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18 Apr 2025, Fri

derrotas, críticas e prejuízos abalam o clube

Cruzeiro


O Cruzeiro Esporte Clube vive um início de 2025 marcado por instabilidade dentro e fora de campo. Derrotas consecutivas, críticas públicas da diretoria e protestos da torcida expõem uma crise que se arrasta desde o final de 2024, quando o clube perdeu a chance de disputar a Libertadores. Com investimentos altos e resultados abaixo do esperado, a pressão sobre jogadores, comissão técnica e gestores cresce a cada semana. A temporada, que prometia recuperação, transformou-se em um teste de resiliência para a Raposa.

A sequência de três derrotas recentes, incluindo uma goleada por 3 a 0 para o Internacional no Brasileirão, acendeu o sinal de alerta. No Campeonato Mineiro, a campanha foi a pior do século, com apenas três vitórias em dez jogos na primeira fase, deixando o clube na modesta sexta colocação. Na Conmebol Sul-Americana, o cenário não é melhor: duas derrotas em dois jogos posicionam o Cruzeiro como lanterna do Grupo E, comprometendo a classificação e ampliando os prejuízos financeiros.

Além dos números decepcionantes, o ambiente interno enfrenta turbulências. Pedro Lourenço, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), expressou publicamente sua insatisfação com a gestão do CEO Alexandre Mattos e admitiu erros na montagem do elenco. A torcida, por sua vez, organiza protestos na Toca da Raposa, cobrando mudanças imediatas. A combinação de resultados ruins, críticas e pressões externas cria um cenário delicado para o clube.

  • Fatores que intensificam a crise:
  • Derrotas consecutivas no Brasileirão e Sul-Americana.
  • Eliminação precoce no Campeonato Mineiro.
  • Insatisfação pública de Pedro Lourenço com a gestão.
  • Protestos de torcedores contra elenco e diretoria.

Raízes do problema: o que levou à crise atual

Desde o final de 2024, o Cruzeiro enfrenta dificuldades que vão além do desempenho em campo. A não classificação para a Libertadores, após uma campanha irregular no Brasileirão, marcou o início de uma série de frustrações. Fernando Diniz, então técnico, foi mantido para 2025, mas a pré-temporada curta nos Estados Unidos, com menos de duas semanas, limitou a preparação da equipe. O treinador não resistiu aos primeiros tropeços, deixando o cargo após apenas três jogos no Mineiro: uma vitória, um empate e uma derrota.

A reformulação no elenco, com investimentos superiores a R$ 400 milhões desde 2024, não trouxe o retorno esperado. Jogadores como Matheus Pereira, Cássio e Kaio Jorge chegaram com status de protagonistas, mas não conseguiram corresponder às expectativas. Pereira, por exemplo, manifestou publicamente o desejo de voltar à Europa durante a janela de transferências, gerando desconforto interno. Cássio, criticado por falhas no Mineiro, respondeu a torcedores nas redes sociais, enquanto Marlon, outro alvo de críticas, foi negociado com o Grêmio após protestos violentos.

A diretoria também enfrenta questionamentos. Pedro Lourenço, em entrevista recente, classificou o futebol como um “péssimo negócio” e revelou prejuízos financeiros acumulados. As críticas ao CEO Alexandre Mattos, braço-direito do empresário, ganharam força após a derrota para o Internacional. Lourenço admitiu que a gestão errou na escolha de reforços, apontando a necessidade de ajustes urgentes para reverter o cenário.

Impactos financeiros: prejuízos que pesam no orçamento

Os resultados ruins em campo têm reflexos diretos nas finanças do Cruzeiro. Na Conmebol Sul-Americana, cada vitória rende cerca de R$ 650 mil, mas as duas derrotas iniciais já custaram ao clube mais de R$ 1,3 milhão em premiações perdidas. No Campeonato Mineiro, a eliminação precoce reduziu a arrecadação com bilheteria e patrocinadores, enquanto no Brasileirão, a campanha irregular ameaça a busca por posições que garantam cotas maiores de televisão.

