unidades próximas ou usar canais digitais para atendimento, enquanto a previsão de reabertura será divulgada futuramente.

Buscas e investigações em andamento

Após a fuga dos criminosos, a Polícia Militar localizou cinco SUVs abandonados na zona rural de Monte Santo de Minas, a 42 quilômetros de Guaxupé. A descoberta dos veículos, possivelmente usados na ação, é um dos primeiros passos para rastrear os suspeitos. Uma aeronave da PM sobrevoa a região, enquanto equipes do BOPE e da 18ª Região intensificam as buscas em áreas de mata e estradas secundárias.

A Polícia Civil deslocou investigadores especializados de Belo Horizonte para Guaxupé, transportados em uma aeronave cedida pelo estado. Projéteis recolhidos no local serão analisados para identificação de DNA, na esperança de encontrar pistas sobre os criminosos ou as origens das armas. Os SUVs também passarão por perícia detalhada, buscando impressões digitais ou outros vestígios que possam levar à identificação do grupo.

A Polícia Federal assumiu um papel central na investigação, enviando equipes para colaborar com as forças estaduais. A área do ataque foi isolada para preservar evidências, e as autoridades prometem manter o esforço até que os responsáveis sejam capturados. O governo estadual reforçou o policiamento, destacando a prioridade em restabelecer a segurança na região.

Repercussão entre os moradores

O ataque deixou marcas profundas na população de Guaxupé. Isabelle Mariano de Melo Silva, que assistiu aos vídeos do ocorrido, expressou incredulidade diante da violência em uma cidade pequena. “É super impactante. A gente não imagina que isso aconteça onde trabalhamos”, disse ela, refletindo o choque coletivo. A proximidade dos eventos ao cotidiano dos moradores ampliou o sentimento de vulnerabilidade.

Outros relatos apontam para noites de insônia e medo persistente. Crianças acordaram assustadas com os barulhos, e idosos, como a mãe de Isabelle, enfrentaram crises de ansiedade. A circulação de imagens nas redes sociais, embora tenha informado a população, também intensificou o clima de tensão, com muitos questionando como um ataque tão ousado pôde ocorrer sem resistência imediata.

A rotina da cidade foi alterada, com ruas centrais isoladas e um reforço policial visível. Moradores evitam circular à noite, e o comércio próximo aos locais atingidos opera com cautela, enquanto a população aguarda notícias sobre a captura dos criminosos para recuperar a sensação de segurança perdida.

Contexto de crimes semelhantes

Ataques como o de Guaxupé não são novidade no Brasil. Em 2021, a cidade de Varginha, também em Minas Gerais, foi palco de uma operação policial que terminou com 26 suspeitos mortos, após a tentativa de um assalto a banco. Em Araçatuba, São Paulo, no mesmo ano, criminosos usaram explosivos e reféns para roubar agências bancárias, deixando três mortos. Esses casos evidenciam a sofisticação das quadrilhas do “novo cangaço”, que operam com armamento pesado e táticas de guerrilha urbana.

Em Minas Gerais, o fenômeno tem se concentrado em cidades de médio porte, aproveitando a menor presença policial e a facilidade de acesso a zonas rurais para fuga. Dados mostram que, entre 2019 e 2024, o estado registrou uma média de três ataques desse tipo por ano, com picos em 2021 e 2023. A redução apontada pelo vice-governador Mateus Simões pode indicar um efeito das operações policiais, mas o caso de Guaxupé sugere que o problema persiste.

A facilidade de acesso a armas de grosso calibre, muitas vezes provenientes do mercado ilegal ou desviadas de estoques legais, é um fator que alimenta essas ações. A proximidade de Guaxupé com a divisa de São Paulo, a 60 quilômetros, também facilita a movimentação de criminosos entre estados, tornando a região um ponto estratégico para quadrilhas.

Medidas das autoridades após o ataque

O governo de Minas Gerais respondeu com um reforço imediato na segurança. Equipes do BOPE, da 18ª Região da PM e do Comando de Aviação do Estado foram mobilizadas para patrulhar Guaxupé e arredores, enquanto buscas na zona rural continuam. A presença de uma aeronave sobrevoando a região é um sinal do esforço para localizar os suspeitos, que podem estar escondidos em áreas de difícil acesso.

A Polícia Civil mantém a área dos ataques isolada, garantindo a preservação de evidências enquanto peritos analisam projéteis e destroços. A chegada de investigadores de Belo Horizonte reforça a investigação, que agora conta com tecnologia avançada para rastrear DNA e impressões digitais. A Polícia Federal, por sua vez, foca na possibilidade de o crime ter conexões interestaduais, dado o padrão de atuação das quadrilhas.

O vice-governador Mateus Simões destacou que, apesar da gravidade, o estado tem trabalhado para reduzir esses ataques, com operações que resultaram em prisões e confrontos nos últimos anos. A Caixa Econômica Federal informou que a agência permanecerá fechada até a conclusão das investigações e reparos, orientando clientes a usar canais digitais ou unidades próximas.

  • Reforço policial: BOPE, 18ª Região e aeronave em ação.
  • Perícia: Análise de projéteis e veículos para identificação.
  • Patrulhamento: Intensificado em Guaxupé e arredores.
  • Fechamento da agência: Caixa orienta uso de canais alternativos.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *