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15 Mar 2025, Sat

Se demorar, autocrítica de Lula pode chegar junto com autopsia

Em 2022, Lula prevaleceu sobre Bolsonaro em São Paulo por 53,54% a 46,46% dos votos válidos. Boulos chegou ao final do primeiro turno com apoio de cerca de metade dos eleitores lulistas. No Datafolha da última quinta-feira, o percentual subiu para 63%.

Entretanto, 31% dos antigos eleitores de Lula disseram preferir Nunes. Entre os lulistas que optam pela reeleição do prefeito, 27% declaram que jamais votariam em Boulos, cuja rejeição, no eleitorado total, bateu em 58%.

Com uma vantagem de 22 pontos percentuais (55% a 33%), Nunes prevalece sobre Boulos em todos os extratos sociais, inclusive entre os moradores da periferia.

Programas como o Bolsa Família tornaram-se dados da realidade. Aos olhos do eleitor, a autoria vai ficando em segundo plano. Na comparação com as obras emergenciais da prefeitura, os CEUs de Marta Suplicy viraram memória esmaecida de uma conquista obtida há duas décadas.

Na última quarta-feira, Lula declarou que seus ministros estão proibidos de apresentar “ideia nova”. Repetiu que é hora de “colher o que plantamos.” Apenas 48 horas depois, o Datafolha informou que a aprovação da gestão Lula (36%) está separada da reprovação (32%) pela margem de erro.

No mesmo período, em outubro de 2020, em plena pandemia, o governo Bolsonaro recebeu notas similares: aprovação de 37%, reprovação de 34%. A similaridade demonstra que Lula tem dificuldades para adquirir o tamanho que imagina ter.



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