Lançado em março de 2025, o programa Crédito do Trabalhador, também conhecido como Consignado CLT, já transformou o acesso ao crédito para milhões de brasileiros com carteira assinada. Em pouco mais de um mês, a iniciativa liberou R$ 8,2 bilhões em empréstimos para cerca de 1,5 milhão de trabalhadores, com taxas de juros significativamente mais baixas que as de outras modalidades de crédito pessoal. A possibilidade de usar até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia e o desconto direto na folha de pagamento reduziram os riscos para os bancos, permitindo condições mais vantajosas. A partir de 25 de abril, a contratação do empréstimo passou a ser oferecida diretamente por canais digitais de bancos credenciados, ampliando o alcance do programa. Com um público potencial de 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo empregados domésticos, rurais e de microempreendedores individuais (MEI), o governo federal aposta na modalidade para impulsionar a economia e facilitar a quitação de dívidas mais caras.
O programa foi instituído por medida provisória e entrou em vigor em 21 de março, marcando o início de uma nova era no crédito consignado para o setor privado. Diferentemente de modalidades tradicionais, o Consignado CLT não exige acordos bilaterais entre empresas e bancos, simplificando o processo. Trabalhadores acessam o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, simulam o valor desejado e recebem propostas de instituições financeiras em até 24 horas. A expectativa é que, nos próximos quatro anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no sistema, promovendo inclusão financeira.
A nova fase, iniciada em 25 de abril, trouxe mudanças significativas. Bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que já desembolsaram mais de R$ 1,1 bilhão, agora oferecem o crédito diretamente em seus aplicativos e sites, sem redirecionar os clientes para a plataforma governamental. Essa alteração visa aumentar a concorrência e reduzir ainda mais as taxas de juros, que variam entre 1,6% e 4,99% ao mês, dependendo da análise de crédito.
Benefícios do Consignado CLT para trabalhadores
O Crédito do Trabalhador se destaca por oferecer condições mais acessíveis em comparação com outras linhas de crédito, como cartão de crédito rotativo e cheque especial, cujas taxas podem ultrapassar 400% ao ano. O desconto automático na folha de pagamento, limitado a 35% do salário, garante segurança para as instituições financeiras e permite juros reduzidos. Além disso, a garantia do FGTS minimiza o risco de inadimplência, beneficiando até trabalhadores com nome negativado.
- Juros mais baixos: Taxas entre 1,6% e 4,99% ao mês, contra 5% a 6% de empréstimos pessoais tradicionais.
- Uso do FGTS: Até 10% do saldo ou 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa.
- Flexibilidade de prazos: Parcelamento em até 84 meses, conforme análise de crédito.
- Acesso amplo: Disponível para 47 milhões de trabalhadores, incluindo rurais, domésticos e de MEI.
- Portabilidade: Possibilidade de migrar dívidas caras para o Consignado CLT com condições melhores.
Como funciona a contratação do crédito
A simplicidade do processo é um dos pontos fortes do programa. Trabalhadores com carteira assinada acessam o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, selecionam a opção de empréstimos e informam o valor desejado e o número de parcelas. O sistema exibe o limite de comprometimento da renda e uma taxa de referência, que serve como base para as propostas dos bancos. Após a simulação, as instituições financeiras enviam ofertas em até 24 horas, permitindo que o trabalhador escolha a mais vantajosa com base em juros, prazos e custo efetivo total (CET).
Desde 25 de abril, a contratação também pode ser feita diretamente nos canais digitais dos bancos credenciados, como aplicativos e sites. Mais de 80 instituições financeiras estão habilitadas, incluindo gigantes como Caixa, Banco do Brasil e Inter. O processo é 100% digital, sem necessidade de contato telefônico, e exige autorização para compartilhamento de dados pessoais e profissionais. Após a assinatura do contrato, as parcelas são descontadas automaticamente via eSocial, sistema que unifica informações trabalhistas.
Impacto econômico do programa
O Consignado CLT já movimentou cifras expressivas, com R$ 8,2 bilhões liberados até o final de abril. O Ministério do Trabalho estima que mais de R$ 100 bilhões estejam disponíveis para empréstimos até junho, com potencial de impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB). A injeção de recursos no mercado estimula o consumo e facilita a quitação de dívidas com juros elevados, como as de cartão de crédito, que atingem 450,6% ao ano. O programa também beneficia os bancos, que aumentam o volume de crédito com baixo risco, e o governo, que vê a economia aquecida.
