Breaking
18 Apr 2025, Fri

Lexa deixa posto de rainha da Unidos da Tijuca após 5 anos e enfrenta desafios na gravidez

Klopp


Cinco anos marcaram a trajetória de Lexa como rainha de bateria da Unidos da Tijuca, mas essa história chegou ao fim. A cantora, que conquistou o coração da comunidade tijucana com sua energia e carisma, não ocupará mais o posto à frente da bateria Pura Cadência. A saída foi confirmada por Fernando Horta, presidente da escola de samba carioca, em declaração exclusiva ao portal LeoDias. O afastamento, que começou em janeiro deste ano devido a complicações de saúde durante a gravidez, agora se torna definitivo, encerrando um ciclo que misturou samba, dedicação e momentos de superação.

A decisão de Lexa de priorizar sua saúde e a gestação de sua filha Sofia veio após um diagnóstico de pré-eclâmpsia precoce, uma condição que a levou à internação no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Grávida de seis meses na época, ela enfrentou 17 dias de internação, incluindo três na UTI, lutando pela própria vida e pela da bebê. A pequena Sofia nasceu em 2 de fevereiro, mas faleceu três dias depois, em 5 de fevereiro, deixando a artista em um período de luto e recuperação. Esse drama pessoal impactou diretamente sua participação no Carnaval 2025, quando a Unidos da Tijuca optou por desfilar sem rainha de bateria em respeito à cantora.

Durante o desfile na Marquês de Sapucaí, em 3 de março, a escola prestou uma homenagem emocionante. A bateria entrou em silêncio no setor 1, realizou um minuto de silêncio em memória de Sofia e só então começou a tocar, um gesto que tocou Lexa mesmo estando tão longe da avenida. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela apareceu chorando enquanto assistia à apresentação pela televisão, escrevendo: “Bom desfile, minha amada Unidos da Tijuca. São anos com vocês”. A relação entre a artista e a agremiação, construída ao longo de meia década, foi marcada por apoio mútuo, mas agora abre espaço para novos rumos.

Trajetória de Lexa na Unidos da Tijuca

Assumir o posto de rainha de bateria da Unidos da Tijuca em 2020 foi um marco na carreira de Lexa. Aos 24 anos, ela estreou na Sapucaí com uma fantasia inspirada em Luma de Oliveira, repleta de cristais e avaliada em R$ 100 mil. Apesar de um tombo no primeiro desfile, a cantora se levantou rapidamente, sorriu e continuou sambando, ganhando a simpatia do público. Aquele momento simbolizou sua resiliência, uma característica que a acompanharia nos anos seguintes à frente da Pura Cadência.

Nos cinco anos como rainha, Lexa se entregou de corpo e alma à escola. Participou de ensaios, eventos sociais e desfiles com uma energia que se tornou sua marca registrada. Em 2022, por exemplo, ela brilhou com uma fantasia vermelha representando o guaraná, um dos destaques do enredo sobre crianças e tradições. A preparação física para o Carnaval era intensa: treinos diários, corridas e uma rotina que exigia resistência para cruzar a avenida com vigor. A relação com a comunidade tijucana também cresceu, transformando-a em uma figura querida no Borel, bairro que abriga a escola.

A conexão com a Unidos da Tijuca ia além do samba. Lexa se via como parte da família tijucana, um sentimento recíproco. Quando anunciou seu afastamento em janeiro, agradeceu publicamente ao presidente Fernando Horta e à comunidade pelo apoio. “Sempre me entreguei de corpo e alma pra essa escola que tem o meu coração”, declarou ela em um comunicado nas redes sociais. A escola, por sua vez, respondeu com uma nota de carinho, destacando que Lexa sempre teria um lar na agremiação.

Pré-eclâmpsia e o impacto na vida de Lexa

Diagnosticada com pré-eclâmpsia aos seis meses de gestação, Lexa enfrentou um dos períodos mais difíceis de sua vida. A condição, caracterizada por hipertensão arterial e possíveis danos a órgãos como rins e fígado, atinge entre 5% e 7% das grávidas no mundo. No caso dela, o quadro foi agravado pela síndrome de HELLP, uma complicação rara que envolve alterações no fígado e no sangue, exigindo cuidados intensivos. Internada na Unidade Semi-Intensiva, ela passou por exames exaustivos, com mais de 100 tubos de sangue coletados, e recebeu medicamentos como sulfato de magnésio para estabilizar sua saúde.

