Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores brasileiros nascidos em março e abril começaram a receber, desde 15 de abril, o terceiro lote do abono salarial PIS/Pasep referente ao ano-base 2023. Com valores que variam de R$ 127 a R$ 1.518, dependendo dos meses trabalhados, o benefício injeta mais de R$ 5,1 bilhões na economia. Para trabalhadores da iniciativa privada, o pagamento do PIS é feito pela Caixa Econômica Federal, com destaque para o aplicativo Caixa Tem, que simplifica o acesso ao dinheiro por meio de uma conta poupança social digital. Servidores públicos, por sua vez, recebem o Pasep diretamente pelo Banco do Brasil. O prazo para saque vai até 29 de dezembro, e a consulta está disponível no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou no portal Gov.br.
O abono salarial é um benefício anual destinado a trabalhadores que, em 2023, atuaram com carteira assinada por pelo menos 30 dias, receberam até dois salários mínimos mensais (R$ 2.640) e estão inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos. A Caixa Econômica Federal, responsável pelo PIS, prioriza depósitos automáticos para quem possui conta no banco ou na poupança social digital. Para os demais, o saque pode ser feito em terminais de autoatendimento, lotéricas ou agências com o Cartão Cidadão. O Banco do Brasil, que administra o Pasep, também oferece opções como crédito em conta, PIX ou saque presencial.
A liberação do terceiro lote reforça a importância do abono como complemento de renda para milhões de brasileiros. Com um calendário escalonado por mês de nascimento, o programa beneficia, ao todo, 25,8 milhões de trabalhadores em 2025, com um investimento total de R$ 30,7 bilhões. O uso do Caixa Tem tem se destacado por sua praticidade, permitindo transferências, pagamentos e saques sem a necessidade de ir a uma agência.
Quem tem direito ao benefício
Para receber o abono salarial, o trabalhador precisa atender a critérios específicos. Além de estar inscrito no PIS/Pasep por pelo menos cinco anos, é necessário que o empregador tenha informado corretamente os dados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial. O benefício é calculado proporcionalmente ao tempo de serviço em 2023, com o valor máximo equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518) para quem trabalhou os 12 meses do ano.
Os trabalhadores da iniciativa privada, contemplados pelo PIS, recebem exclusivamente pela Caixa. Já os servidores públicos, beneficiários do Pasep, têm o pagamento gerenciado pelo Banco do Brasil. Aproximadamente 499 mil servidores estão incluídos no terceiro lote, com depósitos automáticos para correntistas ou opções de saque presencial. A consulta prévia, disponível desde fevereiro, permite verificar valores, datas e canais de pagamento.
- Critérios de elegibilidade: Inscrição no PIS/Pasep há 5 anos, trabalho formal por 30 dias em 2023, renda de até R$ 2.640 e dados corretos na Rais/eSocial.
- Valores: De R$ 127 (1 mês trabalhado) a R$ 1.518 (12 meses trabalhados).
- Canais de pagamento: Caixa Tem, terminais de autoatendimento, lotéricas, agências (PIS); conta, PIX, agências (Pasep).
Como funciona o Caixa Tem
O aplicativo Caixa Tem tornou-se uma ferramenta central para o recebimento do PIS, especialmente para trabalhadores sem conta na Caixa. A poupança social digital, aberta automaticamente, permite gerenciar o benefício de forma prática. Após o crédito, o valor pode ser usado para pagamentos, transferências via PIX ou saques em terminais de autoatendimento e lotéricas, utilizando o Cartão Cidadão ou o próprio aplicativo.
Para acessar o Caixa Tem, o trabalhador deve baixar o aplicativo, disponível na Play Store e App Store, e fazer login com CPF e senha. Caso não tenha cadastro, é possível criar um diretamente no app. A plataforma também oferece consulta ao saldo, extrato e calendário de pagamentos, além de serviços como pagamento de contas e compras com cartão virtual. A facilidade de uso tem reduzido a necessidade de deslocamentos, beneficiando especialmente quem vive em áreas remotas.
A integração com o Caixa Tem reflete a modernização dos serviços bancários. Desde sua criação, durante a pandemia, o aplicativo já foi usado para pagar benefícios como o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, consolidando-se como uma solução eficiente para milhões de brasileiros. Em 2025, a expectativa é que mais de 70% dos beneficiários do PIS utilizem o app para movimentar o abono.
Passo a passo para consultar o benefício
Consultar o abono salarial é simples e pode ser feito digitalmente. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital, disponível para Android e iOS, é a principal ferramenta. Após o login com CPF e senha Gov.br, o trabalhador acessa a aba “Benefícios”, seleciona “Abono Salarial” e verifica data, valor e banco responsável pelo pagamento. Outra opção é o portal Gov.br, que exige conta de nível prata ou ouro para consultas detalhadas.
Para quem prefere atendimento presencial, as agências da Caixa e do Banco do Brasil oferecem suporte, mas a recomendação é priorizar os canais digitais para maior agilidade. O número de identificação social (NIS), presente na carteira de trabalho ou no extrato do FGTS, é essencial para consultas. Caso o trabalhador identifique inconsistências, como ausência de pagamento, é necessário contatar o empregador para verificar os dados informados na Rais ou eSocial.
- Carteira de Trabalho Digital: Consultas via aplicativo com CPF e senha Gov.br.
- Portal Gov.br: Exige conta prata ou ouro para acessar informações.
- Atendimento presencial: Disponível em agências, mas menos ágil.
- NIS: Necessário para consultas; encontrado na carteira de trabalho ou extrato do FGTS.
Calendário de pagamentos
O calendário do PIS/Pasep 2025 foi definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024. Os pagamentos são escalonados por mês de nascimento (para o PIS) ou número final de inscrição (para o Pasep), começando em fevereiro e encerrando em agosto. O terceiro lote, liberado em 15 de abril, contempla nascidos em março e abril, enquanto os próximos lotes seguem até 15 de agosto.
- 17 de fevereiro: Nascidos em janeiro e fevereiro (PIS); final de inscrição 0 e 1 (Pasep).
- 17 de março: Nascidos em fevereiro (PIS); final de inscrição 2 e 3 (Pasep).
- 15 de abril: Nascidos em março e abril (PIS); final de inscrição 4 e 5 (Pasep).
- 15 de maio: Nascidos em maio e junho (PIS); final de inscrição 6 e 7 (Pasep).
- 16 de junho: Nascidos em julho e agosto (PIS); final de inscrição 8 (Pasep).
- 15 de julho: Nascidos em setembro e outubro (PIS); final de inscrição 9 (Pasep).
- 15 de agosto: Nascidos em novembro e dezembro (PIS).
Os saques permanecem disponíveis até 29 de dezembro, independentemente da data de liberação. Trabalhadores que perderem o prazo terão nova chance em 2026, conforme resolução do Codefat.

Impacto econômico do abono
O abono salarial PIS/Pasep desempenha um papel crucial na economia brasileira, funcionando como uma renda extra para trabalhadores de baixa renda. Com R$ 30,7 bilhões distribuídos em 2025, o programa beneficia 25,8 milhões de pessoas, sendo 22 milhões da iniciativa privada e 3,8 milhões de servidores públicos. O terceiro lote, com R$ 5,1 bilhões, é um dos mais expressivos, aquecendo o comércio local e o consumo em abril.
A injeção de recursos ocorre em um momento estratégico, coincidindo com o período pós-feriado de Páscoa e antes do Dia das Mães, datas que impulsionam o varejo. Pequenos negócios, como lojas de roupas e eletrodomésticos, relatam aumento nas vendas devido ao abono. Além disso, o pagamento via Caixa Tem facilita a circulação imediata do dinheiro, já que transferências e compras podem ser feitas diretamente pelo aplicativo.
A abrangência do programa também destaca sua relevância social. Trabalhadores de setores como comércio, construção civil e serviços domésticos, que frequentemente recebem salários próximos ao mínimo, são os principais beneficiados. O impacto é ainda maior em regiões menos desenvolvidas, onde o abono representa uma parcela significativa da renda familiar.
Desafios e atrasos no pagamento
Apesar da eficiência do programa, alguns trabalhadores enfrentam dificuldades. Um problema recorrente é a ausência de dados corretos na Rais ou eSocial, o que impede a liberação do benefício. Em 2025, cerca de 860 mil servidores públicos foram afetados por falhas no cadastramento, especialmente no eSocial. O Ministério do Trabalho ampliou o prazo para correção até junho, com promessa de pagamento a partir de outubro.
Outro desafio é a falta de informação. Muitos trabalhadores desconhecem o direito ao abono ou não sabem como consultá-lo. Campanhas do governo, veiculadas em redes sociais e na mídia, buscam ampliar o alcance das informações, incentivando o uso de aplicativos como Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem. Para os servidores, o Banco do Brasil também disponibiliza canais de atendimento, como o telefone 4004-0001.
A modernização dos sistemas, como a integração com o Gov.br e o Caixa Tem, tem reduzido esses problemas, mas a dependência de dados fornecidos pelos empregadores ainda é um gargalo. Trabalhadores que identificarem inconsistências devem buscar o empregador ou o Ministério do Trabalho para regularizar a situação antes do encerramento do calendário.
Diferença entre PIS/Pasep e fundo antigo
É comum confundir o abono salarial PIS/Pasep com o antigo Fundo PIS/Pasep, extinto em 2020. O abono é um benefício anual, pago a trabalhadores que atendem aos critérios de 2023, enquanto o fundo, ativo entre 1971 e 1988, destinava-se a quem trabalhava com carteira assinada ou era servidor público nesse período. Cerca de 10,5 milhões de brasileiros ainda têm valores a sacar do fundo, com saques liberados desde 28 de março.
A consulta ao fundo é feita pelo aplicativo FGTS ou na plataforma Repis Cidadão, exigindo conta Gov.br de nível prata ou ouro. O valor médio de saque é de R$ 2.800, e os pedidos devem ser protocolados em agências da Caixa. Diferentemente do abono, que é pago automaticamente, o fundo exige solicitação ativa do trabalhador ou herdeiro.
A distinção entre os programas é essencial para evitar confusões. Enquanto o abono é depositado diretamente, o fundo depende de ação do beneficiário, com prazo final para saques em 26 de janeiro de 2026. Ambos, porém, reforçam a importância de manter dados atualizados no NIS e no Gov.br.
Modernização dos pagamentos
A adoção do Caixa Tem e de plataformas digitais transformou a forma como o abono é distribuído. Antes, os saques exigiam deslocamento a agências ou lotéricas, o que gerava filas e dificuldades logísticas. Com o aplicativo, o trabalhador movimenta o dinheiro de casa, usando PIX para transferências instantâneas ou o cartão virtual para compras online. Em 2025, a Caixa estima que 80% dos pagamentos do PIS serão feitos via poupança social digital.
O Banco do Brasil também modernizou o Pasep, priorizando créditos em conta e transferências via PIX. Para servidores sem conta, o saque pode ser feito em agências ou por TED, com atendimento personalizado. A integração com o Gov.br facilita a consulta, mas exige que o trabalhador mantenha seu cadastro atualizado, especialmente o nível da conta (prata ou ouro).
Essa digitalização reflete uma tendência de inclusão financeira. O Caixa Tem, por exemplo, já atende mais de 100 milhões de usuários no Brasil, sendo uma ponte para serviços bancários para populações antes desbancarizadas. A facilidade de acesso, no entanto, exige cuidado com golpes, e a Caixa recomenda baixar o aplicativo apenas em lojas oficiais e evitar compartilhar senhas.
Benefícios para trabalhadores rurais
Embora o abono seja mais associado a trabalhadores urbanos, muitos rurais também têm direito. Empregados de fazendas, cooperativas agrícolas e agroindústrias, que atuaram com carteira assinada em 2023, estão entre os beneficiários. O programa é especialmente relevante em estados como Bahia, Maranhão e Pará, onde a agricultura familiar é forte.
Para esses trabalhadores, o Caixa Tem é uma solução prática, já que muitos vivem em áreas com acesso limitado a agências bancárias. O aplicativo permite saques em correspondentes Caixa Aqui, como pequenos comércios, e transferências para contas de familiares. A inclusão de trabalhadores rurais no programa reforça seu impacto em comunidades vulneráveis, onde o abono pode custear despesas essenciais, como alimentação e transporte.