Nos primeiros sete dias de operação, o programa ultrapassou R$ 1,28 bilhão em contratos, com média de R$ 6.623,48 por trabalhador e parcelas de R$ 347,23 em 19 meses. A Caixa e o Banco do Brasil lideram as operações, com R$ 600 milhões e R$ 500 milhões desembolsados, respectivamente. A expectativa é que a nova fase, com maior participação dos bancos, intensifique a adesão e reduza as taxas, que ainda enfrentam críticas por serem mais altas que o esperado em algumas propostas.
Cuidados ao contratar o Consignado CLT
A adesão ao programa exige cautela para evitar armadilhas financeiras. Especialistas recomendam comparar as propostas de diferentes bancos, analisando não apenas a taxa de juros, mas também o custo efetivo total, que inclui encargos adicionais. O comprometimento de até 35% do salário pode pesar no orçamento, especialmente para trabalhadores com outras despesas fixas. Além disso, a garantia do FGTS implica que, em caso de demissão, parte do fundo ou da multa rescisória pode ser retida para quitar o saldo devedor.
- Compare propostas: Avalie taxas, prazos e CET antes de assinar o contrato.
- Planeje o orçamento: Certifique-se de que as parcelas cabem no planejamento financeiro.
- Evite impulsos: Use o crédito para emergências ou quitação de dívidas caras, não para consumo desnecessário.
- Atenção ao FGTS: Entenda que até 10% do saldo pode ser bloqueado como garantia.
- Consulte o contrato: Verifique todas as condições, incluindo data de início e fim dos descontos.
Nova fase amplia concorrência entre bancos
A partir de 25 de abril, o Consignado CLT entrou em uma nova etapa, com bancos oferecendo o crédito diretamente em seus canais digitais. Essa mudança elimina a necessidade de redirecionamento para a Carteira de Trabalho Digital, agilizando o processo. Instituições como o Banco Inter já relatam aumento na adesão, com expectativa de atrair mais clientes por meio de taxas competitivas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) prevê que a concorrência entre as instituições reduzirá os juros, que em alguns casos chegaram a 5,97% ao mês na fase inicial, acima da média de 2,91% do consignado privado antes do programa.
O governo federal incentiva a portabilidade de dívidas, permitindo que trabalhadores migrem empréstimos com juros altos para o Consignado CLT. Caso o trabalhador desista do crédito, há um prazo de sete dias corridos para devolver o valor total sem custos adicionais. A administração do programa é feita pelo Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado, que pode propor normas e limites para as taxas de juros.
Público-alvo e inclusão financeira
O programa abrange um universo de 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo 2,2 milhões de empregados domésticos, 4 milhões de trabalhadores rurais e funcionários de MEI. Até então, esses grupos tinham acesso limitado ao crédito consignado, que era mais comum entre servidores públicos e aposentados do INSS. Com taxas médias de 1,75% a 1,82% ao mês para essas categorias, o Consignado CLT busca se aproximar dessas condições, oferecendo uma alternativa viável para quem depende de empréstimos.
A inclusão de trabalhadores negativados é outro diferencial. Como o desconto é feito diretamente na folha de pagamento e há garantia do FGTS, os bancos têm maior segurança para liberar crédito, mesmo para quem está com o nome sujo. No entanto, a aprovação depende da análise de risco, que considera tempo de trabalho, histórico de crédito e vínculo empregatício.

Desafios e críticas ao programa
Apesar do sucesso inicial, o Consignado CLT enfrenta críticas relacionadas às taxas de juros. Em algumas simulações, as taxas chegaram a 7,99% ao mês, bem acima do esperado. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, minimizou as reclamações, sugerindo que os trabalhadores comparem as taxas com outras modalidades de crédito. A baixa concorrência na fase inicial foi apontada como responsável pelas taxas elevadas, mas a entrada de mais bancos a partir de 25 de abril deve mudar esse cenário.
Outro desafio é a educação financeira. Especialistas alertam que o fácil acesso ao crédito pode levar ao endividamento excessivo, especialmente para trabalhadores que não planejam o orçamento. O Procon-SP reforça que as taxas máximas devem incluir todos os custos da operação, e qualquer cobrança adicional, como tarifas, é proibida. A transparência nos contratos é essencial para evitar surpresas.
