Segundo uma pesquisa recente divulgada pelo SEBRAE, 99% das empresas brasileiras são de pequeno ou médio porte. Apesar do tamanho, elas desempenham um papel gigante no país, correspondendo a 27% do PIB e gerando 62% dos empregos formais, ou seja, com carteira assinada.
Mesmo assim, não é nada fácil ser pequeno no Brasil. Cerca de 80% delas fecham as portas no primeiro ano de atividade e apenas 40% chegam a completar cinco anos de vida. Embora os dados sejam alarmantes, não são uma exclusividade nacional: 50% das pequenas e médias empresas (PMEs) mundo afora fecham as portas em menos de cinco anos. Pensando nisso, o governo brasileiro vem criando políticas de apoio a estas empresas, como maior investimento e acesso a crédito. Está funcionando?
A Realidade Nacional
PixabayP
A alta taxa de “mortalidade” das PMEs não parece desmotivar os empreendedores nacionais. O grau de produtividade das PMEs no Brasil chega a 54% em relação às grandes empresas, uma taxa que supera e muito a média dos países emergentes, que não ultrapassa os 29%. Por aqui, o acesso facilitado à infraestrutura como saneamento básico, energia elétrica e internet é um fator de otimismo, além de um mercado interno aquecido e dinâmico.
O amplo acesso à internet também é um fator importante, criando novas oportunidades de negócios online e opções de entretenimento que vão muito além dos cassinos online licenciados. Entre janeiro e março deste ano, as PMEs de e-commerce brasileiras já movimentaram R$1,3 bilhão; ou 37,5% a mais do que no ano passado. Mesmo assim, sem o devido apoio, o risco de falência permanece alto para os pequenos e médios empreendedores no país e muito potencial ainda é desperdiçado.
Em países como Israel, Portugal e Itália, a participação das PMEs no PIB chega a 60%. Ou seja, já que as empresas de pequeno e médio compõem 99% dos negócios nacionais, poderiam ter uma participação bem maior no PIB.
Pequenas Empresas, Grandes Desafios
Pixabay
Um dos maiores desafios dos pequenos negócios no país diz respeito à capacidade de modernização. Nem todas conseguem arcar com os custos de implementação de tecnologias digitais que poderiam tornar suas vidas bem mais fáceis. Segundo um estudo publicado pelo Instituto Locomotiva no ano passado, 90% dos pequenos e médios empresários sofrem para implementar inovações tecnológicas e mecanismos de controle financeiro que poderiam acelerar seu crescimento.
Esta dificuldade tem impactos diferentes em diferentes regiões do país. No Nordeste, 97% das PMEs relatam dificuldade para adotar novas tecnologias e 95% têm problemas de gestão financeira. Queixas sobre a carga tributária são quase unânimes e o acesso à infraestrutura ainda é uma questão séria em regiões mais remotas. A solução para estes problemas inclui acesso facilitado ao crédito e a capacitação da força de trabalho para se adequar às novas tecnologias e processos.
Tocando em Frente
O apoio governamental pode fazer uma diferença enorme nos primeiros anos de vida de uma empresa. Pensando nisso, o Governo Federal vem implementando medidas que visam beneficiar o setor. No ano passado, o BNDES concedeu um volume de crédito 46% maior do que em 2023 para estas empresas, chegando a R$80,1 bilhões. Graças às parcerias com agentes financeiros regionais, os canais de crédito do BNDES estão disponíveis em 90% dos municípios brasileiros.
Em abril do ano passado, o Governo Federal lançou a Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com diretrizes claras para o setor. Esta política reconhece a importância destes negócios no desenvolvimento socioeconômico do país, visando torná-las mais produtivas e competitivas, expandindo seus mercados e integrando suas cadeias produtivas.
É crucial que estas empresas superem os desafios do trabalho informal e semi-informal, criando mais postos de trabalho com carteira assinada. Também estão no pacote medidas de fomento à inovação tecnológica e em processos de gestão, além da promoção de medidas socioambientais e de sustentabilidade.
Não é à toa que o clima geral é de otimismo no setor. Segundo o Instituto Locomotiva, 79% dos pequenos e médios empresários afirmam ter grandes expectativas para 2025 e 60% deles têm planos sólidos de expansão para este ano.
Com o Pé no Futuro
Aos poucos, as barreiras tecnológicas estão sendo superadas. Segundo um estudo do Serasa Experian, ferramentas de inteligência artificial já são utilizadas por cerca de 47% dos negócios de pequeno e médio porte, com impacto direto na produtividade e eficiência dos processos de gestão internos. As PMEs também estão mais atuantes em eventos de tecnologia digital, em busca novas soluções que possam torná-las mais estáveis e competitivas.
Sem dúvida, a implementação de ferramentas digitais baseadas em inteligência artificial não são só “coisa de empresa grande”. Afinal, aumentar a produtividade e a eficiência são os principais objetivos de qualquer negócio que deseje se expandir, independente do tamanho. O Governo Federal também está investindo pesado IA, com mais de 200 projetos em andamento neste setor, com orçamento previsto em R$23 bilhões até 2028.

