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19 Apr 2025, Sat

“Enfiaram pregos em minhas mãos”, declara ex-terrorista do Hamas

De terrorista a morador de Israel 

Outro dissidente do regime palestino é Muhammad Masad. Nascido em Gaza, cresceu sendo ensinado a odiar judeus. Em determinado momento de sua vida, fez disso sua missão. 

Em um dos ataques, acabou preso em Israel por tentar atirar coquetéis molotov em israelenses. Ao ser libertado, voltou para a Cisjordânia com mais sede de vingança. 

Tudo mudou quando viu seus amigos serem mortos por criticar a Autoridade Palestina. Um deles se opôs à autoridade palestina nas redes sociais e foi morto a facadas diante dos olhos de seus filhos. 

“Eu abandonei os palestinos e fugi para Israel. Comecei a viver em Israel.”

Ele relata que, ao chegar, foi recebido como alguém que é humano e se arrependeu,mas que as retaliações por se opor à Palestina não pararam. 

“Colocaram uma bomba embaixo do meu carro. O mundo não sabe o que está acontecendo. Aparentemente o mundo é cego, não vê”, finaliza. 

O filho do Hamas

Mosab Hassan Yousef,  filho de um dos fundadores do Hamas, Sheik Hassan Yousef, compartilhou como foi crescer no seio da liderança terrorista e o que o fez sair. 

Ele relata que, desde a infância, aprendeu que a Terra Santa era um “tesouro islãmico” da Palestina. 

 “Crescemos com essa crença de que devemos emancipar e lutar até nós expulsarmos completamente o povo judeu desse território”, disse ele.

Aos 18 anos, Yousef foi preso por Israel e abordado para colaborar com o serviço de inteligência israelense. Aceitou ser espião, por perceber isso como  uma oportunidade de manipular os israelenses em favor do Hamas. 

De volta à Palestina, mudou sua perspectiva ao testemunhar o que os terroristas faziam com os que sequestravam. 

“Eu fiquei chocado com o abuso que cometiam… A única fonte que realmente parecia crível e confiável era o inimigo que eu pensava o tempo todo que queria destruir, que era Israel”, revelou.

Com o tempo, sua relação com o serviço de inteligência israelense evoluiu para uma amizade baseada na confiança.

Planos de ataques no resto do mundo

Ainda de acordo com Yousef, os terroristas pretendiam atacar judeus em todo o mundo. Tudo aconteceu no início dos anos 2000. 

Na época, o então líder da oposição israelense, Ariel Sharon, visitar o Monte do Templo. Como o local é sagrado tanto para os judeus quanto para os muçulmanos, a ida ao local enfureceu o terrorista. 

O plano de Arafat era expandir a violência ao redor do mundo. A onda de ataques matou milhares de pessoas em Jerusalém e na Cisjordânia. 

Youssef não só ajudou a planejar a ação, que foi batizada de a segunda intifada, ou “revolta das pedras”.

Durante a estruturação do ataque, o líder dos terroristas teria insinuado expandir as ações para outros locais que não o Oriente Médio. 

“Arafat tinha a intenção de globalizar a Intifada… Eles não querem a paz”, declarou.

O plano não foi concluído e um tempo depois, Yousef abandonou o Hamas. 

As histórias de Muhammad Masad, Dor Shachar e Mosab Hassan Yousef demonstram que para se tornar um terrorista, o ser humano tem contato com as ideias desde muito novo. Ao compartilhar suas jornadas para se desligar dos regimes, mostram que nem sempre é fácil escapar das garras dos extremistas. 



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