A gravidez, que era um sonho para Lexa e seu noivo, o ator Ricardo Vianna, tornou-se um desafio. O parto de Sofia foi antecipado devido à gravidade do estado da cantora, resultando em um nascimento prematuro extremo. Apesar dos esforços médicos, a bebê não resistiu, e a perda abalou profundamente a artista. Em um post emocionado, Lexa escreveu: “Mamãe te amará para sempre”, refletindo o peso daquele momento. A decisão de se afastar do Carnaval 2025, inicialmente temporária, foi tomada para proteger sua saúde e a da filha, mas o desfecho trágico mudou os planos para o futuro.

A experiência trouxe à tona a importância do acompanhamento pré-natal. A pré-eclâmpsia, embora comum, pode evoluir rapidamente se não tratada. Sintomas como dores de cabeça intensas, dificuldade para respirar e pressão alta são sinais de alerta que exigem atenção imediata. Para Lexa, a internação e o repouso foram fundamentais, mas o desfecho mostrou como a condição pode ser imprevisível, especialmente em casos graves.

Homenagens da Unidos da Tijuca

Mesmo estando ausente da Sapucaí, Lexa foi lembrada com carinho pela Unidos da Tijuca. No ensaio técnico de 25 de janeiro, a torcida organizada da escola levantou bandeiras com o rosto da cantora e a inscrição “Família Tijucana”. Os instrumentos da bateria carregavam adesivos com seu nome, um gesto que simbolizou a gratidão pelos anos de dedicação. A homenagem emocionou a artista, que, ainda internada, acompanhava tudo de longe.

No desfile oficial, a escola reforçou seu apoio. A decisão de não substituir Lexa como rainha de bateria foi confirmada no material enviado aos jurados, justificando a ausência como um ato de respeito. A bateria Pura Cadência entrou na avenida sem realeza, e o minuto de silêncio no setor 1 foi um dos momentos mais marcantes da apresentação. Fernando Horta, em entrevista durante a apuração, destacou o desejo de que Lexa se recuperasse, deixando em aberto a possibilidade de um retorno que, agora, não se concretizará.

A relação entre Lexa e a escola permaneceu forte mesmo após os desafios. Em um texto publicado no Instagram da agremiação, a Unidos da Tijuca declarou: “Lexa foi também parte dos tijucanos e tijucanas ao longo dos cinco anos em que esteve conosco”. A menção à Sofia como uma estrela que iluminaria os caminhos da escola reforçou o vínculo emocional construído ao longo do tempo.

Motivos da saída definitiva

Encerrar o ciclo como rainha de bateria não foi uma decisão simples. Após o Carnaval 2025, especulava-se que Lexa poderia retornar ao posto em 2026, mas a confirmação de Fernando Horta mudou esse cenário. Durante a apuração dos desfiles, em março, o presidente já havia sinalizado incerteza sobre a permanência da cantora, dizendo que precisava conversar com ela após o período de recuperação. “O importante é que ela esteja bem e cuidando da saúde”, afirmou na ocasião.

Passados os meses de luto e reclusão ao lado de Ricardo Vianna, Lexa parece ter optado por novos rumos. A escola, por sua vez, também planeja uma renovação. Rumores apontam que a agremiação busca um novo nome para liderar a Pura Cadência no Carnaval 2026, embora nenhum anúncio oficial tenha sido feito até o momento. A saída de Lexa coincide com outras mudanças no mundo do samba carioca, como a troca de rainhas em escolas como Grande Rio e Viradouro, indicando um ano de transições na folia.

Há ainda uma questão financeira que pode ter influenciado o desfecho. Informações extraoficiais indicam que Lexa e a Unidos da Tijuca negociaram um valor de R$ 380 mil para sua permanência em 2024, mas cerca de R$ 150 mil teriam ficado pendentes até fevereiro deste ano. O assunto, que deixou de ser discutido publicamente, pode ter pesado na decisão final, embora nenhum dos lados tenha comentado oficialmente sobre isso.

Preparativos para o Carnaval 2026

Com Lexa fora do posto, a Unidos da Tijuca se prepara para o próximo Carnaval com novos desafios. A escola, que escapou do rebaixamento em 2024 e ficou em 11º lugar em 2025, quer voltar a brilhar entre as campeãs. O sorteio da ordem dos desfiles para 2026, marcado para 11 de abril, definirá o posicionamento da agremiação, que está no grupo ao lado de Portela e Vila Isabel. O enredo ainda não foi anunciado, mas a expectativa é de um desfile impactante.

A escolha da nova rainha de bateria será um dos pontos altos da preparação. Nomes como Anitta, Adriane Galisteu e Juliana Alves, que já foi rainha da escola entre 2013 e 2018, chegaram a ser cotados no início do ano, mas nada foi confirmado. Juliana, inclusive, participou do desfile de 2025 à frente da agremiação, mas não como rainha, dissipando rumores de uma substituição imediata. A decisão caberá à diretoria, que busca alguém capaz de carregar o legado deixado por Lexa.

O Carnaval 2026 do Rio de Janeiro começará em 11 de abril, com três dias de desfiles do Grupo Especial. A Unidos da Tijuca, conhecida por sua tradição e criatividade, aposta em uma apresentação que una força visual e evolução impecável na avenida. Sem Lexa, a escola terá a chance de escrever um novo capítulo em sua história.

Legado de Lexa no samba carioca

Deixar a Unidos da Tijuca não apaga a marca de Lexa no Carnaval. Foram cinco anos de entrega, com fantasias memoráveis e uma presença que animou a Sapucaí. Sua estreia em 2020, apesar do tombo inicial, mostrou ao público uma rainha determinada. Em 2022, o look inspirado no guaraná ficou entre os mais comentados da folia, reforçando seu impacto visual e cultural na avenida.

A relação com a comunidade tijucana também foi um diferencial. Lexa participou ativamente dos ensaios de rua e eventos no Borel, criando laços que foram além do desfile. Sua saída temporária em janeiro, seguida das homenagens da escola, mostrou o quanto ela era querida. “A Unidos da Tijuca será sempre uma casa para você e nossa Sofia”, escreveu a agremiação, um reconhecimento que ecoa entre os sambistas.

O período como rainha também trouxe aprendizados pessoais. Lexa falou abertamente sobre as renúncias da maternidade e a força que encontrou na fé durante a gravidez. “Quando nos tornamos mães, tudo se faz novo”, disse ela ao anunciar o afastamento, uma frase que resume sua transformação nos últimos meses.

Curiosidades sobre a passagem de Lexa pela Tijuca

A trajetória de Lexa na Unidos da Tijuca deixou histórias marcantes. Aqui estão alguns destaques:

  • Estreia com tombo: Em 2020, ela caiu na Sapucaí, mas se levantou rapidamente e continuou sambando, ganhando aplausos.
  • Fantasia de R$ 100 mil: Em 2022, usou um look com 85 mil cristais Swarovski, banhado a ouro, inspirado em Luma de Oliveira.
  • Homenagem póstuma: O minuto de silêncio em 2025 foi um gesto inédito da bateria Pura Cadência em um desfile oficial.
  • Apoio da torcida: Bandeiras e adesivos com seu nome no ensaio técnico de janeiro mostraram a força de sua conexão com os tijucanos.

Esses momentos ilustram como Lexa marcou sua passagem pela escola, mesmo em meio a desafios pessoais e profissionais.

Impacto da pré-eclâmpsia na gravidez

A experiência de Lexa com a pré-eclâmpsia trouxe luz a uma condição que afeta milhares de mulheres. A hipertensão gestacional, muitas vezes silenciosa, pode evoluir para complicações graves se não monitorada. No Brasil, estima-se que 5% das gestantes enfrentem o problema, com maior risco em primeiras gravidezes ou em mulheres com histórico de pressão alta.

Os sintomas variam de inchaço e dores de cabeça a dificuldades respiratórias, como Lexa relatou. Em casos extremos, como o dela, o parto prematuro é a única solução para salvar mãe e bebê. A síndrome de HELLP, que a cantora enfrentou, ocorre em cerca de 10% a 20% dos casos graves de pré-eclâmpsia, aumentando os riscos. O acompanhamento médico regular é essencial para evitar desfechos trágicos, algo que Lexa reforçou ao priorizar sua saúde.

A perda de Sofia sensibilizou fãs e a comunidade do samba, mas também abriu espaço para discussões sobre os cuidados na gestação. A história de Lexa serve como alerta e inspiração, mostrando a força necessária para enfrentar adversidades tão intensas.

O que esperar da Unidos da Tijuca sem Lexa

Seguir em frente sem Lexa será um desafio para a Unidos da Tijuca. A escola, fundada em 1931, tem uma história rica, com quatro títulos no Grupo Especial, o último em 2014. Nos últimos anos, porém, enfrentou altos e baixos, como o quase rebaixamento em 2024. A saída da cantora é uma oportunidade para renovação, mas também exige um nome à altura de sua energia e popularidade.

Fernando Horta, presidente há décadas, já declarou que a agremiação “vem para ganhar o Carnaval”. A escolha da nova rainha será crucial, pois, embora o posto não some pontos diretamente, influencia a animação da bateria e a visibilidade da escola. Nomes conhecidos do samba ou da mídia podem estar na mira, mas a decisão levará em conta o carisma e a identificação com a comunidade.

A preparação para 2026 já começou, com ensaios de rua e a definição do enredo nos próximos meses. A escola quer recuperar seu lugar entre as grandes, e a ausência de Lexa abre espaço para um novo ciclo de conquistas na Sapucaí.

Momentos marcantes de Lexa na avenida

Relembrar os desfiles de Lexa é reviver instantes de brilho. Em 2020, sua estreia trouxe frescor à Tijuca, com uma fantasia que homenageava o passado da escola. Em 2022, o enredo infantil ganhou vida com sua presença vibrante, e a fantasia vermelha ficou entre as mais elogiadas do ano. Cada passagem pela Sapucaí era marcada por um sorriso largo e passos firmes, mesmo diante de imprevistos.

A dedicação física também impressionava. Lexa treinava por meses, chegando a malhar duas vezes por dia para suportar os 700 metros da avenida. “Eu não deixo de comer, mas me preparo com tudo”, disse ela em 2022, mostrando um lado descontraído que cativava o público. Esses esforços a tornaram uma rainha inesquecível para os tijucanos.

A despedida em 2025, mesmo à distância, foi igualmente marcante. Assistindo ao desfile pela TV, ela chorou ao ver a homenagem da bateria, um sinal de que seu legado permaneceria vivo, independentemente de sua saída oficial.

Novidades no Carnaval carioca para 2026

O Carnaval 2026 promete mudanças além da Unidos da Tijuca. Paolla Oliveira deixou a Grande Rio, e Érika Januza não seguirá na Viradouro, enquanto a Mocidade pode trazer uma apresentadora do SBT ao posto de rainha. Essas trocas refletem uma renovação no Grupo Especial, que terá três dias de desfiles a partir de 11 de abril. A Acadêmicos de Niterói, campeã da Série Ouro, abrirá o domingo, enquanto Mocidade e Paraíso do Tuiuti lideram os dias seguintes.

A Unidos da Tijuca, inserida na trinca com Portela e Vila Isabel, terá a chance de se destacar. O sorteio da ordem dos desfiles, agendado para esta sexta-feira, trará mais clareza sobre a competição. Com um histórico de enredos criativos, como o de Logun Edé em 2025, a escola planeja surpreender novamente, agora sem Lexa, mas com a força de sua tradição.

Cronograma do Carnaval 2026

O calendário do próximo Carnaval já está definido:

  • 11 de abril: Desfiles do Grupo Especial – Domingo, começando com a Acadêmicos de Niterói.
  • 12 de abril: Segunda-feira, com a Mocidade abrindo a noite.
  • 13 de abril: Terça-feira, iniciada pela Paraíso do Tuiuti.
  • Sorteio: A ordem dos desfiles será definida em 11 de abril de 2025, na Cidade do Samba.

