O Itaú Unibanco retomou a posição de banco mais valioso da América Latina após o Nubank sofrer uma queda expressiva de mais de 15% em suas ações na Bolsa de Nova York na última sexta-feira (21). A desvalorização impactou diretamente o valor de mercado da fintech, que caiu para US$ 51,6 bilhões, permitindo que o Itaú assumisse a liderança no setor bancário da região com um valor estimado em US$ 52,9 bilhões. Essa mudança no ranking reflete a volatilidade do setor financeiro e os desafios enfrentados pelas instituições que operam tanto em mercados tradicionais quanto no digital.
O recuo nas ações do Nubank ocorreu logo após a divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2024. Apesar de um crescimento anual de 28% na receita, que atingiu quase US$ 3 bilhões, os lucros não apresentaram crescimento em relação ao trimestre anterior, mantendo-se em US$ 553 milhões. A estagnação do lucro e a redução da margem financeira líquida de 18,4% para 17,7% geraram preocupação entre os investidores, contribuindo para a desvalorização das ações da empresa.
A retomada da liderança pelo Itaú consolida sua posição no mercado financeiro latino-americano. A instituição, fundada em 1924, tem um modelo de negócios consolidado, com uma carteira diversificada e uma base de clientes sólida. Em contrapartida, o Nubank, criado em 2013, segue expandindo sua atuação e crescendo em número de clientes, mas enfrenta desafios para sustentar sua lucratividade e manter-se competitivo no longo prazo.
Mudança no ranking dos bancos mais valiosos da América Latina
O Nubank havia assumido a liderança como o banco mais valioso da América Latina em maio de 2024, impulsionado por um crescimento acelerado e um lucro expressivo de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre daquele ano, representando um aumento superior a 160% em comparação ao ano anterior. Na época, seu valor de mercado atingiu aproximadamente R$ 297 bilhões, superando o Itaú, que valia cerca de R$ 288 bilhões.
Em janeiro de 2025, o Nubank também ultrapassou o Itaú em número de clientes, atingindo a marca de 100,8 milhões, tornando-se o terceiro maior banco em quantidade de correntistas no Brasil, atrás apenas da Caixa Econômica Federal (154,2 milhões) e do Bradesco (109,1 milhões). O crescimento acelerado da base de clientes reforçou a confiança do mercado na expansão da fintech, mas o desempenho recente dos resultados financeiros e a reação dos investidores evidenciaram desafios estruturais.
A queda das ações na Bolsa reflete a necessidade do Nubank em equilibrar seu crescimento com a rentabilidade. Diferente de bancos tradicionais, a fintech aposta em um modelo digital, reduzindo custos operacionais e oferecendo uma experiência sem burocracia aos clientes. No entanto, as despesas cresceram, impactando a margem de lucro e levando a uma revisão das projeções para a instituição.
Ranking das empresas mais valiosas da América Latina
- Mercado Livre: US$ 114,6 bilhões
- Petrobras: US$ 91,8 bilhões
- Itaú Unibanco: US$ 52,9 bilhões
- Nubank: US$ 51,6 bilhões
- Walmart de México: US$ 48,3 bilhões
- América Móvil: US$ 45,1 bilhões
- Vale: US$ 43,5 bilhões
- GMéxico: US$ 39,7 bilhões
- WEG: US$ 39 bilhões
- Fomento Econômico Mexicano: US$ 36,9 bilhões
Fatores que levaram à desvalorização do Nubank
- Crescimento desacelerado do lucro: Mesmo com aumento na receita, o lucro líquido manteve-se estável em US$ 553 milhões, frustrando as expectativas do mercado.
- Redução da margem financeira líquida: A queda de 18,4% para 17,7% indica menor rentabilidade das operações, o que impacta a confiança dos investidores.
- Aumento de custos e despesas: O crescimento dos gastos operacionais contribuiu para a redução da eficiência financeira da fintech.
- Maior cautela do mercado: O setor bancário enfrenta desafios macroeconômicos, e investidores avaliam com mais rigor a sustentabilidade dos modelos de negócios.
Histórico do crescimento do Nubank
Desde sua fundação em 2013, o Nubank se destacou como uma das fintechs mais bem-sucedidas do mundo, crescendo rapidamente e conquistando uma base de clientes expressiva. Em 2018, recebeu investimentos significativos, alcançando o status de unicórnio ao ser avaliado em mais de US$ 1 bilhão. O IPO realizado em dezembro de 2021 na Bolsa de Nova York elevou sua valorização para cerca de US$ 41 bilhões, tornando-se uma das maiores listagens de uma fintech na história.
Nos anos seguintes, a fintech expandiu sua atuação para outros países da América Latina, como México e Colômbia, diversificando sua oferta de produtos e ampliando a carteira de crédito. A entrada no segmento de seguros, investimentos e empréstimos reforçou sua posição no mercado, mas também aumentou os desafios operacionais e regulatórios.
Desempenho financeiro recente
- Receita total no quarto trimestre de 2024: US$ 3 bilhões, crescimento de 2% em relação ao trimestre anterior e de 28% no comparativo anual.
- Lucro líquido: US$ 553 milhões, o mesmo valor do trimestre anterior, mas com aumento de 53% em relação ao quarto trimestre de 2023.
- Margem financeira líquida: Queda de 18,4% para 17,7%, impactando a percepção dos investidores sobre a lucratividade do banco.
Impacto da concorrência no mercado financeiro
O setor bancário na América Latina passa por uma transformação com o crescimento das fintechs e a digitalização dos serviços financeiros. O Nubank se consolidou como um dos principais players desse movimento, desafiando os bancos tradicionais e conquistando milhões de clientes insatisfeitos com tarifas elevadas e burocracias.
No entanto, grandes instituições como Itaú, Bradesco e Santander vêm investindo pesadamente em tecnologia, modernizando seus serviços digitais e ampliando a oferta de produtos financeiros. Essa competição acirrada pressiona a fintech, que precisa equilibrar inovação com rentabilidade para sustentar seu crescimento no longo prazo.
Expectativas e desafios para o Nubank
O desempenho do Nubank nos próximos trimestres será determinante para sua recuperação no mercado. Entre os principais desafios, destacam-se:
- Ajuste de estratégia para manter o crescimento da receita sem comprometer a margem de lucro.
- Redução de custos operacionais para melhorar a eficiência e recuperar a confiança dos investidores.
- Expansão internacional de forma sustentável, consolidando-se nos mercados latino-americanos.
- Aprimoramento da oferta de crédito para aumentar a lucratividade sem elevar excessivamente os riscos.
A volatilidade do mercado financeiro e a reação dos investidores continuarão a influenciar o valor das ações do Nubank. O Itaú Unibanco, por sua vez, busca consolidar sua posição e manter-se como o banco mais valioso da América Latina, aproveitando sua base de clientes e estrutura consolidada.

O Itaú Unibanco retomou a posição de banco mais valioso da América Latina após o Nubank sofrer uma queda expressiva de mais de 15% em suas ações na Bolsa de Nova York na última sexta-feira (21). A desvalorização impactou diretamente o valor de mercado da fintech, que caiu para US$ 51,6 bilhões, permitindo que o Itaú assumisse a liderança no setor bancário da região com um valor estimado em US$ 52,9 bilhões. Essa mudança no ranking reflete a volatilidade do setor financeiro e os desafios enfrentados pelas instituições que operam tanto em mercados tradicionais quanto no digital.
O recuo nas ações do Nubank ocorreu logo após a divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2024. Apesar de um crescimento anual de 28% na receita, que atingiu quase US$ 3 bilhões, os lucros não apresentaram crescimento em relação ao trimestre anterior, mantendo-se em US$ 553 milhões. A estagnação do lucro e a redução da margem financeira líquida de 18,4% para 17,7% geraram preocupação entre os investidores, contribuindo para a desvalorização das ações da empresa.
A retomada da liderança pelo Itaú consolida sua posição no mercado financeiro latino-americano. A instituição, fundada em 1924, tem um modelo de negócios consolidado, com uma carteira diversificada e uma base de clientes sólida. Em contrapartida, o Nubank, criado em 2013, segue expandindo sua atuação e crescendo em número de clientes, mas enfrenta desafios para sustentar sua lucratividade e manter-se competitivo no longo prazo.
Mudança no ranking dos bancos mais valiosos da América Latina
O Nubank havia assumido a liderança como o banco mais valioso da América Latina em maio de 2024, impulsionado por um crescimento acelerado e um lucro expressivo de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre daquele ano, representando um aumento superior a 160% em comparação ao ano anterior. Na época, seu valor de mercado atingiu aproximadamente R$ 297 bilhões, superando o Itaú, que valia cerca de R$ 288 bilhões.
Em janeiro de 2025, o Nubank também ultrapassou o Itaú em número de clientes, atingindo a marca de 100,8 milhões, tornando-se o terceiro maior banco em quantidade de correntistas no Brasil, atrás apenas da Caixa Econômica Federal (154,2 milhões) e do Bradesco (109,1 milhões). O crescimento acelerado da base de clientes reforçou a confiança do mercado na expansão da fintech, mas o desempenho recente dos resultados financeiros e a reação dos investidores evidenciaram desafios estruturais.
