Em um confronto decisivo pelas oitavas de final da Uefa Champions League, Barcelona e Benfica se enfrentam nesta terça-feira, 11 de março, em um duelo que vai além das táticas e escalações. A partida, marcada para as 18h45 no horário local de Barcelona (14h45 no horário de Brasília), coincide com o Ramadã, período sagrado para os muçulmanos que exige jejum do nascer ao pôr do sol. Jogadores como Lamine Yamal e Ansu Fati, do time catalão, e Zeki Amdouni, Orkun Kokçu e Kerem Akturkoglu, do clube português, seguem as tradições islâmicas e precisam de ajustes especiais para manter o desempenho em campo. O pôr do sol, previsto para 18h52 em Barcelona, permitirá que eles quebrem o jejum durante o primeiro tempo, algo que já está sendo planejado pelos dois clubes.
A adaptação das equipes reflete a importância de equilibrar a fé e o esporte profissional. Com o jogo começando poucos minutos antes do fim do jejum diário, os atletas entrarão em campo após cerca de 11 horas sem ingerir alimentos ou água, conforme as regras do Ramadã, que neste ano vai de 28 de fevereiro a 30 de março. O Barcelona, que venceu o jogo de ida por 1 a 0 com gol de Raphinha, busca a classificação às quartas de final, enquanto o Benfica precisa reverter o placar no Estádio Montjuïc.
Esse cenário não é novidade no futebol europeu, mas ganha destaque pela quantidade de jogadores envolvidos e pela visibilidade da competição. A logística preparada pelos clubes inclui a entrega de alimentos leves ou bebidas energéticas em campo ou no banco de reservas assim que o sol se pôr, além de uma refeição mais completa no intervalo, para garantir a reposição de energia dos atletas.
Como o Ramadã impacta o desempenho em campo
O jejum durante o Ramadã é um dos cinco pilares do Islamismo, seguido por milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo atletas de elite. Para os jogadores de Barcelona e Benfica, a rotina mudou significativamente desde o fim de fevereiro. Lamine Yamal, jovem promessa de 17 anos do Barça, e Ansu Fati, que busca retomar seu espaço no elenco, são exemplos de talentos que conciliam a prática religiosa com a alta exigência física do futebol. No lado do Benfica, o suíço Zeki Amdouni, que atua como atacante, e os meio-campistas turcos Orkun Kokçu e Kerem Akturkoglu também enfrentam o mesmo desafio. A partida desta terça-feira será um teste não apenas de habilidade, mas de resistência.
Diferentemente do jogo de ida, realizado em Lisboa na semana passada, quando o horário das 20h (local) permitiu que os atletas se alimentassem antes do apito inicial, o confronto em Barcelona exige uma estratégia distinta. O pôr do sol às 18h52 significa que o jejum será quebrado cerca de dez minutos após o início da partida. Isso exige coordenação entre comissão técnica, médicos e nutricionistas para garantir que os jogadores recebam alimentos adequados sem comprometer o ritmo do jogo. A situação já foi observada em outros anos, como em 2022, quando clubes como Liverpool e Real Madrid adaptaram suas rotinas para atletas muçulmanos em competições importantes.
A preparação vai além do momento do pôr do sol. Durante o intervalo, os jogadores em jejum devem aproveitar os 15 minutos para uma refeição mais substancial, geralmente composta por carboidratos de rápida absorção, frutas e líquidos isotônicos. Esse cuidado é essencial para evitar quedas bruscas de desempenho no segundo tempo, especialmente em uma partida que pode definir a temporada de ambos os clubes na Champions League.
Planejamento detalhado para a quebra do jejum
Atentos às necessidades dos atletas, Barcelona e Benfica elaboraram planos específicos para a partida. A poucos minutos do início do jogo, quando o sol se puser, os jogadores poderão consumir itens como tâmaras, tradicionalmente usadas para quebrar o jejum no Ramadã por seu alto teor de açúcar natural, além de água e géis energéticos. Esses alimentos são leves e de fácil digestão, ideais para quem está em movimento constante durante uma partida de futebol.
No banco de reservas, a comissão técnica estará pronta para fornecer esses itens aos atletas que não estiverem em campo no momento exato do pôr do sol. Já os titulares, como Lamine Yamal e Zeki Amdouni, dependerão de uma pausa natural no jogo — como uma falta ou uma bola fora — para receber a “refeição” das mãos dos auxiliares. Esse tipo de logística já foi visto em outras competições, como a Premier League, onde árbitros são orientados a permitir breves interrupções para que jogadores muçulmanos se alimentem durante o Ramadã.
No vestiário, durante o intervalo, a estratégia muda. Os nutricionistas dos clubes prepararam um cardápio que inclui arroz, frutas como banana e melancia, e proteínas magras, como frango, para repor as energias de forma equilibrada. A hidratação também é prioridade, com água e bebidas esportivas disponíveis em grande quantidade, já que os atletas passaram o dia sem ingerir líquidos.
Cronologia do Ramadã e seu impacto no futebol
O Ramadã segue o calendário lunar islâmico, o que faz com que suas datas variem a cada ano no calendário gregoriano. Em 2025, o mês sagrado começou em 28 de fevereiro e termina em 30 de março, coincidindo com a fase decisiva das oitavas de final da Champions League. Veja abaixo como o período se alinha com o futebol europeu:
- 28 de fevereiro: Início do Ramadã, com jogos da fase de grupos já concluídos.
- 4 a 12 de março: Jogos de volta das oitavas de final, incluindo Barcelona x Benfica.
- 30 de março: Fim do Ramadã, antes das quartas de final, previstas para abril.
Essa sobreposição entre o Ramadã e competições importantes não é rara. Em 2023, por exemplo, jogadores como Karim Benzema, então no Real Madrid, e Mohamed Salah, do Liverpool, também adaptaram suas rotinas durante o torneio. A diferença neste ano é o horário precoce da partida em Barcelona, que torna a quebra do jejum um evento visível durante o jogo.
Adaptação de clubes europeus ao Ramadã
Clubes de elite na Europa têm se tornado cada vez mais atentos às demandas religiosas de seus jogadores. O Barcelona, com sua história de diversidade cultural, já lidou com situações semelhantes no passado, como com o francês Eric Abidal, que também seguia o Ramadã durante sua passagem pelo clube. No Benfica, a presença de atletas turcos e do suíço Amdouni reflete a crescente influência de jogadores muçulmanos no futebol português, o que exige uma estrutura preparada para atender às suas necessidades.
A atenção ao tema vai além da alimentação. Treinos são ajustados para horários noturnos ou realizados com intensidade reduzida durante o dia, especialmente nas primeiras semanas do Ramadã, quando o corpo ainda se adapta à falta de alimentos e água. Médicos acompanham de perto os níveis de hidratação e fadiga dos atletas, enquanto psicólogos trabalham para manter o foco mental em um período de sacrifício pessoal.
Esse cuidado demonstra como o futebol moderno se adapta à globalização. Com elencos cada vez mais multiculturais, as tradições religiosas ganham espaço nas rotinas dos clubes, influenciando desde a preparação física até os momentos de jogo. Em Barcelona e Lisboa, a partida desta terça-feira será mais um exemplo dessa integração.
Fatos curiosos sobre o Ramadã no esporte
O impacto do Ramadã no esporte de alto rendimento gera interesse e levanta debates entre torcedores e especialistas. Confira alguns pontos que destacam essa relação:
- Atletas muçulmanos frequentemente relatam que o jejum aumenta sua disciplina mental, mas estudos indicam que o desempenho físico pode cair até 10% em esportes de resistência.
- Jogadores como Paul Pogba e Sadio Mané já disputaram finais de Champions League durante o Ramadã, mostrando que a adaptação é possível.
- Ligas como a Premier League introduziram pausas oficiais para alimentação desde 2021, uma medida que pode se expandir para outras competições.
Esses aspectos mostram como o Ramadã, longe de ser apenas um desafio, também é uma oportunidade para os atletas demonstrarem resiliência e para os clubes aprimorarem suas estratégias de suporte.