Cronograma de implementação do programa
O Consignado CLT foi estruturado em etapas para garantir sua consolidação no mercado. As principais fases incluem:
- 21 de março de 2025: Lançamento oficial, com contratação exclusiva pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
- 25 de abril de 2025: Início da oferta direta pelos canais digitais dos bancos, ampliando a concorrência.
- Junho de 2025: Previsão de regulamentação completa do uso do FGTS como garantia, com liberação de até R$ 100 bilhões.
- 2029: Meta de atingir 25 milhões de trabalhadores, com impacto significativo na inclusão financeira.
Perspectivas para o futuro
O programa tem potencial para transformar o mercado de crédito no Brasil, especialmente para trabalhadores de baixa renda. Com a redução esperada nas taxas de juros, o Consignado CLT pode se tornar uma ferramenta poderosa para quitação de dívidas e planejamento financeiro. Bancos como a Caixa, que oferece taxas a partir de 1,6% ao mês, já sinalizam condições mais atrativas. A expectativa é que a concorrência entre as instituições financeiras intensifique a oferta de propostas vantajosas.
A longo prazo, o governo espera que o programa contribua para a redução da inadimplência e o estímulo à economia. Com 3,8 milhões de contratos de crédito consignado no setor privado, totalizando R$ 40 bilhões, o mercado já demonstra grande potencial. A inclusão de trabalhadores rurais e domésticos, historicamente excluídos, reforça o caráter social da iniciativa.
Recomendações para trabalhadores
Antes de contratar o Consignado CLT, é fundamental adotar algumas práticas para garantir que o crédito seja uma solução, não um problema. Planejar o uso do dinheiro, priorizando a quitação de dívidas com juros altos, é uma estratégia recomendada por especialistas. Além disso, a comparação detalhada das propostas e a leitura atenta do contrato são passos indispensáveis.
- Pesquise taxas: Consulte diferentes bancos para encontrar a menor taxa de juros e CET.
- Evite dívidas desnecessárias: Use o crédito para emergências ou consolidação de dívidas, não para compras impulsivas.
- Monitore descontos: Acompanhe os descontos na folha de pagamento para evitar surpresas.
- Considere a estabilidade: Avalie o risco de demissão, que pode comprometer o FGTS.
- Busque orientação: Consulte especialistas financeiros para planejar o uso do crédito.

Lançado em março de 2025, o programa Crédito do Trabalhador, também conhecido como Consignado CLT, já transformou o acesso ao crédito para milhões de brasileiros com carteira assinada. Em pouco mais de um mês, a iniciativa liberou R$ 8,2 bilhões em empréstimos para cerca de 1,5 milhão de trabalhadores, com taxas de juros significativamente mais baixas que as de outras modalidades de crédito pessoal. A possibilidade de usar até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia e o desconto direto na folha de pagamento reduziram os riscos para os bancos, permitindo condições mais vantajosas. A partir de 25 de abril, a contratação do empréstimo passou a ser oferecida diretamente por canais digitais de bancos credenciados, ampliando o alcance do programa. Com um público potencial de 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo empregados domésticos, rurais e de microempreendedores individuais (MEI), o governo federal aposta na modalidade para impulsionar a economia e facilitar a quitação de dívidas mais caras.
O programa foi instituído por medida provisória e entrou em vigor em 21 de março, marcando o início de uma nova era no crédito consignado para o setor privado. Diferentemente de modalidades tradicionais, o Consignado CLT não exige acordos bilaterais entre empresas e bancos, simplificando o processo. Trabalhadores acessam o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, simulam o valor desejado e recebem propostas de instituições financeiras em até 24 horas. A expectativa é que, nos próximos quatro anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no sistema, promovendo inclusão financeira.
A nova fase, iniciada em 25 de abril, trouxe mudanças significativas. Bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que já desembolsaram mais de R$ 1,1 bilhão, agora oferecem o crédito diretamente em seus aplicativos e sites, sem redirecionar os clientes para a plataforma governamental. Essa alteração visa aumentar a concorrência e reduzir ainda mais as taxas de juros, que variam entre 1,6% e 4,99% ao mês, dependendo da análise de crédito.
Benefícios do Consignado CLT para trabalhadores
O Crédito do Trabalhador se destaca por oferecer condições mais acessíveis em comparação com outras linhas de crédito, como cartão de crédito rotativo e cheque especial, cujas taxas podem ultrapassar 400% ao ano. O desconto automático na folha de pagamento, limitado a 35% do salário, garante segurança para as instituições financeiras e permite juros reduzidos. Além disso, a garantia do FGTS minimiza o risco de inadimplência, beneficiando até trabalhadores com nome negativado.
- Juros mais baixos: Taxas entre 1,6% e 4,99% ao mês, contra 5% a 6% de empréstimos pessoais tradicionais.
- Uso do FGTS: Até 10% do saldo ou 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa.
- Flexibilidade de prazos: Parcelamento em até 84 meses, conforme análise de crédito.
- Acesso amplo: Disponível para 47 milhões de trabalhadores, incluindo rurais, domésticos e de MEI.
- Portabilidade: Possibilidade de migrar dívidas caras para o Consignado CLT com condições melhores.
Como funciona a contratação do crédito
A simplicidade do processo é um dos pontos fortes do programa. Trabalhadores com carteira assinada acessam o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, selecionam a opção de empréstimos e informam o valor desejado e o número de parcelas. O sistema exibe o limite de comprometimento da renda e uma taxa de referência, que serve como base para as propostas dos bancos. Após a simulação, as instituições financeiras enviam ofertas em até 24 horas, permitindo que o trabalhador escolha a mais vantajosa com base em juros, prazos e custo efetivo total (CET).
Desde 25 de abril, a contratação também pode ser feita diretamente nos canais digitais dos bancos credenciados, como aplicativos e sites. Mais de 80 instituições financeiras estão habilitadas, incluindo gigantes como Caixa, Banco do Brasil e Inter. O processo é 100% digital, sem necessidade de contato telefônico, e exige autorização para compartilhamento de dados pessoais e profissionais. Após a assinatura do contrato, as parcelas são descontadas automaticamente via eSocial, sistema que unifica informações trabalhistas.
Impacto econômico do programa
O Consignado CLT já movimentou cifras expressivas, com R$ 8,2 bilhões liberados até o final de abril. O Ministério do Trabalho estima que mais de R$ 100 bilhões estejam disponíveis para empréstimos até junho, com potencial de impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB). A injeção de recursos no mercado estimula o consumo e facilita a quitação de dívidas com juros elevados, como as de cartão de crédito, que atingem 450,6% ao ano. O programa também beneficia os bancos, que aumentam o volume de crédito com baixo risco, e o governo, que vê a economia aquecida.
Nos primeiros sete dias de operação, o programa ultrapassou R$ 1,28 bilhão em contratos, com média de R$ 6.623,48 por trabalhador e parcelas de R$ 347,23 em 19 meses. A Caixa e o Banco do Brasil lideram as operações, com R$ 600 milhões e R$ 500 milhões desembolsados, respectivamente. A expectativa é que a nova fase, com maior participação dos bancos, intensifique a adesão e reduza as taxas, que ainda enfrentam críticas por serem mais altas que o esperado em algumas propostas.
Cuidados ao contratar o Consignado CLT
A adesão ao programa exige cautela para evitar armadilhas financeiras. Especialistas recomendam comparar as propostas de diferentes bancos, analisando não apenas a taxa de juros, mas também o custo efetivo total, que inclui encargos adicionais. O comprometimento de até 35% do salário pode pesar no orçamento, especialmente para trabalhadores com outras despesas fixas. Além disso, a garantia do FGTS implica que, em caso de demissão, parte do fundo ou da multa rescisória pode ser retida para quitar o saldo devedor.
- Compare propostas: Avalie taxas, prazos e CET antes de assinar o contrato.
- Planeje o orçamento: Certifique-se de que as parcelas cabem no planejamento financeiro.
- Evite impulsos: Use o crédito para emergências ou quitação de dívidas caras, não para consumo desnecessário.
- Atenção ao FGTS: Entenda que até 10% do saldo pode ser bloqueado como garantia.
- Consulte o contrato: Verifique todas as condições, incluindo data de início e fim dos descontos.
Nova fase amplia concorrência entre bancos
A partir de 25 de abril, o Consignado CLT entrou em uma nova etapa, com bancos oferecendo o crédito diretamente em seus canais digitais. Essa mudança elimina a necessidade de redirecionamento para a Carteira de Trabalho Digital, agilizando o processo. Instituições como o Banco Inter já relatam aumento na adesão, com expectativa de atrair mais clientes por meio de taxas competitivas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) prevê que a concorrência entre as instituições reduzirá os juros, que em alguns casos chegaram a 5,97% ao mês na fase inicial, acima da média de 2,91% do consignado privado antes do programa.
O governo federal incentiva a portabilidade de dívidas, permitindo que trabalhadores migrem empréstimos com juros altos para o Consignado CLT. Caso o trabalhador desista do crédito, há um prazo de sete dias corridos para devolver o valor total sem custos adicionais. A administração do programa é feita pelo Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado, que pode propor normas e limites para as taxas de juros.
Público-alvo e inclusão financeira
O programa abrange um universo de 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo 2,2 milhões de empregados domésticos, 4 milhões de trabalhadores rurais e funcionários de MEI. Até então, esses grupos tinham acesso limitado ao crédito consignado, que era mais comum entre servidores públicos e aposentados do INSS. Com taxas médias de 1,75% a 1,82% ao mês para essas categorias, o Consignado CLT busca se aproximar dessas condições, oferecendo uma alternativa viável para quem depende de empréstimos.
A inclusão de trabalhadores negativados é outro diferencial. Como o desconto é feito diretamente na folha de pagamento e há garantia do FGTS, os bancos têm maior segurança para liberar crédito, mesmo para quem está com o nome sujo. No entanto, a aprovação depende da análise de risco, que considera tempo de trabalho, histórico de crédito e vínculo empregatício.

Desafios e críticas ao programa
Apesar do sucesso inicial, o Consignado CLT enfrenta críticas relacionadas às taxas de juros. Em algumas simulações, as taxas chegaram a 7,99% ao mês, bem acima do esperado. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, minimizou as reclamações, sugerindo que os trabalhadores comparem as taxas com outras modalidades de crédito. A baixa concorrência na fase inicial foi apontada como responsável pelas taxas elevadas, mas a entrada de mais bancos a partir de 25 de abril deve mudar esse cenário.
Outro desafio é a educação financeira. Especialistas alertam que o fácil acesso ao crédito pode levar ao endividamento excessivo, especialmente para trabalhadores que não planejam o orçamento. O Procon-SP reforça que as taxas máximas devem incluir todos os custos da operação, e qualquer cobrança adicional, como tarifas, é proibida. A transparência nos contratos é essencial para evitar surpresas.
Cronograma de implementação do programa
O Consignado CLT foi estruturado em etapas para garantir sua consolidação no mercado. As principais fases incluem:
- 21 de março de 2025: Lançamento oficial, com contratação exclusiva pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
- 25 de abril de 2025: Início da oferta direta pelos canais digitais dos bancos, ampliando a concorrência.
- Junho de 2025: Previsão de regulamentação completa do uso do FGTS como garantia, com liberação de até R$ 100 bilhões.
- 2029: Meta de atingir 25 milhões de trabalhadores, com impacto significativo na inclusão financeira.
Perspectivas para o futuro
O programa tem potencial para transformar o mercado de crédito no Brasil, especialmente para trabalhadores de baixa renda. Com a redução esperada nas taxas de juros, o Consignado CLT pode se tornar uma ferramenta poderosa para quitação de dívidas e planejamento financeiro. Bancos como a Caixa, que oferece taxas a partir de 1,6% ao mês, já sinalizam condições mais atrativas. A expectativa é que a concorrência entre as instituições financeiras intensifique a oferta de propostas vantajosas.
A longo prazo, o governo espera que o programa contribua para a redução da inadimplência e o estímulo à economia. Com 3,8 milhões de contratos de crédito consignado no setor privado, totalizando R$ 40 bilhões, o mercado já demonstra grande potencial. A inclusão de trabalhadores rurais e domésticos, historicamente excluídos, reforça o caráter social da iniciativa.
Recomendações para trabalhadores
Antes de contratar o Consignado CLT, é fundamental adotar algumas práticas para garantir que o crédito seja uma solução, não um problema. Planejar o uso do dinheiro, priorizando a quitação de dívidas com juros altos, é uma estratégia recomendada por especialistas. Além disso, a comparação detalhada das propostas e a leitura atenta do contrato são passos indispensáveis.
- Pesquise taxas: Consulte diferentes bancos para encontrar a menor taxa de juros e CET.
- Evite dívidas desnecessárias: Use o crédito para emergências ou consolidação de dívidas, não para compras impulsivas.
- Monitore descontos: Acompanhe os descontos na folha de pagamento para evitar surpresas.
- Considere a estabilidade: Avalie o risco de demissão, que pode comprometer o FGTS.
- Busque orientação: Consulte especialistas financeiros para planejar o uso do crédito.