A queda das ações na Bolsa reflete a necessidade do Nubank em equilibrar seu crescimento com a rentabilidade. Diferente de bancos tradicionais, a fintech aposta em um modelo digital, reduzindo custos operacionais e oferecendo uma experiência sem burocracia aos clientes. No entanto, as despesas cresceram, impactando a margem de lucro e levando a uma revisão das projeções para a instituição.
Ranking das empresas mais valiosas da América Latina
- Mercado Livre: US$ 114,6 bilhões
- Petrobras: US$ 91,8 bilhões
- Itaú Unibanco: US$ 52,9 bilhões
- Nubank: US$ 51,6 bilhões
- Walmart de México: US$ 48,3 bilhões
- América Móvil: US$ 45,1 bilhões
- Vale: US$ 43,5 bilhões
- GMéxico: US$ 39,7 bilhões
- WEG: US$ 39 bilhões
- Fomento Econômico Mexicano: US$ 36,9 bilhões
Fatores que levaram à desvalorização do Nubank
- Crescimento desacelerado do lucro: Mesmo com aumento na receita, o lucro líquido manteve-se estável em US$ 553 milhões, frustrando as expectativas do mercado.
- Redução da margem financeira líquida: A queda de 18,4% para 17,7% indica menor rentabilidade das operações, o que impacta a confiança dos investidores.
- Aumento de custos e despesas: O crescimento dos gastos operacionais contribuiu para a redução da eficiência financeira da fintech.
- Maior cautela do mercado: O setor bancário enfrenta desafios macroeconômicos, e investidores avaliam com mais rigor a sustentabilidade dos modelos de negócios.
Histórico do crescimento do Nubank
Desde sua fundação em 2013, o Nubank se destacou como uma das fintechs mais bem-sucedidas do mundo, crescendo rapidamente e conquistando uma base de clientes expressiva. Em 2018, recebeu investimentos significativos, alcançando o status de unicórnio ao ser avaliado em mais de US$ 1 bilhão. O IPO realizado em dezembro de 2021 na Bolsa de Nova York elevou sua valorização para cerca de US$ 41 bilhões, tornando-se uma das maiores listagens de uma fintech na história.
Nos anos seguintes, a fintech expandiu sua atuação para outros países da América Latina, como México e Colômbia, diversificando sua oferta de produtos e ampliando a carteira de crédito. A entrada no segmento de seguros, investimentos e empréstimos reforçou sua posição no mercado, mas também aumentou os desafios operacionais e regulatórios.
Desempenho financeiro recente
- Receita total no quarto trimestre de 2024: US$ 3 bilhões, crescimento de 2% em relação ao trimestre anterior e de 28% no comparativo anual.
- Lucro líquido: US$ 553 milhões, o mesmo valor do trimestre anterior, mas com aumento de 53% em relação ao quarto trimestre de 2023.
- Margem financeira líquida: Queda de 18,4% para 17,7%, impactando a percepção dos investidores sobre a lucratividade do banco.
Impacto da concorrência no mercado financeiro
O setor bancário na América Latina passa por uma transformação com o crescimento das fintechs e a digitalização dos serviços financeiros. O Nubank se consolidou como um dos principais players desse movimento, desafiando os bancos tradicionais e conquistando milhões de clientes insatisfeitos com tarifas elevadas e burocracias.
No entanto, grandes instituições como Itaú, Bradesco e Santander vêm investindo pesadamente em tecnologia, modernizando seus serviços digitais e ampliando a oferta de produtos financeiros. Essa competição acirrada pressiona a fintech, que precisa equilibrar inovação com rentabilidade para sustentar seu crescimento no longo prazo.
Expectativas e desafios para o Nubank
O desempenho do Nubank nos próximos trimestres será determinante para sua recuperação no mercado. Entre os principais desafios, destacam-se:
- Ajuste de estratégia para manter o crescimento da receita sem comprometer a margem de lucro.
- Redução de custos operacionais para melhorar a eficiência e recuperar a confiança dos investidores.
- Expansão internacional de forma sustentável, consolidando-se nos mercados latino-americanos.
- Aprimoramento da oferta de crédito para aumentar a lucratividade sem elevar excessivamente os riscos.
A volatilidade do mercado financeiro e a reação dos investidores continuarão a influenciar o valor das ações do Nubank. O Itaú Unibanco, por sua vez, busca consolidar sua posição e manter-se como o banco mais valioso da América Latina, aproveitando sua base de clientes e estrutura consolidada.