Em um confronto decisivo pelas oitavas de final da Uefa Champions League, Barcelona e Benfica se enfrentam nesta terça-feira, 11 de março, em um duelo que vai além das táticas e escalações. A partida, marcada para as 18h45 no horário local de Barcelona (14h45 no horário de Brasília), coincide com o Ramadã, período sagrado para os muçulmanos que exige jejum do nascer ao pôr do sol. Jogadores como Lamine Yamal e Ansu Fati, do time catalão, e Zeki Amdouni, Orkun Kokçu e Kerem Akturkoglu, do clube português, seguem as tradições islâmicas e precisam de ajustes especiais para manter o desempenho em campo. O pôr do sol, previsto para 18h52 em Barcelona, permitirá que eles quebrem o jejum durante o primeiro tempo, algo que já está sendo planejado pelos dois clubes.
A adaptação das equipes reflete a importância de equilibrar a fé e o esporte profissional. Com o jogo começando poucos minutos antes do fim do jejum diário, os atletas entrarão em campo após cerca de 11 horas sem ingerir alimentos ou água, conforme as regras do Ramadã, que neste ano vai de 28 de fevereiro a 30 de março. O Barcelona, que venceu o jogo de ida por 1 a 0 com gol de Raphinha, busca a classificação às quartas de final, enquanto o Benfica precisa reverter o placar no Estádio Montjuïc.
Esse cenário não é novidade no futebol europeu, mas ganha destaque pela quantidade de jogadores envolvidos e pela visibilidade da competição. A logística preparada pelos clubes inclui a entrega de alimentos leves ou bebidas energéticas em campo ou no banco de reservas assim que o sol se pôr, além de uma refeição mais completa no intervalo, para garantir a reposição de energia dos atletas.
Como o Ramadã impacta o desempenho em campo
O jejum durante o Ramadã é um dos cinco pilares do Islamismo, seguido por milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo atletas de elite. Para os jogadores de Barcelona e Benfica, a rotina mudou significativamente desde o fim de fevereiro. Lamine Yamal, jovem promessa de 17 anos do Barça, e Ansu Fati, que busca retomar seu espaço no elenco, são exemplos de talentos que conciliam a prática religiosa com a alta exigência física do futebol. No lado do Benfica, o suíço Zeki Amdouni, que atua como atacante, e os meio-campistas turcos Orkun Kokçu e Kerem Akturkoglu também enfrentam o mesmo desafio. A partida desta terça-feira será um teste não apenas de habilidade, mas de resistência.
Diferentemente do jogo de ida, realizado em Lisboa na semana passada, quando o horário das 20h (local) permitiu que os atletas se alimentassem antes do apito inicial, o confronto em Barcelona exige uma estratégia distinta. O pôr do sol às 18h52 significa que o jejum será quebrado cerca de dez minutos após o início da partida. Isso exige coordenação entre comissão técnica, médicos e nutricionistas para garantir que os jogadores recebam alimentos adequados sem comprometer o ritmo do jogo. A situação já foi observada em outros anos, como em 2022, quando clubes como Liverpool e Real Madrid adaptaram suas rotinas para atletas muçulmanos em competições importantes.
A preparação vai além do momento do pôr do sol. Durante o intervalo, os jogadores em jejum devem aproveitar os 15 minutos para uma refeição mais substancial, geralmente composta por carboidratos de rápida absorção, frutas e líquidos isotônicos. Esse cuidado é essencial para evitar quedas bruscas de desempenho no segundo tempo, especialmente em uma partida que pode definir a temporada de ambos os clubes na Champions League.
Planejamento detalhado para a quebra do jejum
Atentos às necessidades dos atletas, Barcelona e Benfica elaboraram planos específicos para a partida. A poucos minutos do início do jogo, quando o sol se puser, os jogadores poderão consumir itens como tâmaras, tradicionalmente usadas para quebrar o jejum no Ramadã por seu alto teor de açúcar natural, além de água e géis energéticos. Esses alimentos são leves e de fácil digestão, ideais para quem está em movimento constante durante uma partida de futebol.