A Unidos da Tijuca aguarda sua posição no sorteio, mas a preparação segue a todo vapor, com foco em um desfile que honre sua história e conquiste o público.



Cinco anos marcaram a trajetória de Lexa como rainha de bateria da Unidos da Tijuca, mas essa história chegou ao fim. A cantora, que conquistou o coração da comunidade tijucana com sua energia e carisma, não ocupará mais o posto à frente da bateria Pura Cadência. A saída foi confirmada por Fernando Horta, presidente da escola de samba carioca, em declaração exclusiva ao portal LeoDias. O afastamento, que começou em janeiro deste ano devido a complicações de saúde durante a gravidez, agora se torna definitivo, encerrando um ciclo que misturou samba, dedicação e momentos de superação.

A decisão de Lexa de priorizar sua saúde e a gestação de sua filha Sofia veio após um diagnóstico de pré-eclâmpsia precoce, uma condição que a levou à internação no Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Grávida de seis meses na época, ela enfrentou 17 dias de internação, incluindo três na UTI, lutando pela própria vida e pela da bebê. A pequena Sofia nasceu em 2 de fevereiro, mas faleceu três dias depois, em 5 de fevereiro, deixando a artista em um período de luto e recuperação. Esse drama pessoal impactou diretamente sua participação no Carnaval 2025, quando a Unidos da Tijuca optou por desfilar sem rainha de bateria em respeito à cantora.

Durante o desfile na Marquês de Sapucaí, em 3 de março, a escola prestou uma homenagem emocionante. A bateria entrou em silêncio no setor 1, realizou um minuto de silêncio em memória de Sofia e só então começou a tocar, um gesto que tocou Lexa mesmo estando tão longe da avenida. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela apareceu chorando enquanto assistia à apresentação pela televisão, escrevendo: “Bom desfile, minha amada Unidos da Tijuca. São anos com vocês”. A relação entre a artista e a agremiação, construída ao longo de meia década, foi marcada por apoio mútuo, mas agora abre espaço para novos rumos.

Trajetória de Lexa na Unidos da Tijuca

Assumir o posto de rainha de bateria da Unidos da Tijuca em 2020 foi um marco na carreira de Lexa. Aos 24 anos, ela estreou na Sapucaí com uma fantasia inspirada em Luma de Oliveira, repleta de cristais e avaliada em R$ 100 mil. Apesar de um tombo no primeiro desfile, a cantora se levantou rapidamente, sorriu e continuou sambando, ganhando a simpatia do público. Aquele momento simbolizou sua resiliência, uma característica que a acompanharia nos anos seguintes à frente da Pura Cadência.

Nos cinco anos como rainha, Lexa se entregou de corpo e alma à escola. Participou de ensaios, eventos sociais e desfiles com uma energia que se tornou sua marca registrada. Em 2022, por exemplo, ela brilhou com uma fantasia vermelha representando o guaraná, um dos destaques do enredo sobre crianças e tradições. A preparação física para o Carnaval era intensa: treinos diários, corridas e uma rotina que exigia resistência para cruzar a avenida com vigor. A relação com a comunidade tijucana também cresceu, transformando-a em uma figura querida no Borel, bairro que abriga a escola.

A conexão com a Unidos da Tijuca ia além do samba. Lexa se via como parte da família tijucana, um sentimento recíproco. Quando anunciou seu afastamento em janeiro, agradeceu publicamente ao presidente Fernando Horta e à comunidade pelo apoio. “Sempre me entreguei de corpo e alma pra essa escola que tem o meu coração”, declarou ela em um comunicado nas redes sociais. A escola, por sua vez, respondeu com uma nota de carinho, destacando que Lexa sempre teria um lar na agremiação.

Pré-eclâmpsia e o impacto na vida de Lexa

Diagnosticada com pré-eclâmpsia aos seis meses de gestação, Lexa enfrentou um dos períodos mais difíceis de sua vida. A condição, caracterizada por hipertensão arterial e possíveis danos a órgãos como rins e fígado, atinge entre 5% e 7% das grávidas no mundo. No caso dela, o quadro foi agravado pela síndrome de HELLP, uma complicação rara que envolve alterações no fígado e no sangue, exigindo cuidados intensivos. Internada na Unidade Semi-Intensiva, ela passou por exames exaustivos, com mais de 100 tubos de sangue coletados, e recebeu medicamentos como sulfato de magnésio para estabilizar sua saúde.