A participação de trabalhadores rurais também evidencia a diversidade do programa. Dados do Ministério do Trabalho mostram que cerca de 15% dos beneficiários do PIS em 2025 são de áreas rurais, com destaque para atividades como cultivo de cana-de-açúcar, café e hortaliças. A regularização trabalhista nesses setores tem ampliado o alcance do benefício.
Perspectivas para o programa
O PIS/Pasep 2025 consolida-se como um dos principais programas de transferência de renda do Brasil, com impacto econômico e social significativo. A expectativa é que os próximos lotes, a partir de maio, mantenham o ritmo de distribuição, beneficiando trabalhadores nascidos entre maio e dezembro. A Caixa e o Banco do Brasil planejam intensificar campanhas de conscientização para reduzir o número de benefícios não sacados.
A ampliação do acesso digital, com destaque para o Caixa Tem, deve continuar transformando a experiência dos beneficiários. Novas funcionalidades, como a integração com carteiras digitais e maior personalização no aplicativo, estão em estudo para 2026. Além disso, o governo avalia ajustes no calendário para acelerar os pagamentos, especialmente para servidores afetados por falhas no eSocial.
O programa também enfrenta desafios de longo prazo, como a sustentabilidade financeira. Com R$ 30,7 bilhões distribuídos em 2025, o abono exige planejamento orçamentário rigoroso. Ainda assim, sua relevância para a economia e para milhões de trabalhadores garante sua continuidade como pilar de apoio à população de baixa renda.
- Próximos lotes: Pagamentos de maio a agosto para nascidos entre maio e dezembro.
- Digitalização: Caixa Tem e Gov.br lideram modernização dos pagamentos.
- Impacto rural: 15% dos beneficiários são trabalhadores rurais.
- Sustentabilidade: Programa exige planejamento para manter R$ 30,7 bi anuais.

Cerca de 3,8 milhões de trabalhadores brasileiros nascidos em março e abril começaram a receber, desde 15 de abril, o terceiro lote do abono salarial PIS/Pasep referente ao ano-base 2023. Com valores que variam de R$ 127 a R$ 1.518, dependendo dos meses trabalhados, o benefício injeta mais de R$ 5,1 bilhões na economia. Para trabalhadores da iniciativa privada, o pagamento do PIS é feito pela Caixa Econômica Federal, com destaque para o aplicativo Caixa Tem, que simplifica o acesso ao dinheiro por meio de uma conta poupança social digital. Servidores públicos, por sua vez, recebem o Pasep diretamente pelo Banco do Brasil. O prazo para saque vai até 29 de dezembro, e a consulta está disponível no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou no portal Gov.br.
O abono salarial é um benefício anual destinado a trabalhadores que, em 2023, atuaram com carteira assinada por pelo menos 30 dias, receberam até dois salários mínimos mensais (R$ 2.640) e estão inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos. A Caixa Econômica Federal, responsável pelo PIS, prioriza depósitos automáticos para quem possui conta no banco ou na poupança social digital. Para os demais, o saque pode ser feito em terminais de autoatendimento, lotéricas ou agências com o Cartão Cidadão. O Banco do Brasil, que administra o Pasep, também oferece opções como crédito em conta, PIX ou saque presencial.
A liberação do terceiro lote reforça a importância do abono como complemento de renda para milhões de brasileiros. Com um calendário escalonado por mês de nascimento, o programa beneficia, ao todo, 25,8 milhões de trabalhadores em 2025, com um investimento total de R$ 30,7 bilhões. O uso do Caixa Tem tem se destacado por sua praticidade, permitindo transferências, pagamentos e saques sem a necessidade de ir a uma agência.
Quem tem direito ao benefício
Para receber o abono salarial, o trabalhador precisa atender a critérios específicos. Além de estar inscrito no PIS/Pasep por pelo menos cinco anos, é necessário que o empregador tenha informado corretamente os dados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial. O benefício é calculado proporcionalmente ao tempo de serviço em 2023, com o valor máximo equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518) para quem trabalhou os 12 meses do ano.