No banco de reservas, a comissão técnica estará pronta para fornecer esses itens aos atletas que não estiverem em campo no momento exato do pôr do sol. Já os titulares, como Lamine Yamal e Zeki Amdouni, dependerão de uma pausa natural no jogo — como uma falta ou uma bola fora — para receber a “refeição” das mãos dos auxiliares. Esse tipo de logística já foi visto em outras competições, como a Premier League, onde árbitros são orientados a permitir breves interrupções para que jogadores muçulmanos se alimentem durante o Ramadã.
No vestiário, durante o intervalo, a estratégia muda. Os nutricionistas dos clubes prepararam um cardápio que inclui arroz, frutas como banana e melancia, e proteínas magras, como frango, para repor as energias de forma equilibrada. A hidratação também é prioridade, com água e bebidas esportivas disponíveis em grande quantidade, já que os atletas passaram o dia sem ingerir líquidos.
Cronologia do Ramadã e seu impacto no futebol
O Ramadã segue o calendário lunar islâmico, o que faz com que suas datas variem a cada ano no calendário gregoriano. Em 2025, o mês sagrado começou em 28 de fevereiro e termina em 30 de março, coincidindo com a fase decisiva das oitavas de final da Champions League. Veja abaixo como o período se alinha com o futebol europeu:
- 28 de fevereiro: Início do Ramadã, com jogos da fase de grupos já concluídos.
- 4 a 12 de março: Jogos de volta das oitavas de final, incluindo Barcelona x Benfica.
- 30 de março: Fim do Ramadã, antes das quartas de final, previstas para abril.
Essa sobreposição entre o Ramadã e competições importantes não é rara. Em 2023, por exemplo, jogadores como Karim Benzema, então no Real Madrid, e Mohamed Salah, do Liverpool, também adaptaram suas rotinas durante o torneio. A diferença neste ano é o horário precoce da partida em Barcelona, que torna a quebra do jejum um evento visível durante o jogo.
Adaptação de clubes europeus ao Ramadã
Clubes de elite na Europa têm se tornado cada vez mais atentos às demandas religiosas de seus jogadores. O Barcelona, com sua história de diversidade cultural, já lidou com situações semelhantes no passado, como com o francês Eric Abidal, que também seguia o Ramadã durante sua passagem pelo clube. No Benfica, a presença de atletas turcos e do suíço Amdouni reflete a crescente influência de jogadores muçulmanos no futebol português, o que exige uma estrutura preparada para atender às suas necessidades.
A atenção ao tema vai além da alimentação. Treinos são ajustados para horários noturnos ou realizados com intensidade reduzida durante o dia, especialmente nas primeiras semanas do Ramadã, quando o corpo ainda se adapta à falta de alimentos e água. Médicos acompanham de perto os níveis de hidratação e fadiga dos atletas, enquanto psicólogos trabalham para manter o foco mental em um período de sacrifício pessoal.
Esse cuidado demonstra como o futebol moderno se adapta à globalização. Com elencos cada vez mais multiculturais, as tradições religiosas ganham espaço nas rotinas dos clubes, influenciando desde a preparação física até os momentos de jogo. Em Barcelona e Lisboa, a partida desta terça-feira será mais um exemplo dessa integração.
Fatos curiosos sobre o Ramadã no esporte
O impacto do Ramadã no esporte de alto rendimento gera interesse e levanta debates entre torcedores e especialistas. Confira alguns pontos que destacam essa relação:
- Atletas muçulmanos frequentemente relatam que o jejum aumenta sua disciplina mental, mas estudos indicam que o desempenho físico pode cair até 10% em esportes de resistência.
- Jogadores como Paul Pogba e Sadio Mané já disputaram finais de Champions League durante o Ramadã, mostrando que a adaptação é possível.
- Ligas como a Premier League introduziram pausas oficiais para alimentação desde 2021, uma medida que pode se expandir para outras competições.
Esses aspectos mostram como o Ramadã, longe de ser apenas um desafio, também é uma oportunidade para os atletas demonstrarem resiliência e para os clubes aprimorarem suas estratégias de suporte.