A gravidez, que era um sonho para Lexa e seu noivo, o ator Ricardo Vianna, tornou-se um desafio. O parto de Sofia foi antecipado devido à gravidade do estado da cantora, resultando em um nascimento prematuro extremo. Apesar dos esforços médicos, a bebê não resistiu, e a perda abalou profundamente a artista. Em um post emocionado, Lexa escreveu: “Mamãe te amará para sempre”, refletindo o peso daquele momento. A decisão de se afastar do Carnaval 2025, inicialmente temporária, foi tomada para proteger sua saúde e a da filha, mas o desfecho trágico mudou os planos para o futuro.

A experiência trouxe à tona a importância do acompanhamento pré-natal. A pré-eclâmpsia, embora comum, pode evoluir rapidamente se não tratada. Sintomas como dores de cabeça intensas, dificuldade para respirar e pressão alta são sinais de alerta que exigem atenção imediata. Para Lexa, a internação e o repouso foram fundamentais, mas o desfecho mostrou como a condição pode ser imprevisível, especialmente em casos graves.

Homenagens da Unidos da Tijuca

Mesmo estando ausente da Sapucaí, Lexa foi lembrada com carinho pela Unidos da Tijuca. No ensaio técnico de 25 de janeiro, a torcida organizada da escola levantou bandeiras com o rosto da cantora e a inscrição “Família Tijucana”. Os instrumentos da bateria carregavam adesivos com seu nome, um gesto que simbolizou a gratidão pelos anos de dedicação. A homenagem emocionou a artista, que, ainda internada, acompanhava tudo de longe.

No desfile oficial, a escola reforçou seu apoio. A decisão de não substituir Lexa como rainha de bateria foi confirmada no material enviado aos jurados, justificando a ausência como um ato de respeito. A bateria Pura Cadência entrou na avenida sem realeza, e o minuto de silêncio no setor 1 foi um dos momentos mais marcantes da apresentação. Fernando Horta, em entrevista durante a apuração, destacou o desejo de que Lexa se recuperasse, deixando em aberto a possibilidade de um retorno que, agora, não se concretizará.

A relação entre Lexa e a escola permaneceu forte mesmo após os desafios. Em um texto publicado no Instagram da agremiação, a Unidos da Tijuca declarou: “Lexa foi também parte dos tijucanos e tijucanas ao longo dos cinco anos em que esteve conosco”. A menção à Sofia como uma estrela que iluminaria os caminhos da escola reforçou o vínculo emocional construído ao longo do tempo.

Motivos da saída definitiva

Encerrar o ciclo como rainha de bateria não foi uma decisão simples. Após o Carnaval 2025, especulava-se que Lexa poderia retornar ao posto em 2026, mas a confirmação de Fernando Horta mudou esse cenário. Durante a apuração dos desfiles, em março, o presidente já havia sinalizado incerteza sobre a permanência da cantora, dizendo que precisava conversar com ela após o período de recuperação. “O importante é que ela esteja bem e cuidando da saúde”, afirmou na ocasião.

Passados os meses de luto e reclusão ao lado de Ricardo Vianna, Lexa parece ter optado por novos rumos. A escola, por sua vez, também planeja uma renovação. Rumores apontam que a agremiação busca um novo nome para liderar a Pura Cadência no Carnaval 2026, embora nenhum anúncio oficial tenha sido feito até o momento. A saída de Lexa coincide com outras mudanças no mundo do samba carioca, como a troca de rainhas em escolas como Grande Rio e Viradouro, indicando um ano de transições na folia.

Há ainda uma questão financeira que pode ter influenciado o desfecho. Informações extraoficiais indicam que Lexa e a Unidos da Tijuca negociaram um valor de R$ 380 mil para sua permanência em 2024, mas cerca de R$ 150 mil teriam ficado pendentes até fevereiro deste ano. O assunto, que deixou de ser discutido publicamente, pode ter pesado na decisão final, embora nenhum dos lados tenha comentado oficialmente sobre isso.