Segundo uma pesquisa recente divulgada pelo SEBRAE, 99% das empresas brasileiras são de pequeno ou médio porte. Apesar do tamanho, elas desempenham um papel gigante no país, correspondendo a 27% do PIB e gerando 62% dos empregos formais, ou seja, com carteira assinada.
Mesmo assim, não é nada fácil ser pequeno no Brasil. Cerca de 80% delas fecham as portas no primeiro ano de atividade e apenas 40% chegam a completar cinco anos de vida. Embora os dados sejam alarmantes, não são uma exclusividade nacional: 50% das pequenas e médias empresas (PMEs) mundo afora fecham as portas em menos de cinco anos. Pensando nisso, o governo brasileiro vem criando políticas de apoio a estas empresas, como maior investimento e acesso a crédito. Está funcionando?
A Realidade Nacional
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A alta taxa de “mortalidade” das PMEs não parece desmotivar os empreendedores nacionais. O grau de produtividade das PMEs no Brasil chega a 54% em relação às grandes empresas, uma taxa que supera e muito a média dos países emergentes, que não ultrapassa os 29%. Por aqui, o acesso facilitado à infraestrutura como saneamento básico, energia elétrica e internet é um fator de otimismo, além de um mercado interno aquecido e dinâmico.
O amplo acesso à internet também é um fator importante, criando novas oportunidades de negócios online e opções de entretenimento que vão muito além dos cassinos online licenciados. Entre janeiro e março deste ano, as PMEs de e-commerce brasileiras já movimentaram R$1,3 bilhão; ou 37,5% a mais do que no ano passado. Mesmo assim, sem o devido apoio, o risco de falência permanece alto para os pequenos e médios empreendedores no país e muito potencial ainda é desperdiçado.
Em países como Israel, Portugal e Itália, a participação das PMEs no PIB chega a 60%. Ou seja, já que as empresas de pequeno e médio compõem 99% dos negócios nacionais, poderiam ter uma participação bem maior no PIB.
Pequenas Empresas, Grandes Desafios
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Um dos maiores desafios dos pequenos negócios no país diz respeito à capacidade de modernização. Nem todas conseguem arcar com os custos de implementação de tecnologias digitais que poderiam tornar suas vidas bem mais fáceis. Segundo um estudo publicado pelo Instituto Locomotiva no ano passado, 90% dos pequenos e médios empresários sofrem para implementar inovações tecnológicas e mecanismos de controle financeiro que poderiam acelerar seu crescimento.
Esta dificuldade tem impactos diferentes em diferentes regiões do país. No Nordeste, 97% das PMEs relatam dificuldade para adotar novas tecnologias e 95% têm problemas de gestão financeira. Queixas sobre a carga tributária são quase unânimes e o acesso à infraestrutura ainda é uma questão séria em regiões mais remotas. A solução para estes problemas inclui acesso facilitado ao crédito e a capacitação da força de trabalho para se adequar às novas tecnologias e processos.
Tocando em Frente
O apoio governamental pode fazer uma diferença enorme nos primeiros anos de vida de uma empresa. Pensando nisso, o Governo Federal vem implementando medidas que visam beneficiar o setor. No ano passado, o BNDES concedeu um volume de crédito 46% maior do que em 2023 para estas empresas, chegando a R$80,1 bilhões. Graças às parcerias com agentes financeiros regionais, os canais de crédito do BNDES estão disponíveis em 90% dos municípios brasileiros.
Em abril do ano passado, o Governo Federal lançou a Política Nacional de Desenvolvimento das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com diretrizes claras para o setor. Esta política reconhece a importância destes negócios no desenvolvimento socioeconômico do país, visando torná-las mais produtivas e competitivas, expandindo seus mercados e integrando suas cadeias produtivas.
É crucial que estas empresas superem os desafios do trabalho informal e semi-informal, criando mais postos de trabalho com carteira assinada. Também estão no pacote medidas de fomento à inovação tecnológica e em processos de gestão, além da promoção de medidas socioambientais e de sustentabilidade.
Não é à toa que o clima geral é de otimismo no setor. Segundo o Instituto Locomotiva, 79% dos pequenos e médios empresários afirmam ter grandes expectativas para 2025 e 60% deles têm planos sólidos de expansão para este ano.
Com o Pé no Futuro
Aos poucos, as barreiras tecnológicas estão sendo superadas. Segundo um estudo do Serasa Experian, ferramentas de inteligência artificial já são utilizadas por cerca de 47% dos negócios de pequeno e médio porte, com impacto direto na produtividade e eficiência dos processos de gestão internos. As PMEs também estão mais atuantes em eventos de tecnologia digital, em busca novas soluções que possam torná-las mais estáveis e competitivas.
Sem dúvida, a implementação de ferramentas digitais baseadas em inteligência artificial não são só “coisa de empresa grande”. Afinal, aumentar a produtividade e a eficiência são os principais objetivos de qualquer negócio que deseje se expandir, independente do tamanho. O Governo Federal também está investindo pesado IA, com mais de 200 projetos em andamento neste setor, com orçamento previsto em R$23 bilhões até 2028.