Os trabalhadores da iniciativa privada, contemplados pelo PIS, recebem exclusivamente pela Caixa. Já os servidores públicos, beneficiários do Pasep, têm o pagamento gerenciado pelo Banco do Brasil. Aproximadamente 499 mil servidores estão incluídos no terceiro lote, com depósitos automáticos para correntistas ou opções de saque presencial. A consulta prévia, disponível desde fevereiro, permite verificar valores, datas e canais de pagamento.
- Critérios de elegibilidade: Inscrição no PIS/Pasep há 5 anos, trabalho formal por 30 dias em 2023, renda de até R$ 2.640 e dados corretos na Rais/eSocial.
- Valores: De R$ 127 (1 mês trabalhado) a R$ 1.518 (12 meses trabalhados).
- Canais de pagamento: Caixa Tem, terminais de autoatendimento, lotéricas, agências (PIS); conta, PIX, agências (Pasep).
Como funciona o Caixa Tem
O aplicativo Caixa Tem tornou-se uma ferramenta central para o recebimento do PIS, especialmente para trabalhadores sem conta na Caixa. A poupança social digital, aberta automaticamente, permite gerenciar o benefício de forma prática. Após o crédito, o valor pode ser usado para pagamentos, transferências via PIX ou saques em terminais de autoatendimento e lotéricas, utilizando o Cartão Cidadão ou o próprio aplicativo.
Para acessar o Caixa Tem, o trabalhador deve baixar o aplicativo, disponível na Play Store e App Store, e fazer login com CPF e senha. Caso não tenha cadastro, é possível criar um diretamente no app. A plataforma também oferece consulta ao saldo, extrato e calendário de pagamentos, além de serviços como pagamento de contas e compras com cartão virtual. A facilidade de uso tem reduzido a necessidade de deslocamentos, beneficiando especialmente quem vive em áreas remotas.
A integração com o Caixa Tem reflete a modernização dos serviços bancários. Desde sua criação, durante a pandemia, o aplicativo já foi usado para pagar benefícios como o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, consolidando-se como uma solução eficiente para milhões de brasileiros. Em 2025, a expectativa é que mais de 70% dos beneficiários do PIS utilizem o app para movimentar o abono.
Passo a passo para consultar o benefício
Consultar o abono salarial é simples e pode ser feito digitalmente. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital, disponível para Android e iOS, é a principal ferramenta. Após o login com CPF e senha Gov.br, o trabalhador acessa a aba “Benefícios”, seleciona “Abono Salarial” e verifica data, valor e banco responsável pelo pagamento. Outra opção é o portal Gov.br, que exige conta de nível prata ou ouro para consultas detalhadas.
Para quem prefere atendimento presencial, as agências da Caixa e do Banco do Brasil oferecem suporte, mas a recomendação é priorizar os canais digitais para maior agilidade. O número de identificação social (NIS), presente na carteira de trabalho ou no extrato do FGTS, é essencial para consultas. Caso o trabalhador identifique inconsistências, como ausência de pagamento, é necessário contatar o empregador para verificar os dados informados na Rais ou eSocial.
- Carteira de Trabalho Digital: Consultas via aplicativo com CPF e senha Gov.br.
- Portal Gov.br: Exige conta prata ou ouro para acessar informações.
- Atendimento presencial: Disponível em agências, mas menos ágil.
- NIS: Necessário para consultas; encontrado na carteira de trabalho ou extrato do FGTS.
Calendário de pagamentos
O calendário do PIS/Pasep 2025 foi definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024. Os pagamentos são escalonados por mês de nascimento (para o PIS) ou número final de inscrição (para o Pasep), começando em fevereiro e encerrando em agosto. O terceiro lote, liberado em 15 de abril, contempla nascidos em março e abril, enquanto os próximos lotes seguem até 15 de agosto.
- 17 de fevereiro: Nascidos em janeiro e fevereiro (PIS); final de inscrição 0 e 1 (Pasep).
- 17 de março: Nascidos em fevereiro (PIS); final de inscrição 2 e 3 (Pasep).
- 15 de abril: Nascidos em março e abril (PIS); final de inscrição 4 e 5 (Pasep).
- 15 de maio: Nascidos em maio e junho (PIS); final de inscrição 6 e 7 (Pasep).
- 16 de junho: Nascidos em julho e agosto (PIS); final de inscrição 8 (Pasep).
- 15 de julho: Nascidos em setembro e outubro (PIS); final de inscrição 9 (Pasep).
- 15 de agosto: Nascidos em novembro e dezembro (PIS).
Os saques permanecem disponíveis até 29 de dezembro, independentemente da data de liberação. Trabalhadores que perderem o prazo terão nova chance em 2026, conforme resolução do Codefat.

Impacto econômico do abono
O abono salarial PIS/Pasep desempenha um papel crucial na economia brasileira, funcionando como uma renda extra para trabalhadores de baixa renda. Com R$ 30,7 bilhões distribuídos em 2025, o programa beneficia 25,8 milhões de pessoas, sendo 22 milhões da iniciativa privada e 3,8 milhões de servidores públicos. O terceiro lote, com R$ 5,1 bilhões, é um dos mais expressivos, aquecendo o comércio local e o consumo em abril.
A injeção de recursos ocorre em um momento estratégico, coincidindo com o período pós-feriado de Páscoa e antes do Dia das Mães, datas que impulsionam o varejo. Pequenos negócios, como lojas de roupas e eletrodomésticos, relatam aumento nas vendas devido ao abono. Além disso, o pagamento via Caixa Tem facilita a circulação imediata do dinheiro, já que transferências e compras podem ser feitas diretamente pelo aplicativo.
A abrangência do programa também destaca sua relevância social. Trabalhadores de setores como comércio, construção civil e serviços domésticos, que frequentemente recebem salários próximos ao mínimo, são os principais beneficiados. O impacto é ainda maior em regiões menos desenvolvidas, onde o abono representa uma parcela significativa da renda familiar.
Desafios e atrasos no pagamento
Apesar da eficiência do programa, alguns trabalhadores enfrentam dificuldades. Um problema recorrente é a ausência de dados corretos na Rais ou eSocial, o que impede a liberação do benefício. Em 2025, cerca de 860 mil servidores públicos foram afetados por falhas no cadastramento, especialmente no eSocial. O Ministério do Trabalho ampliou o prazo para correção até junho, com promessa de pagamento a partir de outubro.
Outro desafio é a falta de informação. Muitos trabalhadores desconhecem o direito ao abono ou não sabem como consultá-lo. Campanhas do governo, veiculadas em redes sociais e na mídia, buscam ampliar o alcance das informações, incentivando o uso de aplicativos como Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem. Para os servidores, o Banco do Brasil também disponibiliza canais de atendimento, como o telefone 4004-0001.
A modernização dos sistemas, como a integração com o Gov.br e o Caixa Tem, tem reduzido esses problemas, mas a dependência de dados fornecidos pelos empregadores ainda é um gargalo. Trabalhadores que identificarem inconsistências devem buscar o empregador ou o Ministério do Trabalho para regularizar a situação antes do encerramento do calendário.
Diferença entre PIS/Pasep e fundo antigo
É comum confundir o abono salarial PIS/Pasep com o antigo Fundo PIS/Pasep, extinto em 2020. O abono é um benefício anual, pago a trabalhadores que atendem aos critérios de 2023, enquanto o fundo, ativo entre 1971 e 1988, destinava-se a quem trabalhava com carteira assinada ou era servidor público nesse período. Cerca de 10,5 milhões de brasileiros ainda têm valores a sacar do fundo, com saques liberados desde 28 de março.
A consulta ao fundo é feita pelo aplicativo FGTS ou na plataforma Repis Cidadão, exigindo conta Gov.br de nível prata ou ouro. O valor médio de saque é de R$ 2.800, e os pedidos devem ser protocolados em agências da Caixa. Diferentemente do abono, que é pago automaticamente, o fundo exige solicitação ativa do trabalhador ou herdeiro.
A distinção entre os programas é essencial para evitar confusões. Enquanto o abono é depositado diretamente, o fundo depende de ação do beneficiário, com prazo final para saques em 26 de janeiro de 2026. Ambos, porém, reforçam a importância de manter dados atualizados no NIS e no Gov.br.
Modernização dos pagamentos
A adoção do Caixa Tem e de plataformas digitais transformou a forma como o abono é distribuído. Antes, os saques exigiam deslocamento a agências ou lotéricas, o que gerava filas e dificuldades logísticas. Com o aplicativo, o trabalhador movimenta o dinheiro de casa, usando PIX para transferências instantâneas ou o cartão virtual para compras online. Em 2025, a Caixa estima que 80% dos pagamentos do PIS serão feitos via poupança social digital.
O Banco do Brasil também modernizou o Pasep, priorizando créditos em conta e transferências via PIX. Para servidores sem conta, o saque pode ser feito em agências ou por TED, com atendimento personalizado. A integração com o Gov.br facilita a consulta, mas exige que o trabalhador mantenha seu cadastro atualizado, especialmente o nível da conta (prata ou ouro).
Essa digitalização reflete uma tendência de inclusão financeira. O Caixa Tem, por exemplo, já atende mais de 100 milhões de usuários no Brasil, sendo uma ponte para serviços bancários para populações antes desbancarizadas. A facilidade de acesso, no entanto, exige cuidado com golpes, e a Caixa recomenda baixar o aplicativo apenas em lojas oficiais e evitar compartilhar senhas.
Benefícios para trabalhadores rurais
Embora o abono seja mais associado a trabalhadores urbanos, muitos rurais também têm direito. Empregados de fazendas, cooperativas agrícolas e agroindústrias, que atuaram com carteira assinada em 2023, estão entre os beneficiários. O programa é especialmente relevante em estados como Bahia, Maranhão e Pará, onde a agricultura familiar é forte.
Para esses trabalhadores, o Caixa Tem é uma solução prática, já que muitos vivem em áreas com acesso limitado a agências bancárias. O aplicativo permite saques em correspondentes Caixa Aqui, como pequenos comércios, e transferências para contas de familiares. A inclusão de trabalhadores rurais no programa reforça seu impacto em comunidades vulneráveis, onde o abono pode custear despesas essenciais, como alimentação e transporte.
A participação de trabalhadores rurais também evidencia a diversidade do programa. Dados do Ministério do Trabalho mostram que cerca de 15% dos beneficiários do PIS em 2025 são de áreas rurais, com destaque para atividades como cultivo de cana-de-açúcar, café e hortaliças. A regularização trabalhista nesses setores tem ampliado o alcance do benefício.
Perspectivas para o programa
O PIS/Pasep 2025 consolida-se como um dos principais programas de transferência de renda do Brasil, com impacto econômico e social significativo. A expectativa é que os próximos lotes, a partir de maio, mantenham o ritmo de distribuição, beneficiando trabalhadores nascidos entre maio e dezembro. A Caixa e o Banco do Brasil planejam intensificar campanhas de conscientização para reduzir o número de benefícios não sacados.
A ampliação do acesso digital, com destaque para o Caixa Tem, deve continuar transformando a experiência dos beneficiários. Novas funcionalidades, como a integração com carteiras digitais e maior personalização no aplicativo, estão em estudo para 2026. Além disso, o governo avalia ajustes no calendário para acelerar os pagamentos, especialmente para servidores afetados por falhas no eSocial.
O programa também enfrenta desafios de longo prazo, como a sustentabilidade financeira. Com R$ 30,7 bilhões distribuídos em 2025, o abono exige planejamento orçamentário rigoroso. Ainda assim, sua relevância para a economia e para milhões de trabalhadores garante sua continuidade como pilar de apoio à população de baixa renda.
- Próximos lotes: Pagamentos de maio a agosto para nascidos entre maio e dezembro.
- Digitalização: Caixa Tem e Gov.br lideram modernização dos pagamentos.
- Impacto rural: 15% dos beneficiários são trabalhadores rurais.
- Sustentabilidade: Programa exige planejamento para manter R$ 30,7 bi anuais.