A SAF, sob comando de Pedro Lourenço, investiu pesado na contratação de jogadores e na infraestrutura do clube. Desde a aquisição do controle acionário, em 2021, foram gastos milhões em reforços como Gabigol, Dudu e Fabrício Bruno, além de renovações salariais de atletas como Matheus Pereira. Apesar disso, o retorno esportivo não veio, e o empresário já sinaliza dificuldades para manter o ritmo de aportes sem resultados concretos.

A pressão financeira também afeta a relação com a torcida. Protestos recentes na Toca da Raposa incluíram faixas e cânticos contra a diretoria, com pedidos explícitos pela saída de Alexandre Mattos. A ausência de público em jogos da Sul-Americana, devido a punições por uso de sinalizadores em 2024, agravou a situação, reduzindo ainda mais a receita de bilheteria.

  • Números que ilustram a crise financeira:
  • Mais de R$ 400 milhões investidos em contratações desde 2024.
  • Prejuízo de R$ 1,3 milhão por derrotas na Sul-Americana.
  • Redução de arrecadação com bilheteria no Mineiro e Brasileirão.

Mudanças no comando: a busca por estabilidade

A troca de técnicos reflete a instabilidade do Cruzeiro em 2025. Após a saída de Fernando Diniz, o interino assumiu por um curto período, mas não conseguiu reverter os resultados ruins. Leonardo Jardim, contratado como esperança de recuperação, enfrenta dificuldades para implementar seu estilo de jogo. Em cinco partidas sob seu comando, o time venceu apenas uma, com aproveitamento de 33,3%, marcando cinco gols e sofrendo seis.

Jardim trouxe mudanças táticas, como a tentativa de utilizar Christian como ponta e Matheusinho em funções mais ofensivas, mas as estratégias não surtiram efeito. A derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador, na Sul-Americana, foi considerada um dos maiores vexames recentes do clube, aumentando a pressão sobre o treinador português. Apesar disso, a diretoria mantém o respaldo ao técnico, apostando em sua experiência internacional para organizar a equipe.

A gestão do elenco também passa por ajustes. A saída de Marlon para o Grêmio abriu espaço para a promoção de jovens como Kaiki, enquanto nomes como Villalba são observados de perto. A diretoria avalia o mercado para reforços pontuais, mas o foco imediato é recuperar a confiança dos jogadores atuais e evitar novos tropeços no Brasileirão e na Sul-Americana.

Reação da torcida: protestos e apoio dividem a Nação Azul

A torcida cruzeirense, conhecida como Nação Azul, vive um misto de frustração e esperança. Após a derrota para o Mushuc Runa, torcedores organizaram protestos na Toca da Raposa, com faixas criticando o elenco e a diretoria. Alexandre Mattos foi o principal alvo, acusado de má gestão nas contratações. Alguns atletas, como Cássio e Matheus Pereira, também foram cobrados diretamente pelos torcedores.

Apesar das críticas, parte da torcida mantém o apoio ao clube. Em jogos no Mineirão, mesmo com resultados adversos, a média de público segue expressiva, com cerca de 30 mil torcedores por partida. A paixão pelo Cruzeiro, que tem a maior torcida de Minas Gerais, com 31% da preferência no estado segundo pesquisas recentes, continua sendo um diferencial. No entanto, a paciência dos torcedores começa a se esgotar, especialmente após declarações públicas de Pedro Lourenço admitindo erros.

A relação com as organizadas também enfrenta desafios. A Máfia Azul, maior torcida organizada do clube, foi proibida de usar materiais de apoio na final da Sul-Americana de 2024, gerando atritos com a Conmebol e autoridades paraguaias. Em 2025, novas punições por uso de sinalizadores podem limitar ainda mais a presença dos torcedores em jogos internacionais, impactando o apoio nas arquibancadas.

  • Momentos marcantes da torcida em 2025:
  • Protestos na Toca da Raposa após derrota para Mushuc Runa.
  • Média de 30 mil torcedores por jogo no Mineirão.
  • Conflitos com organizadas devido a punições da Conmebol.

Desafios no Brasileirão: a luta por recuperação

No Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro enfrenta uma batalha para se afastar da zona de rebaixamento e recuperar a confiança. Após duas rodadas, o time soma apenas três pontos, com uma vitória e uma derrota. A goleada sofrida contra o Internacional expôs fragilidades defensivas, com o time completando 14 jogos consecutivos sofrendo pelo menos um gol. A próxima partida, contra o São Paulo, será um teste crucial para avaliar a capacidade de reação da equipe.