Preparativos para o Carnaval 2026

Com Lexa fora do posto, a Unidos da Tijuca se prepara para o próximo Carnaval com novos desafios. A escola, que escapou do rebaixamento em 2024 e ficou em 11º lugar em 2025, quer voltar a brilhar entre as campeãs. O sorteio da ordem dos desfiles para 2026, marcado para 11 de abril, definirá o posicionamento da agremiação, que está no grupo ao lado de Portela e Vila Isabel. O enredo ainda não foi anunciado, mas a expectativa é de um desfile impactante.

A escolha da nova rainha de bateria será um dos pontos altos da preparação. Nomes como Anitta, Adriane Galisteu e Juliana Alves, que já foi rainha da escola entre 2013 e 2018, chegaram a ser cotados no início do ano, mas nada foi confirmado. Juliana, inclusive, participou do desfile de 2025 à frente da agremiação, mas não como rainha, dissipando rumores de uma substituição imediata. A decisão caberá à diretoria, que busca alguém capaz de carregar o legado deixado por Lexa.

O Carnaval 2026 do Rio de Janeiro começará em 11 de abril, com três dias de desfiles do Grupo Especial. A Unidos da Tijuca, conhecida por sua tradição e criatividade, aposta em uma apresentação que una força visual e evolução impecável na avenida. Sem Lexa, a escola terá a chance de escrever um novo capítulo em sua história.

Legado de Lexa no samba carioca

Deixar a Unidos da Tijuca não apaga a marca de Lexa no Carnaval. Foram cinco anos de entrega, com fantasias memoráveis e uma presença que animou a Sapucaí. Sua estreia em 2020, apesar do tombo inicial, mostrou ao público uma rainha determinada. Em 2022, o look inspirado no guaraná ficou entre os mais comentados da folia, reforçando seu impacto visual e cultural na avenida.

A relação com a comunidade tijucana também foi um diferencial. Lexa participou ativamente dos ensaios de rua e eventos no Borel, criando laços que foram além do desfile. Sua saída temporária em janeiro, seguida das homenagens da escola, mostrou o quanto ela era querida. “A Unidos da Tijuca será sempre uma casa para você e nossa Sofia”, escreveu a agremiação, um reconhecimento que ecoa entre os sambistas.

O período como rainha também trouxe aprendizados pessoais. Lexa falou abertamente sobre as renúncias da maternidade e a força que encontrou na fé durante a gravidez. “Quando nos tornamos mães, tudo se faz novo”, disse ela ao anunciar o afastamento, uma frase que resume sua transformação nos últimos meses.

Curiosidades sobre a passagem de Lexa pela Tijuca

A trajetória de Lexa na Unidos da Tijuca deixou histórias marcantes. Aqui estão alguns destaques:

  • Estreia com tombo: Em 2020, ela caiu na Sapucaí, mas se levantou rapidamente e continuou sambando, ganhando aplausos.
  • Fantasia de R$ 100 mil: Em 2022, usou um look com 85 mil cristais Swarovski, banhado a ouro, inspirado em Luma de Oliveira.
  • Homenagem póstuma: O minuto de silêncio em 2025 foi um gesto inédito da bateria Pura Cadência em um desfile oficial.
  • Apoio da torcida: Bandeiras e adesivos com seu nome no ensaio técnico de janeiro mostraram a força de sua conexão com os tijucanos.

Esses momentos ilustram como Lexa marcou sua passagem pela escola, mesmo em meio a desafios pessoais e profissionais.

Impacto da pré-eclâmpsia na gravidez

A experiência de Lexa com a pré-eclâmpsia trouxe luz a uma condição que afeta milhares de mulheres. A hipertensão gestacional, muitas vezes silenciosa, pode evoluir para complicações graves se não monitorada. No Brasil, estima-se que 5% das gestantes enfrentem o problema, com maior risco em primeiras gravidezes ou em mulheres com histórico de pressão alta.

Os sintomas variam de inchaço e dores de cabeça a dificuldades respiratórias, como Lexa relatou. Em casos extremos, como o dela, o parto prematuro é a única solução para salvar mãe e bebê. A síndrome de HELLP, que a cantora enfrentou, ocorre em cerca de 10% a 20% dos casos graves de pré-eclâmpsia, aumentando os riscos. O acompanhamento médico regular é essencial para evitar desfechos trágicos, algo que Lexa reforçou ao priorizar sua saúde.

