O Manchester United vive um momento de turbulência na temporada 2024/25, mas o chefe do futebol do clube, Jim Ratcliffe, mantém a confiança no técnico Rúben Amorim. Em uma entrevista recente, o bilionário britânico, que adquiriu 25% das ações do time em 2024, defendeu o português e apontou o elenco herdado da gestão anterior como o principal obstáculo para o sucesso imediato. Com o United na 14ª posição da Premier League após um empate em 1 a 1 contra o Arsenal em 9 de março, Ratcliffe pediu paciência à torcida e destacou a qualidade de Amorim, enquanto criticou jogadores como Antony, Casemiro, André Onana, Rasmus Højlund e Jadon Sancho, contratados antes de sua chegada. A situação reflete um período de transição no clube, que busca recuperar o protagonismo perdido nos últimos anos.
Ratcliffe, torcedor declarado do Manchester United e fundador de um império petroquímico, assumiu o comando das operações futebolísticas com a missão de reestruturar o clube. Ele reconhece que o processo será longo, já que muitos dos problemas atuais estão ligados a decisões tomadas antes de sua entrada. Entre os exemplos citados, estão os altos custos de atletas que não atendem às expectativas ou que continuam a pesar no orçamento mesmo estando fora do elenco principal. Jadon Sancho, atualmente emprestado ao Chelsea, é um caso emblemático: o United arca com metade de seu salário e ainda deve pagar 17 milhões de libras pela transferência original.
A pressão sobre Rúben Amorim tem crescido com os resultados aquém do esperado, mas Ratcliffe faz questão de respaldá-lo. Ele elogiou o trabalho do técnico, que chegou ao clube em 2024 após brilhar no Sporting, em Portugal, e aposta em sua capacidade de moldar o futuro do time. O empate contra o Arsenal, embora não tenha sido uma vitória, mostrou sinais de organização tática, algo que o empresário enxerga como um vislumbre do potencial de Amorim no comando.
Herança pesada atrapalha planos
Jim Ratcliffe não mediu palavras ao avaliar o elenco que recebeu. Ele listou nomes como Antony, Casemiro, Onana, Højlund e Sancho como exemplos de contratações caras que não entregaram o retorno esperado ou que representam um fardo financeiro. “São coisas do passado, gostemos ou não, herdamos e temos que lidar com elas”, declarou o dirigente, enfatizando que o clube ainda está pagando por essas decisões. O caso de Sancho, por exemplo, ilustra a dificuldade de se livrar de contratos onerosos: mesmo jogando em outro time, o United segue comprometido com parte de seus vencimentos.
Apesar das críticas, Ratcliffe destacou que nem tudo é negativo no elenco atual. Ele fez questão de elogiar o capitão Bruno Fernandes, descrevendo-o como um “jogador fabuloso” e peça essencial para o futuro do clube. O português, que marcou o gol de empate contra o Arsenal, é visto como um exemplo de qualidade e liderança em meio às dificuldades. Outros atletas, no entanto, foram classificados como insuficientes ou “pagos em excesso”, evidenciando a necessidade de uma reformulação profunda.
A transição mencionada por Ratcliffe envolve não apenas o campo, mas também a gestão financeira. Desde que assumiu, ele implementou cortes drásticos nos custos do clube, como a redução de benefícios para funcionários e a renegociação de contratos de embaixadores, incluindo o lendário Sir Alex Ferguson. Essas medidas, embora impopulares, são justificadas pelo dirigente como essenciais para evitar que o Manchester United enfrente problemas ainda maiores no futuro.
Amorim sob os holofotes
Rúben Amorim, de 40 anos, chegou ao Manchester United com a fama de ter transformado o Sporting em uma potência em Portugal, conquistando o título nacional em 2021/22. No entanto, sua passagem pelo United tem sido marcada por desafios. O time soma apenas 19 pontos em 16 rodadas da Premier League até o momento, um desempenho que reflete as limitações do elenco e as lesões frequentes. Ainda assim, Ratcliffe vê sinais positivos no trabalho do treinador e aposta em sua permanência a longo prazo.
O técnico português assumiu o cargo após a demissão de Erik ten Hag, que deixou o clube no início da temporada 2024/25. A troca no comando foi uma das primeiras grandes decisões de Ratcliffe, que buscava um perfil jovem e inovador para liderar a reconstrução. “Se eu olhar o elenco disponível para Rúben, acho que ele está fazendo um trabalho realmente bom”, afirmou o chefe do futebol, destacando que o treinador tem lidado com um grupo desfalcado e sem a profundidade necessária para competir no topo.
O jogo contra o Arsenal, disputado em Old Trafford, foi um exemplo das dificuldades enfrentadas por Amorim. Com vários jovens na reserva e titulares fora de forma, o United conseguiu segurar um empate graças a um gol de Bruno Fernandes, mas não demonstrou força para superar o adversário. Mesmo assim, Ratcliffe enxerga nesse tipo de desempenho uma base para o futuro, desde que o clube consiga ajustar o elenco nas próximas janelas de transferências.
Cronologia da transição no United
A gestão de Jim Ratcliffe trouxe mudanças significativas ao Manchester United desde sua chegada. Veja os principais marcos desse processo:
- Fevereiro de 2024: Ratcliffe adquire 25% das ações do clube, assumindo o controle das operações futebolísticas.
- Julho de 2024: Omar Berrada assume como CEO, trazendo experiência do Manchester City para a reestruturação administrativa.
- Outubro de 2024: Erik ten Hag é demitido após resultados ruins, e Rúben Amorim é anunciado como novo técnico.
- Março de 2025: Após meses de ajustes, Ratcliffe fala abertamente sobre os desafios herdados e o respaldo a Amorim.
Esses eventos mostram um clube em transformação, mas ainda longe de alcançar os objetivos traçados. A paciência pedida por Ratcliffe será testada nos próximos meses, especialmente com jogos decisivos na Premier League e na Liga Europa.
Reformulação lenta e custos altos
O Manchester United gastou mais de 600 milhões de libras em contratações desde 2022, mas boa parte desse investimento foi feita antes da entrada de Ratcliffe. Jogadores como Antony, comprado por 95 milhões de libras do Ajax, e Casemiro, que custou 70 milhões de libras vindo do Real Madrid, simbolizam uma era de gastos elevados e pouco retorno em campo. Højlund, contratado por 72 milhões de libras do Atalanta, e Onana, por 47 milhões de libras do Inter de Milão, também chegaram com expectativas altas, mas ainda não se firmaram como soluções.
Resolver essa situação exige tempo e estratégia. Ratcliffe admitiu que o clube precisará de várias janelas de transferências para montar um elenco alinhado à visão de Amorim. Enquanto isso, os compromissos financeiros com jogadores emprestados, como Sancho, ou com atletas que não rendem o esperado, como Antony, continuam a limitar as opções da diretoria. A folha salarial, uma das mais altas da Premier League, também é um obstáculo, com cerca de 350 milhões de libras anuais.
A torcida, conhecida por sua paixão e exigência, tem reagido com protestos e críticas nas redes sociais. O empate contra o Arsenal, embora tenha mostrado resiliência, não apagou a frustração com a posição na tabela. Ratcliffe, ciente disso, insiste que o caminho atual é o único viável para devolver o clube ao topo, mas reconhece que os resultados imediatos estão fora de alcance.
Perspectivas para o futuro próximo
Olhando adiante, Rúben Amorim terá pela frente uma sequência de jogos que pode definir o tom de sua passagem pelo Manchester United. Enfrentar adversários como o Tottenham, na Premier League, e o Porto, na Liga Europa, será crucial para avaliar o progresso tático do time. Ratcliffe acredita que o português já começou a implantar sua filosofia, mas os frutos só virão com um elenco mais equilibrado e adaptado às suas ideias.
Enquanto isso, o clube planeja investimentos em infraestrutura, como a construção de um novo estádio com capacidade para 100 mil pessoas, anunciado recentemente. O projeto, estimado em 2 bilhões de libras, é visto por Ratcliffe como um símbolo do renascimento do United, mas sua viabilidade depende da saúde financeira da instituição, algo que ele vem tentando corrigir com cortes e ajustes.
A relação entre Ratcliffe e os irmãos Glazer, acionistas majoritários, também é um ponto de atenção. Embora o britânico tenha assumido o futebol, os americanos seguem influentes nas decisões estratégicas. Essa parceria, que já dura mais de um ano, ainda gera desconfiança entre os torcedores, que culpam os Glazer por anos de má gestão.
Curiosidades sobre a gestão Ratcliffe
A chegada de Jim Ratcliffe ao Manchester United trouxe mudanças que vão além do campo. Confira alguns fatos interessantes:
- Ratcliffe é o homem mais rico do Reino Unido, com uma fortuna estimada em 30 bilhões de libras.
- Ele cortou cerca de 250 empregos no clube para reduzir custos operacionais.
- O novo estádio planejado será o maior do Reino Unido, superando Wembley, que tem 90 mil lugares.
- Amorim foi escolhido após Ratcliffe rejeitar outros nomes, como Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino.
Esses detalhes mostram a ambição do dirigente, mas também os desafios de equilibrar cortes com investimentos em um clube de tamanha magnitude.

O Manchester United vive um momento de turbulência na temporada 2024/25, mas o chefe do futebol do clube, Jim Ratcliffe, mantém a confiança no técnico Rúben Amorim. Em uma entrevista recente, o bilionário britânico, que adquiriu 25% das ações do time em 2024, defendeu o português e apontou o elenco herdado da gestão anterior como o principal obstáculo para o sucesso imediato. Com o United na 14ª posição da Premier League após um empate em 1 a 1 contra o Arsenal em 9 de março, Ratcliffe pediu paciência à torcida e destacou a qualidade de Amorim, enquanto criticou jogadores como Antony, Casemiro, André Onana, Rasmus Højlund e Jadon Sancho, contratados antes de sua chegada. A situação reflete um período de transição no clube, que busca recuperar o protagonismo perdido nos últimos anos.
Ratcliffe, torcedor declarado do Manchester United e fundador de um império petroquímico, assumiu o comando das operações futebolísticas com a missão de reestruturar o clube. Ele reconhece que o processo será longo, já que muitos dos problemas atuais estão ligados a decisões tomadas antes de sua entrada. Entre os exemplos citados, estão os altos custos de atletas que não atendem às expectativas ou que continuam a pesar no orçamento mesmo estando fora do elenco principal. Jadon Sancho, atualmente emprestado ao Chelsea, é um caso emblemático: o United arca com metade de seu salário e ainda deve pagar 17 milhões de libras pela transferência original.
A pressão sobre Rúben Amorim tem crescido com os resultados aquém do esperado, mas Ratcliffe faz questão de respaldá-lo. Ele elogiou o trabalho do técnico, que chegou ao clube em 2024 após brilhar no Sporting, em Portugal, e aposta em sua capacidade de moldar o futuro do time. O empate contra o Arsenal, embora não tenha sido uma vitória, mostrou sinais de organização tática, algo que o empresário enxerga como um vislumbre do potencial de Amorim no comando.
Herança pesada atrapalha planos
Jim Ratcliffe não mediu palavras ao avaliar o elenco que recebeu. Ele listou nomes como Antony, Casemiro, Onana, Højlund e Sancho como exemplos de contratações caras que não entregaram o retorno esperado ou que representam um fardo financeiro. “São coisas do passado, gostemos ou não, herdamos e temos que lidar com elas”, declarou o dirigente, enfatizando que o clube ainda está pagando por essas decisões. O caso de Sancho, por exemplo, ilustra a dificuldade de se livrar de contratos onerosos: mesmo jogando em outro time, o United segue comprometido com parte de seus vencimentos.
Apesar das críticas, Ratcliffe destacou que nem tudo é negativo no elenco atual. Ele fez questão de elogiar o capitão Bruno Fernandes, descrevendo-o como um “jogador fabuloso” e peça essencial para o futuro do clube. O português, que marcou o gol de empate contra o Arsenal, é visto como um exemplo de qualidade e liderança em meio às dificuldades. Outros atletas, no entanto, foram classificados como insuficientes ou “pagos em excesso”, evidenciando a necessidade de uma reformulação profunda.
A transição mencionada por Ratcliffe envolve não apenas o campo, mas também a gestão financeira. Desde que assumiu, ele implementou cortes drásticos nos custos do clube, como a redução de benefícios para funcionários e a renegociação de contratos de embaixadores, incluindo o lendário Sir Alex Ferguson. Essas medidas, embora impopulares, são justificadas pelo dirigente como essenciais para evitar que o Manchester United enfrente problemas ainda maiores no futuro.
Amorim sob os holofotes
Rúben Amorim, de 40 anos, chegou ao Manchester United com a fama de ter transformado o Sporting em uma potência em Portugal, conquistando o título nacional em 2021/22. No entanto, sua passagem pelo United tem sido marcada por desafios. O time soma apenas 19 pontos em 16 rodadas da Premier League até o momento, um desempenho que reflete as limitações do elenco e as lesões frequentes. Ainda assim, Ratcliffe vê sinais positivos no trabalho do treinador e aposta em sua permanência a longo prazo.
O técnico português assumiu o cargo após a demissão de Erik ten Hag, que deixou o clube no início da temporada 2024/25. A troca no comando foi uma das primeiras grandes decisões de Ratcliffe, que buscava um perfil jovem e inovador para liderar a reconstrução. “Se eu olhar o elenco disponível para Rúben, acho que ele está fazendo um trabalho realmente bom”, afirmou o chefe do futebol, destacando que o treinador tem lidado com um grupo desfalcado e sem a profundidade necessária para competir no topo.
O jogo contra o Arsenal, disputado em Old Trafford, foi um exemplo das dificuldades enfrentadas por Amorim. Com vários jovens na reserva e titulares fora de forma, o United conseguiu segurar um empate graças a um gol de Bruno Fernandes, mas não demonstrou força para superar o adversário. Mesmo assim, Ratcliffe enxerga nesse tipo de desempenho uma base para o futuro, desde que o clube consiga ajustar o elenco nas próximas janelas de transferências.
Cronologia da transição no United
A gestão de Jim Ratcliffe trouxe mudanças significativas ao Manchester United desde sua chegada. Veja os principais marcos desse processo:
- Fevereiro de 2024: Ratcliffe adquire 25% das ações do clube, assumindo o controle das operações futebolísticas.
- Julho de 2024: Omar Berrada assume como CEO, trazendo experiência do Manchester City para a reestruturação administrativa.
- Outubro de 2024: Erik ten Hag é demitido após resultados ruins, e Rúben Amorim é anunciado como novo técnico.
- Março de 2025: Após meses de ajustes, Ratcliffe fala abertamente sobre os desafios herdados e o respaldo a Amorim.
Esses eventos mostram um clube em transformação, mas ainda longe de alcançar os objetivos traçados. A paciência pedida por Ratcliffe será testada nos próximos meses, especialmente com jogos decisivos na Premier League e na Liga Europa.
Reformulação lenta e custos altos
O Manchester United gastou mais de 600 milhões de libras em contratações desde 2022, mas boa parte desse investimento foi feita antes da entrada de Ratcliffe. Jogadores como Antony, comprado por 95 milhões de libras do Ajax, e Casemiro, que custou 70 milhões de libras vindo do Real Madrid, simbolizam uma era de gastos elevados e pouco retorno em campo. Højlund, contratado por 72 milhões de libras do Atalanta, e Onana, por 47 milhões de libras do Inter de Milão, também chegaram com expectativas altas, mas ainda não se firmaram como soluções.
Resolver essa situação exige tempo e estratégia. Ratcliffe admitiu que o clube precisará de várias janelas de transferências para montar um elenco alinhado à visão de Amorim. Enquanto isso, os compromissos financeiros com jogadores emprestados, como Sancho, ou com atletas que não rendem o esperado, como Antony, continuam a limitar as opções da diretoria. A folha salarial, uma das mais altas da Premier League, também é um obstáculo, com cerca de 350 milhões de libras anuais.
A torcida, conhecida por sua paixão e exigência, tem reagido com protestos e críticas nas redes sociais. O empate contra o Arsenal, embora tenha mostrado resiliência, não apagou a frustração com a posição na tabela. Ratcliffe, ciente disso, insiste que o caminho atual é o único viável para devolver o clube ao topo, mas reconhece que os resultados imediatos estão fora de alcance.
Perspectivas para o futuro próximo
Olhando adiante, Rúben Amorim terá pela frente uma sequência de jogos que pode definir o tom de sua passagem pelo Manchester United. Enfrentar adversários como o Tottenham, na Premier League, e o Porto, na Liga Europa, será crucial para avaliar o progresso tático do time. Ratcliffe acredita que o português já começou a implantar sua filosofia, mas os frutos só virão com um elenco mais equilibrado e adaptado às suas ideias.
Enquanto isso, o clube planeja investimentos em infraestrutura, como a construção de um novo estádio com capacidade para 100 mil pessoas, anunciado recentemente. O projeto, estimado em 2 bilhões de libras, é visto por Ratcliffe como um símbolo do renascimento do United, mas sua viabilidade depende da saúde financeira da instituição, algo que ele vem tentando corrigir com cortes e ajustes.
A relação entre Ratcliffe e os irmãos Glazer, acionistas majoritários, também é um ponto de atenção. Embora o britânico tenha assumido o futebol, os americanos seguem influentes nas decisões estratégicas. Essa parceria, que já dura mais de um ano, ainda gera desconfiança entre os torcedores, que culpam os Glazer por anos de má gestão.
Curiosidades sobre a gestão Ratcliffe
A chegada de Jim Ratcliffe ao Manchester United trouxe mudanças que vão além do campo. Confira alguns fatos interessantes:
- Ratcliffe é o homem mais rico do Reino Unido, com uma fortuna estimada em 30 bilhões de libras.
- Ele cortou cerca de 250 empregos no clube para reduzir custos operacionais.
- O novo estádio planejado será o maior do Reino Unido, superando Wembley, que tem 90 mil lugares.
- Amorim foi escolhido após Ratcliffe rejeitar outros nomes, como Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino.
Esses detalhes mostram a ambição do dirigente, mas também os desafios de equilibrar cortes com investimentos em um clube de tamanha magnitude.