Leonardo Jardim trabalha para corrigir os erros defensivos, apostando em nomes como Fabrício Bruno e Mateo Gamarra na zaga. No ataque, a dependência de jogadores como Dudu e Gabigol, que marcaram juntos apenas dois gols em 2025, preocupa. A diretoria avalia a possibilidade de ajustar o esquema tático, com maior participação de meias como Matheus Pereira, mas a falta de entrosamento segue sendo um obstáculo.

Os confrontos diretos nas próximas rodadas, contra equipes como Flamengo e Palmeiras, serão decisivos para definir o rumo do Cruzeiro na competição. Uma sequência de bons resultados pode aliviar a pressão sobre o elenco e a comissão técnica, enquanto novos tropeços podem intensificar a crise interna e externa.

Perspectivas na Sul-Americana: uma chance de redenção

A Conmebol Sul-Americana representa a principal oportunidade do Cruzeiro para conquistar um título em 2025, mas o caminho está longe de ser fácil. Lanterna do Grupo E, o time precisa vencer pelo menos três dos quatro jogos restantes na fase de grupos para sonhar com a classificação. Os próximos adversários, Unión Santa Fé e Mushuc Runa, são considerados acessíveis, mas a derrota inicial para ambos os times serve como alerta.

A competição também carrega um peso financeiro significativo. Além dos R$ 650 mil por vitória, avançar às fases eliminatórias garante premiações ainda maiores, que podem aliviar o orçamento do clube. Em 2024, o Cruzeiro chegou à final da Sul-Americana, mas perdeu para o Racing, deixando escapar a chance de encerrar um jejum de títulos internacionais desde 1997. A memória dessa campanha motiva o elenco, mas também aumenta a pressão por resultados imediatos.

A presença de jogadores experientes, como Cássio e Lucas Romero, é vista como um trunfo para os jogos decisivos. A diretoria aposta na recuperação de nomes como Kaio Jorge, que ainda não encontrou seu melhor futebol, para liderar o ataque. A torcida, apesar das críticas, promete apoiar o time nos jogos em casa, mesmo com as restrições impostas por punições anteriores.

  • Calendário da Sul-Americana para o Cruzeiro:
  • Unión Santa Fé (fora) – 15 de abril de 2025.
  • Mushuc Runa (casa) – 29 de abril de 2025.
  • Últimos jogos da fase de grupos – maio de 2025.

Gestão sob pressão: o futuro de Alexandre Mattos

Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro, enfrenta o momento mais delicado de sua gestão. Criticado por Pedro Lourenço e pela torcida, ele é responsabilizado pelos erros nas contratações e pela falta de resultados esportivos. Desde que assumiu o cargo, em 2024, Mattos promoveu uma reformulação agressiva no elenco, trazendo nomes de peso como Gabigol e Christian, mas a falta de integração entre os jogadores tem sido um problema recorrente.

A relação com Lourenço, inicialmente sólida, mostra sinais de desgaste. O empresário, que investiu milhões na SAF, exige mudanças rápidas e resultados concretos. Rumores sobre uma possível saída de Mattos circulam entre os torcedores, mas a diretoria mantém o discurso de apoio, pelo menos publicamente. Nos bastidores, reuniões frequentes entre a cúpula do clube buscam alinhar estratégias para a sequência da temporada.

Mattos também enfrenta desafios externos. A pressão da torcida, amplificada por protestos e críticas nas redes sociais, cria um ambiente hostil. A Máfia Azul, em particular, já pediu sua saída em faixas exibidas na Toca da Raposa. Apesar disso, o CEO segue envolvido em negociações por reforços e na busca por parcerias que possam aliviar a situação financeira do clube.

Histórico recente: lições de 2024 para 2025

O ano de 2024 serve como pano de fundo para entender a crise atual. A campanha na Sul-Americana, que culminou com o vice-campeonato, trouxe esperança, mas também expôs fragilidades. O Cruzeiro liderou o Brasileirão por várias rodadas, mas tropeços nas últimas partidas custaram a vaga na Libertadores. A eliminação no Mineiro, ainda na semifinal, foi outro golpe, especialmente pela derrota para o rival Atlético-MG.

A gestão de Pedro Lourenço, iniciada com a compra da SAF, trouxe estabilidade financeira inicial, mas os gastos elevados não se traduziram em títulos. A aposta em Fernando Diniz, que trouxe um estilo de jogo ofensivo, gerou elogios, mas não resistiu aos resultados ruins. A chegada de Leonardo Jardim, com um perfil mais pragmático, reflete a busca por equilíbrio, mas os primeiros meses mostram que a adaptação será lenta.

A torcida, que lotou o Mineirão em 2024 com médias superiores a 35 mil torcedores por jogo, espera uma virada. A história do Cruzeiro, com títulos como a Libertadores de 1976 e 1997, alimenta a cobrança por protagonismo. A crise atual, embora preocupante, é vista por alguns como uma oportunidade de reformulação para voltar aos dias de glória.

Próximos passos: o que o Cruzeiro precisa fazer

A recuperação do Cruzeiro depende de ajustes em várias frentes. Em campo, Leonardo Jardim precisa encontrar um esquema tático que maximize o potencial do elenco. A defesa, que sofreu gols em todos os jogos de 2025, exige atenção imediata. No ataque, a volta por cima de jogadores como Kaio Jorge e Dudu pode ser decisiva para melhorar o desempenho.

Fora de campo, a diretoria enfrenta o desafio de alinhar as expectativas de Pedro Lourenço com as demandas da torcida. A permanência de Alexandre Mattos, embora incerta, será avaliada pelos resultados das próximas semanas. A busca por reforços pontuais, como um lateral-esquerdo, também está no radar, mas a prioridade é dar confiança ao grupo atual.

A torcida, peça central na história do clube, terá papel fundamental. Apesar dos protestos, o apoio nas arquibancadas pode impulsionar a equipe nos momentos decisivos. Com jogos importantes no horizonte, como o confronto contra o São Paulo no Brasileirão e as partidas da Sul-Americana, o Cruzeiro precisa de união para superar a crise.

  • Prioridades para o Cruzeiro em 2025:
  • Ajustes táticos para melhorar a defesa e o ataque.
  • Alinhamento entre diretoria e comissão técnica.
  • Reconquista da confiança da torcida com resultados.



O Cruzeiro Esporte Clube vive um início de 2025 marcado por instabilidade dentro e fora de campo. Derrotas consecutivas, críticas públicas da diretoria e protestos da torcida expõem uma crise que se arrasta desde o final de 2024, quando o clube perdeu a chance de disputar a Libertadores. Com investimentos altos e resultados abaixo do esperado, a pressão sobre jogadores, comissão técnica e gestores cresce a cada semana. A temporada, que prometia recuperação, transformou-se em um teste de resiliência para a Raposa.

A sequência de três derrotas recentes, incluindo uma goleada por 3 a 0 para o Internacional no Brasileirão, acendeu o sinal de alerta. No Campeonato Mineiro, a campanha foi a pior do século, com apenas três vitórias em dez jogos na primeira fase, deixando o clube na modesta sexta colocação. Na Conmebol Sul-Americana, o cenário não é melhor: duas derrotas em dois jogos posicionam o Cruzeiro como lanterna do Grupo E, comprometendo a classificação e ampliando os prejuízos financeiros.

Além dos números decepcionantes, o ambiente interno enfrenta turbulências. Pedro Lourenço, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), expressou publicamente sua insatisfação com a gestão do CEO Alexandre Mattos e admitiu erros na montagem do elenco. A torcida, por sua vez, organiza protestos na Toca da Raposa, cobrando mudanças imediatas. A combinação de resultados ruins, críticas e pressões externas cria um cenário delicado para o clube.

  • Fatores que intensificam a crise:
  • Derrotas consecutivas no Brasileirão e Sul-Americana.
  • Eliminação precoce no Campeonato Mineiro.
  • Insatisfação pública de Pedro Lourenço com a gestão.
  • Protestos de torcedores contra elenco e diretoria.

Raízes do problema: o que levou à crise atual

Desde o final de 2024, o Cruzeiro enfrenta dificuldades que vão além do desempenho em campo. A não classificação para a Libertadores, após uma campanha irregular no Brasileirão, marcou o início de uma série de frustrações. Fernando Diniz, então técnico, foi mantido para 2025, mas a pré-temporada curta nos Estados Unidos, com menos de duas semanas, limitou a preparação da equipe. O treinador não resistiu aos primeiros tropeços, deixando o cargo após apenas três jogos no Mineiro: uma vitória, um empate e uma derrota.