A perda de Sofia sensibilizou fãs e a comunidade do samba, mas também abriu espaço para discussões sobre os cuidados na gestação. A história de Lexa serve como alerta e inspiração, mostrando a força necessária para enfrentar adversidades tão intensas.

O que esperar da Unidos da Tijuca sem Lexa

Seguir em frente sem Lexa será um desafio para a Unidos da Tijuca. A escola, fundada em 1931, tem uma história rica, com quatro títulos no Grupo Especial, o último em 2014. Nos últimos anos, porém, enfrentou altos e baixos, como o quase rebaixamento em 2024. A saída da cantora é uma oportunidade para renovação, mas também exige um nome à altura de sua energia e popularidade.

Fernando Horta, presidente há décadas, já declarou que a agremiação “vem para ganhar o Carnaval”. A escolha da nova rainha será crucial, pois, embora o posto não some pontos diretamente, influencia a animação da bateria e a visibilidade da escola. Nomes conhecidos do samba ou da mídia podem estar na mira, mas a decisão levará em conta o carisma e a identificação com a comunidade.

A preparação para 2026 já começou, com ensaios de rua e a definição do enredo nos próximos meses. A escola quer recuperar seu lugar entre as grandes, e a ausência de Lexa abre espaço para um novo ciclo de conquistas na Sapucaí.

Momentos marcantes de Lexa na avenida

Relembrar os desfiles de Lexa é reviver instantes de brilho. Em 2020, sua estreia trouxe frescor à Tijuca, com uma fantasia que homenageava o passado da escola. Em 2022, o enredo infantil ganhou vida com sua presença vibrante, e a fantasia vermelha ficou entre as mais elogiadas do ano. Cada passagem pela Sapucaí era marcada por um sorriso largo e passos firmes, mesmo diante de imprevistos.

A dedicação física também impressionava. Lexa treinava por meses, chegando a malhar duas vezes por dia para suportar os 700 metros da avenida. “Eu não deixo de comer, mas me preparo com tudo”, disse ela em 2022, mostrando um lado descontraído que cativava o público. Esses esforços a tornaram uma rainha inesquecível para os tijucanos.

A despedida em 2025, mesmo à distância, foi igualmente marcante. Assistindo ao desfile pela TV, ela chorou ao ver a homenagem da bateria, um sinal de que seu legado permaneceria vivo, independentemente de sua saída oficial.

Novidades no Carnaval carioca para 2026

O Carnaval 2026 promete mudanças além da Unidos da Tijuca. Paolla Oliveira deixou a Grande Rio, e Érika Januza não seguirá na Viradouro, enquanto a Mocidade pode trazer uma apresentadora do SBT ao posto de rainha. Essas trocas refletem uma renovação no Grupo Especial, que terá três dias de desfiles a partir de 11 de abril. A Acadêmicos de Niterói, campeã da Série Ouro, abrirá o domingo, enquanto Mocidade e Paraíso do Tuiuti lideram os dias seguintes.

A Unidos da Tijuca, inserida na trinca com Portela e Vila Isabel, terá a chance de se destacar. O sorteio da ordem dos desfiles, agendado para esta sexta-feira, trará mais clareza sobre a competição. Com um histórico de enredos criativos, como o de Logun Edé em 2025, a escola planeja surpreender novamente, agora sem Lexa, mas com a força de sua tradição.

Cronograma do Carnaval 2026

O calendário do próximo Carnaval já está definido:

  • 11 de abril: Desfiles do Grupo Especial – Domingo, começando com a Acadêmicos de Niterói.
  • 12 de abril: Segunda-feira, com a Mocidade abrindo a noite.
  • 13 de abril: Terça-feira, iniciada pela Paraíso do Tuiuti.
  • Sorteio: A ordem dos desfiles será definida em 11 de abril de 2025, na Cidade do Samba.

A Unidos da Tijuca aguarda sua posição no sorteio, mas a preparação segue a todo vapor, com foco em um desfile que honre sua história e conquiste o público.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *