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14 Mar 2025, Fri

filme retrata luta real de idosa contra o crime no Rio

Fernanda Montenegro


Nesta quinta-feira, 13 de março, os cinemas brasileiros recebem “Vitória”, novo filme original do Globoplay que traz Fernanda Montenegro no papel principal, interpretando uma idosa determinada a enfrentar o tráfico de drogas em Copacabana, no Rio de Janeiro. Inspirado em uma história real, o longa conta a saga de Dona Vitória Joana da Paz, uma mulher que, no início dos anos 2000, decidiu documentar a violência que tomava conta de sua rua com uma câmera VHS e entregar as gravações à polícia. Aos 94 anos, a atriz indicada ao Oscar entrega mais uma atuação marcante, enquanto o filme resgata a coragem de uma cidadã comum que desafiou criminosos para proteger seu lar. Com direção cuidadosa e um elenco que inclui Alan Rocha como o jornalista Fabio Gusmão, a produção já é apontada como um dos destaques do cinema nacional em 2025.

A trama tem raízes em uma reportagem publicada em 2005 no jornal “Extra” por Fabio Gusmão, que transformou as fitas deixadas por Dona Vitória no Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), em Del Castilho, em uma narrativa poderosa. Moradora de um apartamento comprado com esforço nos anos 60, ela viu seu bairro ser dominado por bandidos e resolveu agir, filmando o cotidiano do tráfico da janela de casa. O material, entregue pessoalmente ao Sinpol, expôs tiroteios, movimentações suspeitas e a ousadia dos criminosos, mas seu nome verdadeiro só foi revelado após sua morte, aos 97 anos, em 2023. “Vitória” mistura realidade e ficção para homenagear essa figura anônima que, segundo Gusmão, “queria reconhecimento pelas denúncias que fez”.

O lançamento nos cinemas marca um momento especial para Fernanda Montenegro, que, aos 94 anos, segue em plena atividade, consolidando sua posição como um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. A escolha da atriz para viver Dona Vitória foi celebrada pela própria protagonista real antes de seu falecimento, com ela exclamando: “Olha como eu tô chique!”. Com uma carreira que inclui a indicação ao Oscar por “Central do Brasil” em 1999, Montenegro agora dá vida a uma personagem que reflete a força e a resiliência de tantas mulheres brasileiras diante das adversidades.

Uma história real que virou cinema

Revelar os bastidores da produção de “Vitória” é mergulhar em uma narrativa que começou com uma sacola de fitas VHS abandonada no Sinpol. Fabio Gusmão, então repórter do “Extra”, recebeu o material sem grandes expectativas, mas ao assistir às gravações, percebeu o potencial de uma reportagem histórica. As imagens capturadas por Dona Vitória mostravam a rotina do tráfico em Copacabana no início do século, quando os celulares ainda não tinham câmeras avançadas, e a idosa usou uma câmera digital para registrar tudo. O jornalista transformou as fitas em uma matéria que ganhou repercussão nacional e, anos depois, em um livro intitulado “Dona Vitória Joana da Paz”.

No filme, Alan Rocha interpreta Gusmão, trazendo à tela o impacto da descoberta e o respeito pela coragem da protagonista. A produção mantém a essência da história real, mas adiciona elementos dramáticos para ampliar o alcance emocional, como cenas que recriam os momentos de tensão vividos por Dona Vitória enquanto filmava da janela. A escolha de Copacabana como cenário reforça o contraste entre a beleza icônica do bairro e a violência que o assolava, um problema que, na época, afetava mais de 70% das favelas cariocas, segundo dados de segurança pública da década passada.

Fernanda Montenegro como Dona Vitória

Dar vida a Dona Vitória foi um desafio que Fernanda Montenegro abraçou com maestria. No longa, ela aparece como uma mulher simples, mas obstinada, que transforma sua indignação em ação. As cenas na janela, com a câmera na mão, são o coração do filme, mostrando a atriz em momentos de silêncio carregados de emoção e outros de confronto direto com a realidade perigosa do lado de fora. Aos 94 anos, Montenegro prova mais uma vez sua versatilidade, indo da delicadeza à firmeza em uma interpretação que já é elogiada por críticos antes mesmo da estreia.

Copacabana sob o olhar de uma idosa cineasta

Situada em Copacabana, a história de Dona Vitória reflete uma época em que o bairro, conhecido mundialmente por sua orla e seu glamour, enfrentava a expansão do crime organizado. No início dos anos 2000, a violência nas comunidades próximas transformou ruas residenciais em palco de tiroteios e negociações ilícitas. Dona Vitória, que comprou seu apartamento na década de 60, testemunhou essa mudança e decidiu não se calar. Com uma câmera comprada especialmente para a missão, ela passou horas registrando o movimento dos criminosos, um ato arriscado que poderia ter custado sua vida se sua identidade fosse descoberta na época.

O filme recria esse cenário com fidelidade, usando locações reais no Rio de Janeiro para trazer autenticidade às cenas. A direção optou por uma estética que remete aos anos 2000, com cores saturadas e uma trilha sonora que evoca o período, enquanto as fitas VHS aparecem como um símbolo de resistência. A produção também destaca o contraste entre a vulnerabilidade de uma idosa sozinha e a ousadia de seu plano, que acabou gerando provas concretas entregues à polícia, embora os desdobramentos imediatos das denúncias não tenham sido suficientes para mudar a realidade local.

Da reportagem ao sucesso nas telonas

Transformar uma reportagem em filme não foi tarefa simples, mas a trajetória de “Vitória” mostra como a história de Dona Vitória ganhou vida além das páginas do jornal. Publicado em 2005, o texto de Fabio Gusmão chamou atenção pela originalidade e pelo impacto das imagens captadas pela idosa. Anos depois, o livro “Dona Vitória Joana da Paz” ampliou o alcance da narrativa, revelando o nome real da protagonista após seu falecimento em 2023. A adaptação para o cinema, desenvolvida pelo Globoplay, começou a tomar forma em 2024, com Fernanda Montenegro escalada como a escolha perfeita para o papel principal.

O longa custou cerca de R$ 8 milhões, valor considerável para uma produção nacional, mas justificado pela qualidade do elenco e pela reconstrução detalhada do Rio de Janeiro dos anos 2000. Além de Montenegro e Rocha, o filme conta com atores como Bukassa Kabengele e Louise Cardoso em papéis secundários, trazendo profundidade à trama. A estreia nos cinemas, antes da chegada ao streaming, é uma estratégia para atrair público às salas e reforçar a relevância do cinema brasileiro, que em 2024 viu um aumento de 12% na bilheteria de produções locais.

Cronograma da produção de ‘Vitória’

Acompanhar os passos que levaram “Vitória” às telas revela um processo cuidadoso e bem planejado. Confira as principais etapas:

  • 2005: Fabio Gusmão publica a reportagem no “Extra”, baseada nas fitas VHS de Dona Vitória.
  • 2023: Dona Vitória Joana da Paz morre aos 97 anos, e seu nome verdadeiro é revelado no livro de Gusmão.
  • 2024: Globoplay inicia a produção do filme, com Fernanda Montenegro confirmada no elenco.
  • 13 de março de 2025: Estreia oficial nos cinemas brasileiros.

Esse calendário destaca como a história resistiu ao tempo, ganhando força até chegar ao público em formato audiovisual.

Repercussão esperada entre público e crítica

Estrear “Vitória” nos cinemas é uma aposta certeira para o Globoplay, que busca repetir o sucesso de outras produções originais como “Dom” e “Justiça”. A presença de Fernanda Montenegro, um ícone nacional com mais de 70 anos de carreira, eleva as expectativas, enquanto a trama baseada em fatos reais atrai tanto os fãs de histórias verídicas quanto os amantes de dramas sociais. A exibição em salas de cinema antes do streaming, marcada para esta quinta-feira, já movimenta as redes sociais, com pré-vendas esgotadas em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

O filme também chega em um momento em que o cinema brasileiro vive uma fase de recuperação, após anos impactados pela pandemia. Em 2024, mais de 15 milhões de ingressos foram vendidos para produções nacionais, um crescimento significativo em relação aos anos anteriores. “Vitória” tem tudo para contribuir com esse número, oferecendo uma narrativa que une emoção, crítica social e uma atuação memorável de Montenegro.

Um tributo a Dona Vitória e ao talento de Montenegro

Homenagear Dona Vitória Joana da Paz é o cerne do filme, que vai além de uma simples adaptação. A idosa, que morreu sem ver a obra concluída, deixou um legado de coragem que agora ganha projeção nacional. Fabio Gusmão, que acompanhou de perto sua história, lembra que ela se orgulhava de ser interpretada por Fernanda Montenegro, uma das poucas atrizes brasileiras a alcançar reconhecimento internacional. No longa, a personagem reflete essa mistura de simplicidade e determinação, com cenas que mostram sua rotina solitária e os riscos que correu ao enfrentar o crime.

Para Fernanda Montenegro, “Vitória” é mais uma oportunidade de brilhar em um papel complexo. Aos 94 anos, ela mantém uma energia impressionante, filmando por semanas no Rio de Janeiro e participando ativamente da divulgação. Sua presença no elenco eleva o filme a um patamar de excelência, enquanto a história real de Dona Vitória reforça a relevância social da obra, que expõe os desafios da segurança pública e a força de indivíduos comuns diante deles.



Nesta quinta-feira, 13 de março, os cinemas brasileiros recebem “Vitória”, novo filme original do Globoplay que traz Fernanda Montenegro no papel principal, interpretando uma idosa determinada a enfrentar o tráfico de drogas em Copacabana, no Rio de Janeiro. Inspirado em uma história real, o longa conta a saga de Dona Vitória Joana da Paz, uma mulher que, no início dos anos 2000, decidiu documentar a violência que tomava conta de sua rua com uma câmera VHS e entregar as gravações à polícia. Aos 94 anos, a atriz indicada ao Oscar entrega mais uma atuação marcante, enquanto o filme resgata a coragem de uma cidadã comum que desafiou criminosos para proteger seu lar. Com direção cuidadosa e um elenco que inclui Alan Rocha como o jornalista Fabio Gusmão, a produção já é apontada como um dos destaques do cinema nacional em 2025.

A trama tem raízes em uma reportagem publicada em 2005 no jornal “Extra” por Fabio Gusmão, que transformou as fitas deixadas por Dona Vitória no Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), em Del Castilho, em uma narrativa poderosa. Moradora de um apartamento comprado com esforço nos anos 60, ela viu seu bairro ser dominado por bandidos e resolveu agir, filmando o cotidiano do tráfico da janela de casa. O material, entregue pessoalmente ao Sinpol, expôs tiroteios, movimentações suspeitas e a ousadia dos criminosos, mas seu nome verdadeiro só foi revelado após sua morte, aos 97 anos, em 2023. “Vitória” mistura realidade e ficção para homenagear essa figura anônima que, segundo Gusmão, “queria reconhecimento pelas denúncias que fez”.

O lançamento nos cinemas marca um momento especial para Fernanda Montenegro, que, aos 94 anos, segue em plena atividade, consolidando sua posição como um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. A escolha da atriz para viver Dona Vitória foi celebrada pela própria protagonista real antes de seu falecimento, com ela exclamando: “Olha como eu tô chique!”. Com uma carreira que inclui a indicação ao Oscar por “Central do Brasil” em 1999, Montenegro agora dá vida a uma personagem que reflete a força e a resiliência de tantas mulheres brasileiras diante das adversidades.

Uma história real que virou cinema

Revelar os bastidores da produção de “Vitória” é mergulhar em uma narrativa que começou com uma sacola de fitas VHS abandonada no Sinpol. Fabio Gusmão, então repórter do “Extra”, recebeu o material sem grandes expectativas, mas ao assistir às gravações, percebeu o potencial de uma reportagem histórica. As imagens capturadas por Dona Vitória mostravam a rotina do tráfico em Copacabana no início do século, quando os celulares ainda não tinham câmeras avançadas, e a idosa usou uma câmera digital para registrar tudo. O jornalista transformou as fitas em uma matéria que ganhou repercussão nacional e, anos depois, em um livro intitulado “Dona Vitória Joana da Paz”.

No filme, Alan Rocha interpreta Gusmão, trazendo à tela o impacto da descoberta e o respeito pela coragem da protagonista. A produção mantém a essência da história real, mas adiciona elementos dramáticos para ampliar o alcance emocional, como cenas que recriam os momentos de tensão vividos por Dona Vitória enquanto filmava da janela. A escolha de Copacabana como cenário reforça o contraste entre a beleza icônica do bairro e a violência que o assolava, um problema que, na época, afetava mais de 70% das favelas cariocas, segundo dados de segurança pública da década passada.

Fernanda Montenegro como Dona Vitória

Dar vida a Dona Vitória foi um desafio que Fernanda Montenegro abraçou com maestria. No longa, ela aparece como uma mulher simples, mas obstinada, que transforma sua indignação em ação. As cenas na janela, com a câmera na mão, são o coração do filme, mostrando a atriz em momentos de silêncio carregados de emoção e outros de confronto direto com a realidade perigosa do lado de fora. Aos 94 anos, Montenegro prova mais uma vez sua versatilidade, indo da delicadeza à firmeza em uma interpretação que já é elogiada por críticos antes mesmo da estreia.

Copacabana sob o olhar de uma idosa cineasta

Situada em Copacabana, a história de Dona Vitória reflete uma época em que o bairro, conhecido mundialmente por sua orla e seu glamour, enfrentava a expansão do crime organizado. No início dos anos 2000, a violência nas comunidades próximas transformou ruas residenciais em palco de tiroteios e negociações ilícitas. Dona Vitória, que comprou seu apartamento na década de 60, testemunhou essa mudança e decidiu não se calar. Com uma câmera comprada especialmente para a missão, ela passou horas registrando o movimento dos criminosos, um ato arriscado que poderia ter custado sua vida se sua identidade fosse descoberta na época.

O filme recria esse cenário com fidelidade, usando locações reais no Rio de Janeiro para trazer autenticidade às cenas. A direção optou por uma estética que remete aos anos 2000, com cores saturadas e uma trilha sonora que evoca o período, enquanto as fitas VHS aparecem como um símbolo de resistência. A produção também destaca o contraste entre a vulnerabilidade de uma idosa sozinha e a ousadia de seu plano, que acabou gerando provas concretas entregues à polícia, embora os desdobramentos imediatos das denúncias não tenham sido suficientes para mudar a realidade local.

Da reportagem ao sucesso nas telonas

Transformar uma reportagem em filme não foi tarefa simples, mas a trajetória de “Vitória” mostra como a história de Dona Vitória ganhou vida além das páginas do jornal. Publicado em 2005, o texto de Fabio Gusmão chamou atenção pela originalidade e pelo impacto das imagens captadas pela idosa. Anos depois, o livro “Dona Vitória Joana da Paz” ampliou o alcance da narrativa, revelando o nome real da protagonista após seu falecimento em 2023. A adaptação para o cinema, desenvolvida pelo Globoplay, começou a tomar forma em 2024, com Fernanda Montenegro escalada como a escolha perfeita para o papel principal.

O longa custou cerca de R$ 8 milhões, valor considerável para uma produção nacional, mas justificado pela qualidade do elenco e pela reconstrução detalhada do Rio de Janeiro dos anos 2000. Além de Montenegro e Rocha, o filme conta com atores como Bukassa Kabengele e Louise Cardoso em papéis secundários, trazendo profundidade à trama. A estreia nos cinemas, antes da chegada ao streaming, é uma estratégia para atrair público às salas e reforçar a relevância do cinema brasileiro, que em 2024 viu um aumento de 12% na bilheteria de produções locais.

Cronograma da produção de ‘Vitória’

Acompanhar os passos que levaram “Vitória” às telas revela um processo cuidadoso e bem planejado. Confira as principais etapas:

  • 2005: Fabio Gusmão publica a reportagem no “Extra”, baseada nas fitas VHS de Dona Vitória.
  • 2023: Dona Vitória Joana da Paz morre aos 97 anos, e seu nome verdadeiro é revelado no livro de Gusmão.
  • 2024: Globoplay inicia a produção do filme, com Fernanda Montenegro confirmada no elenco.
  • 13 de março de 2025: Estreia oficial nos cinemas brasileiros.

Esse calendário destaca como a história resistiu ao tempo, ganhando força até chegar ao público em formato audiovisual.

Repercussão esperada entre público e crítica

Estrear “Vitória” nos cinemas é uma aposta certeira para o Globoplay, que busca repetir o sucesso de outras produções originais como “Dom” e “Justiça”. A presença de Fernanda Montenegro, um ícone nacional com mais de 70 anos de carreira, eleva as expectativas, enquanto a trama baseada em fatos reais atrai tanto os fãs de histórias verídicas quanto os amantes de dramas sociais. A exibição em salas de cinema antes do streaming, marcada para esta quinta-feira, já movimenta as redes sociais, com pré-vendas esgotadas em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

O filme também chega em um momento em que o cinema brasileiro vive uma fase de recuperação, após anos impactados pela pandemia. Em 2024, mais de 15 milhões de ingressos foram vendidos para produções nacionais, um crescimento significativo em relação aos anos anteriores. “Vitória” tem tudo para contribuir com esse número, oferecendo uma narrativa que une emoção, crítica social e uma atuação memorável de Montenegro.

Um tributo a Dona Vitória e ao talento de Montenegro

Homenagear Dona Vitória Joana da Paz é o cerne do filme, que vai além de uma simples adaptação. A idosa, que morreu sem ver a obra concluída, deixou um legado de coragem que agora ganha projeção nacional. Fabio Gusmão, que acompanhou de perto sua história, lembra que ela se orgulhava de ser interpretada por Fernanda Montenegro, uma das poucas atrizes brasileiras a alcançar reconhecimento internacional. No longa, a personagem reflete essa mistura de simplicidade e determinação, com cenas que mostram sua rotina solitária e os riscos que correu ao enfrentar o crime.

Para Fernanda Montenegro, “Vitória” é mais uma oportunidade de brilhar em um papel complexo. Aos 94 anos, ela mantém uma energia impressionante, filmando por semanas no Rio de Janeiro e participando ativamente da divulgação. Sua presença no elenco eleva o filme a um patamar de excelência, enquanto a história real de Dona Vitória reforça a relevância social da obra, que expõe os desafios da segurança pública e a força de indivíduos comuns diante deles.



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