A reformulação no elenco, com investimentos superiores a R$ 400 milhões desde 2024, não trouxe o retorno esperado. Jogadores como Matheus Pereira, Cássio e Kaio Jorge chegaram com status de protagonistas, mas não conseguiram corresponder às expectativas. Pereira, por exemplo, manifestou publicamente o desejo de voltar à Europa durante a janela de transferências, gerando desconforto interno. Cássio, criticado por falhas no Mineiro, respondeu a torcedores nas redes sociais, enquanto Marlon, outro alvo de críticas, foi negociado com o Grêmio após protestos violentos.

A diretoria também enfrenta questionamentos. Pedro Lourenço, em entrevista recente, classificou o futebol como um “péssimo negócio” e revelou prejuízos financeiros acumulados. As críticas ao CEO Alexandre Mattos, braço-direito do empresário, ganharam força após a derrota para o Internacional. Lourenço admitiu que a gestão errou na escolha de reforços, apontando a necessidade de ajustes urgentes para reverter o cenário.

Impactos financeiros: prejuízos que pesam no orçamento

Os resultados ruins em campo têm reflexos diretos nas finanças do Cruzeiro. Na Conmebol Sul-Americana, cada vitória rende cerca de R$ 650 mil, mas as duas derrotas iniciais já custaram ao clube mais de R$ 1,3 milhão em premiações perdidas. No Campeonato Mineiro, a eliminação precoce reduziu a arrecadação com bilheteria e patrocinadores, enquanto no Brasileirão, a campanha irregular ameaça a busca por posições que garantam cotas maiores de televisão.

A SAF, sob comando de Pedro Lourenço, investiu pesado na contratação de jogadores e na infraestrutura do clube. Desde a aquisição do controle acionário, em 2021, foram gastos milhões em reforços como Gabigol, Dudu e Fabrício Bruno, além de renovações salariais de atletas como Matheus Pereira. Apesar disso, o retorno esportivo não veio, e o empresário já sinaliza dificuldades para manter o ritmo de aportes sem resultados concretos.

A pressão financeira também afeta a relação com a torcida. Protestos recentes na Toca da Raposa incluíram faixas e cânticos contra a diretoria, com pedidos explícitos pela saída de Alexandre Mattos. A ausência de público em jogos da Sul-Americana, devido a punições por uso de sinalizadores em 2024, agravou a situação, reduzindo ainda mais a receita de bilheteria.

  • Números que ilustram a crise financeira:
  • Mais de R$ 400 milhões investidos em contratações desde 2024.
  • Prejuízo de R$ 1,3 milhão por derrotas na Sul-Americana.
  • Redução de arrecadação com bilheteria no Mineiro e Brasileirão.

Mudanças no comando: a busca por estabilidade

A troca de técnicos reflete a instabilidade do Cruzeiro em 2025. Após a saída de Fernando Diniz, o interino assumiu por um curto período, mas não conseguiu reverter os resultados ruins. Leonardo Jardim, contratado como esperança de recuperação, enfrenta dificuldades para implementar seu estilo de jogo. Em cinco partidas sob seu comando, o time venceu apenas uma, com aproveitamento de 33,3%, marcando cinco gols e sofrendo seis.

Jardim trouxe mudanças táticas, como a tentativa de utilizar Christian como ponta e Matheusinho em funções mais ofensivas, mas as estratégias não surtiram efeito. A derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador, na Sul-Americana, foi considerada um dos maiores vexames recentes do clube, aumentando a pressão sobre o treinador português. Apesar disso, a diretoria mantém o respaldo ao técnico, apostando em sua experiência internacional para organizar a equipe.

A gestão do elenco também passa por ajustes. A saída de Marlon para o Grêmio abriu espaço para a promoção de jovens como Kaiki, enquanto nomes como Villalba são observados de perto. A diretoria avalia o mercado para reforços pontuais, mas o foco imediato é recuperar a confiança dos jogadores atuais e evitar novos tropeços no Brasileirão e na Sul-Americana.

Reação da torcida: protestos e apoio dividem a Nação Azul

A torcida cruzeirense, conhecida como Nação Azul, vive um misto de frustração e esperança. Após a derrota para o Mushuc Runa, torcedores organizaram protestos na Toca da Raposa, com faixas criticando o elenco e a diretoria. Alexandre Mattos foi o principal alvo, acusado de má gestão nas contratações. Alguns atletas, como Cássio e Matheus Pereira, também foram cobrados diretamente pelos torcedores.

Apesar das críticas, parte da torcida mantém o apoio ao clube. Em jogos no Mineirão, mesmo com resultados adversos, a média de público segue expressiva, com cerca de 30 mil torcedores por partida. A paixão pelo Cruzeiro, que tem a maior torcida de Minas Gerais, com 31% da preferência no estado segundo pesquisas recentes, continua sendo um diferencial. No entanto, a paciência dos torcedores começa a se esgotar, especialmente após declarações públicas de Pedro Lourenço admitindo erros.

A relação com as organizadas também enfrenta desafios. A Máfia Azul, maior torcida organizada do clube, foi proibida de usar materiais de apoio na final da Sul-Americana de 2024, gerando atritos com a Conmebol e autoridades paraguaias. Em 2025, novas punições por uso de sinalizadores podem limitar ainda mais a presença dos torcedores em jogos internacionais, impactando o apoio nas arquibancadas.

  • Momentos marcantes da torcida em 2025:
  • Protestos na Toca da Raposa após derrota para Mushuc Runa.
  • Média de 30 mil torcedores por jogo no Mineirão.
  • Conflitos com organizadas devido a punições da Conmebol.

Desafios no Brasileirão: a luta por recuperação

No Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro enfrenta uma batalha para se afastar da zona de rebaixamento e recuperar a confiança. Após duas rodadas, o time soma apenas três pontos, com uma vitória e uma derrota. A goleada sofrida contra o Internacional expôs fragilidades defensivas, com o time completando 14 jogos consecutivos sofrendo pelo menos um gol. A próxima partida, contra o São Paulo, será um teste crucial para avaliar a capacidade de reação da equipe.

Leonardo Jardim trabalha para corrigir os erros defensivos, apostando em nomes como Fabrício Bruno e Mateo Gamarra na zaga. No ataque, a dependência de jogadores como Dudu e Gabigol, que marcaram juntos apenas dois gols em 2025, preocupa. A diretoria avalia a possibilidade de ajustar o esquema tático, com maior participação de meias como Matheus Pereira, mas a falta de entrosamento segue sendo um obstáculo.

Os confrontos diretos nas próximas rodadas, contra equipes como Flamengo e Palmeiras, serão decisivos para definir o rumo do Cruzeiro na competição. Uma sequência de bons resultados pode aliviar a pressão sobre o elenco e a comissão técnica, enquanto novos tropeços podem intensificar a crise interna e externa.

Perspectivas na Sul-Americana: uma chance de redenção

A Conmebol Sul-Americana representa a principal oportunidade do Cruzeiro para conquistar um título em 2025, mas o caminho está longe de ser fácil. Lanterna do Grupo E, o time precisa vencer pelo menos três dos quatro jogos restantes na fase de grupos para sonhar com a classificação. Os próximos adversários, Unión Santa Fé e Mushuc Runa, são considerados acessíveis, mas a derrota inicial para ambos os times serve como alerta.

A competição também carrega um peso financeiro significativo. Além dos R$ 650 mil por vitória, avançar às fases eliminatórias garante premiações ainda maiores, que podem aliviar o orçamento do clube. Em 2024, o Cruzeiro chegou à final da Sul-Americana, mas perdeu para o Racing, deixando escapar a chance de encerrar um jejum de títulos internacionais desde 1997. A memória dessa campanha motiva o elenco, mas também aumenta a pressão por resultados imediatos.

A presença de jogadores experientes, como Cássio e Lucas Romero, é vista como um trunfo para os jogos decisivos. A diretoria aposta na recuperação de nomes como Kaio Jorge, que ainda não encontrou seu melhor futebol, para liderar o ataque. A torcida, apesar das críticas, promete apoiar o time nos jogos em casa, mesmo com as restrições impostas por punições anteriores.

  • Calendário da Sul-Americana para o Cruzeiro:
  • Unión Santa Fé (fora) – 15 de abril de 2025.
  • Mushuc Runa (casa) – 29 de abril de 2025.
  • Últimos jogos da fase de grupos – maio de 2025.

Gestão sob pressão: o futuro de Alexandre Mattos

Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro, enfrenta o momento mais delicado de sua gestão. Criticado por Pedro Lourenço e pela torcida, ele é responsabilizado pelos erros nas contratações e pela falta de resultados esportivos. Desde que assumiu o cargo, em 2024, Mattos promoveu uma reformulação agressiva no elenco, trazendo nomes de peso como Gabigol e Christian, mas a falta de integração entre os jogadores tem sido um problema recorrente.

A relação com Lourenço, inicialmente sólida, mostra sinais de desgaste. O empresário, que investiu milhões na SAF, exige mudanças rápidas e resultados concretos. Rumores sobre uma possível saída de Mattos circulam entre os torcedores, mas a diretoria mantém o discurso de apoio, pelo menos publicamente. Nos bastidores, reuniões frequentes entre a cúpula do clube buscam alinhar estratégias para a sequência da temporada.

Mattos também enfrenta desafios externos. A pressão da torcida, amplificada por protestos e críticas nas redes sociais, cria um ambiente hostil. A Máfia Azul, em particular, já pediu sua saída em faixas exibidas na Toca da Raposa. Apesar disso, o CEO segue envolvido em negociações por reforços e na busca por parcerias que possam aliviar a situação financeira do clube.

Histórico recente: lições de 2024 para 2025

O ano de 2024 serve como pano de fundo para entender a crise atual. A campanha na Sul-Americana, que culminou com o vice-campeonato, trouxe esperança, mas também expôs fragilidades. O Cruzeiro liderou o Brasileirão por várias rodadas, mas tropeços nas últimas partidas custaram a vaga na Libertadores. A eliminação no Mineiro, ainda na semifinal, foi outro golpe, especialmente pela derrota para o rival Atlético-MG.

A gestão de Pedro Lourenço, iniciada com a compra da SAF, trouxe estabilidade financeira inicial, mas os gastos elevados não se traduziram em títulos. A aposta em Fernando Diniz, que trouxe um estilo de jogo ofensivo, gerou elogios, mas não resistiu aos resultados ruins. A chegada de Leonardo Jardim, com um perfil mais pragmático, reflete a busca por equilíbrio, mas os primeiros meses mostram que a adaptação será lenta.

A torcida, que lotou o Mineirão em 2024 com médias superiores a 35 mil torcedores por jogo, espera uma virada. A história do Cruzeiro, com títulos como a Libertadores de 1976 e 1997, alimenta a cobrança por protagonismo. A crise atual, embora preocupante, é vista por alguns como uma oportunidade de reformulação para voltar aos dias de glória.

Próximos passos: o que o Cruzeiro precisa fazer

A recuperação do Cruzeiro depende de ajustes em várias frentes. Em campo, Leonardo Jardim precisa encontrar um esquema tático que maximize o potencial do elenco. A defesa, que sofreu gols em todos os jogos de 2025, exige atenção imediata. No ataque, a volta por cima de jogadores como Kaio Jorge e Dudu pode ser decisiva para melhorar o desempenho.

Fora de campo, a diretoria enfrenta o desafio de alinhar as expectativas de Pedro Lourenço com as demandas da torcida. A permanência de Alexandre Mattos, embora incerta, será avaliada pelos resultados das próximas semanas. A busca por reforços pontuais, como um lateral-esquerdo, também está no radar, mas a prioridade é dar confiança ao grupo atual.

A torcida, peça central na história do clube, terá papel fundamental. Apesar dos protestos, o apoio nas arquibancadas pode impulsionar a equipe nos momentos decisivos. Com jogos importantes no horizonte, como o confronto contra o São Paulo no Brasileirão e as partidas da Sul-Americana, o Cruzeiro precisa de união para superar a crise.

  • Prioridades para o Cruzeiro em 2025:
  • Ajustes táticos para melhorar a defesa e o ataque.
  • Alinhamento entre diretoria e comissão técnica.
  • Reconquista da confiança da torcida com resultados.



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