A demissão de Rodrigo Bocardi da TV Globo, anunciada em 30 de janeiro de 2025, abalou o jornalismo brasileiro e trouxe mudanças significativas ao cenário televisivo. Após mais de duas décadas na emissora, o apresentador do “Bom Dia São Paulo” foi desligado por descumprir normas éticas, uma decisão que pegou muitos de surpresa e gerou intensos debates dentro e fora da redação. O impacto imediato foi sentido na audiência do telejornal matinal, que, apesar de uma leve oscilação inicial, registrou um crescimento de 21% na semana seguinte à saída do jornalista, alcançando picos de até 9,1 pontos em 7 de fevereiro, durante a cobertura de um acidente aéreo em São Paulo. A troca de comando, com Sabina Simonato assumindo interinamente, colocou a Globo diante de um desafio: manter a relevância do programa em meio a uma transição inesperada.
Com um histórico de 25 anos na emissora, Bocardi era um dos pilares do jornalismo matinal, conhecido por seu estilo direto e carismático. Sua saída, motivada por investigações internas que apontaram conflitos de interesse, como a prestação de serviços de media training e consultoria a empresas privadas, levantou questões sobre os limites éticos no exercício da profissão. Enquanto a Globo busca consolidar sua nova fase, o mercado televisivo observa os desdobramentos, com especulações sobre o futuro do jornalista e o rumo do “Bom Dia São Paulo”.
Repercutindo nas redes sociais e entre os telespectadores, o caso também expôs a rigidez das políticas de compliance da emissora. A substituição por Sabina Simonato, inicialmente vista como um risco, mostrou resultados positivos, sugerindo que a audiência do programa está mais ligada ao hábito matinal do público do que à figura de um único apresentador.
Trajetória de Bocardi e os bastidores da saída
Ascensão de um ícone do jornalismo matinal
Rodrigo Bocardi ingressou na TV Globo em 1999 e construiu uma carreira sólida que o transformou em um dos rostos mais reconhecidos da emissora. Após passagens pela Band e pela extinta TV Manchete, ele começou como editor de texto e rapidamente ganhou destaque cobrindo grandes eventos. Entre 2009 e 2013, atuou como correspondente em Nova York, trazendo reportagens internacionais que reforçaram sua credibilidade. Ao retornar ao Brasil, assumiu o comando do “Bom Dia São Paulo” em 2013, cargo que ocupou por mais de uma década, consolidando o programa como líder de audiência no horário matinal em São Paulo. Além disso, integrava o rodízio de apresentadores do “Jornal Nacional” e fazia participações no “Bom Dia Brasil”, consolidando sua posição como um dos principais nomes do jornalismo da Globo.
Conflitos éticos que culminaram na demissão
A decisão de afastar Bocardi veio após uma investigação interna conduzida pelo departamento de compliance da emissora. As apurações revelaram que o jornalista mantinha atividades paralelas, incluindo serviços de media training para políticos e empresários, além de consultoria de imagem para empresas privadas e gestões públicas. Essas práticas, segundo as normas da Globo, configuravam um claro conflito de interesses, comprometendo a imparcialidade exigida de seus profissionais. O desligamento, anunciado como uma medida por “descumprimento de normas éticas”, foi comunicado na noite de 30 de janeiro, horas após Bocardi apresentar seu último programa, que marcou 7,8 pontos de audiência na Grande São Paulo.
Reação nos bastidores e no mercado
Nos corredores da Globo, a demissão causou um misto de choque e desânimo. Profissionais das redações de São Paulo e Rio foram pegos de surpresa, já que não havia sinais claros de que o apresentador estava prestes a deixar a emissora. Fora da empresa, o mercado jornalístico reagiu com especulações. Inicialmente, emissoras como SBT e Jovem Pan demonstraram interesse em contratá-lo, mas recuaram ao tomar conhecimento dos detalhes que levaram ao seu afastamento. A ausência de um pronunciamento oficial de Bocardi sobre o caso mantém o suspense sobre seus próximos passos.
Impactos na audiência e na programação da Globo
Números revelam estabilidade e crescimento
Contrariando as expectativas de uma queda significativa, a audiência do “Bom Dia São Paulo” mostrou resiliência após a saída de Bocardi. No dia seguinte ao desligamento, em 31 de janeiro, o programa registrou 7,6 pontos com Sabina Simonato no comando, uma leve queda em relação aos 7,8 pontos do último dia de Bocardi. Porém, a recuperação foi rápida. Na semana de 31 de janeiro a 7 de fevereiro, a média subiu para 8,0 pontos, um aumento de 21% em comparação com a semana anterior. O pico de 9,1 pontos, alcançado em 7 de fevereiro durante a cobertura de um acidente aéreo, demonstrou que eventos de grande repercussão continuam sendo um fator determinante para atrair público.
Fatores que impulsionaram a retomada
Vários elementos contribuíram para a manutenção e o crescimento dos índices de audiência do telejornal:
- Hábito do público: A fidelidade dos telespectadores ao horário matinal manteve a base de audiência.
- Coberturas relevantes: A abordagem de notícias impactantes, como o acidente aéreo, elevou os números.
- Desempenho de Sabina Simonato: A nova apresentadora se adaptou bem ao comando, ganhando aceitação gradual do público.
A Globo monitora de perto esses resultados, enquanto avalia se Simonato será efetivada ou se outra solução será adotada para o comando permanente do programa.
Mudanças estratégicas na emissora
A saída de Bocardi também levou a Globo a intensificar suas políticas de compliance. Após o caso, a emissora contratou uma empresa de auditoria para analisar as atividades externas de seus jornalistas, visando evitar novos episódios de conflitos de interesse. A medida reflete uma tentativa de preservar a credibilidade do jornalismo da casa, um dos pilares de sua identidade no mercado televisivo brasileiro.
Desafios e perspectivas para o futuro
Futuro incerto de Rodrigo Bocardi
Passados quase um mês desde sua demissão, o destino profissional de Rodrigo Bocardi permanece indefinido. Apesar de seu longo histórico na Globo e da popularidade conquistada, as circunstâncias de sua saída dificultam uma recolocação imediata. O jornalista, que já foi cotado como possível substituto de William Bonner no “Jornal Nacional”, agora enfrenta o desafio de reconstruir sua imagem no mercado. Até o momento, ele mantém silêncio sobre o caso, limitando-se a um vídeo publicado em 31 de janeiro, no qual agradeceu à Globo pelos 25 anos de aprendizado e afirmou estar com a “consciência tranquila”.
Cronologia dos eventos que marcaram a transição
Os principais acontecimentos relacionados à demissão de Bocardi podem ser resumidos na seguinte linha do tempo:
- Janeiro de 2025: Início da investigação interna sobre atividades paralelas do jornalista.
- 30 de janeiro: Bocardi apresenta seu último “Bom Dia São Paulo” e é demitido no mesmo dia.
- 31 de janeiro: Sabina Simonato assume interinamente o comando do telejornal.
- 7 de fevereiro: Programa atinge 9,1 pontos de audiência com a cobertura do acidente aéreo.
- Fevereiro: Globo intensifica medidas de compliance e analisa o desempenho da nova apresentadora.
A sequência de eventos destaca a rapidez com que a emissora agiu para gerenciar a crise e adaptar sua programação.
Repercussão no jornalismo e medidas da Globo
A saída de Bocardi reacendeu debates sobre ética no jornalismo televisivo. O caso expôs a necessidade de maior transparência nas atividades paralelas de jornalistas e colocou em xeque os limites entre a profissão e interesses comerciais. Em resposta, a Globo anunciou que ampliará a fiscalização sobre seus profissionais, com auditorias previstas para serem concluídas até o final do ano. A emissora busca, assim, reforçar sua posição como referência em credibilidade, enquanto tenta minimizar os impactos internos e externos da demissão de um de seus principais nomes.

A demissão de Rodrigo Bocardi da TV Globo, anunciada em 30 de janeiro de 2025, abalou o jornalismo brasileiro e trouxe mudanças significativas ao cenário televisivo. Após mais de duas décadas na emissora, o apresentador do “Bom Dia São Paulo” foi desligado por descumprir normas éticas, uma decisão que pegou muitos de surpresa e gerou intensos debates dentro e fora da redação. O impacto imediato foi sentido na audiência do telejornal matinal, que, apesar de uma leve oscilação inicial, registrou um crescimento de 21% na semana seguinte à saída do jornalista, alcançando picos de até 9,1 pontos em 7 de fevereiro, durante a cobertura de um acidente aéreo em São Paulo. A troca de comando, com Sabina Simonato assumindo interinamente, colocou a Globo diante de um desafio: manter a relevância do programa em meio a uma transição inesperada.
Com um histórico de 25 anos na emissora, Bocardi era um dos pilares do jornalismo matinal, conhecido por seu estilo direto e carismático. Sua saída, motivada por investigações internas que apontaram conflitos de interesse, como a prestação de serviços de media training e consultoria a empresas privadas, levantou questões sobre os limites éticos no exercício da profissão. Enquanto a Globo busca consolidar sua nova fase, o mercado televisivo observa os desdobramentos, com especulações sobre o futuro do jornalista e o rumo do “Bom Dia São Paulo”.
Repercutindo nas redes sociais e entre os telespectadores, o caso também expôs a rigidez das políticas de compliance da emissora. A substituição por Sabina Simonato, inicialmente vista como um risco, mostrou resultados positivos, sugerindo que a audiência do programa está mais ligada ao hábito matinal do público do que à figura de um único apresentador.
Trajetória de Bocardi e os bastidores da saída
Ascensão de um ícone do jornalismo matinal
Rodrigo Bocardi ingressou na TV Globo em 1999 e construiu uma carreira sólida que o transformou em um dos rostos mais reconhecidos da emissora. Após passagens pela Band e pela extinta TV Manchete, ele começou como editor de texto e rapidamente ganhou destaque cobrindo grandes eventos. Entre 2009 e 2013, atuou como correspondente em Nova York, trazendo reportagens internacionais que reforçaram sua credibilidade. Ao retornar ao Brasil, assumiu o comando do “Bom Dia São Paulo” em 2013, cargo que ocupou por mais de uma década, consolidando o programa como líder de audiência no horário matinal em São Paulo. Além disso, integrava o rodízio de apresentadores do “Jornal Nacional” e fazia participações no “Bom Dia Brasil”, consolidando sua posição como um dos principais nomes do jornalismo da Globo.
Conflitos éticos que culminaram na demissão
A decisão de afastar Bocardi veio após uma investigação interna conduzida pelo departamento de compliance da emissora. As apurações revelaram que o jornalista mantinha atividades paralelas, incluindo serviços de media training para políticos e empresários, além de consultoria de imagem para empresas privadas e gestões públicas. Essas práticas, segundo as normas da Globo, configuravam um claro conflito de interesses, comprometendo a imparcialidade exigida de seus profissionais. O desligamento, anunciado como uma medida por “descumprimento de normas éticas”, foi comunicado na noite de 30 de janeiro, horas após Bocardi apresentar seu último programa, que marcou 7,8 pontos de audiência na Grande São Paulo.
Reação nos bastidores e no mercado
Nos corredores da Globo, a demissão causou um misto de choque e desânimo. Profissionais das redações de São Paulo e Rio foram pegos de surpresa, já que não havia sinais claros de que o apresentador estava prestes a deixar a emissora. Fora da empresa, o mercado jornalístico reagiu com especulações. Inicialmente, emissoras como SBT e Jovem Pan demonstraram interesse em contratá-lo, mas recuaram ao tomar conhecimento dos detalhes que levaram ao seu afastamento. A ausência de um pronunciamento oficial de Bocardi sobre o caso mantém o suspense sobre seus próximos passos.
Impactos na audiência e na programação da Globo
Números revelam estabilidade e crescimento
Contrariando as expectativas de uma queda significativa, a audiência do “Bom Dia São Paulo” mostrou resiliência após a saída de Bocardi. No dia seguinte ao desligamento, em 31 de janeiro, o programa registrou 7,6 pontos com Sabina Simonato no comando, uma leve queda em relação aos 7,8 pontos do último dia de Bocardi. Porém, a recuperação foi rápida. Na semana de 31 de janeiro a 7 de fevereiro, a média subiu para 8,0 pontos, um aumento de 21% em comparação com a semana anterior. O pico de 9,1 pontos, alcançado em 7 de fevereiro durante a cobertura de um acidente aéreo, demonstrou que eventos de grande repercussão continuam sendo um fator determinante para atrair público.
Fatores que impulsionaram a retomada
Vários elementos contribuíram para a manutenção e o crescimento dos índices de audiência do telejornal:
- Hábito do público: A fidelidade dos telespectadores ao horário matinal manteve a base de audiência.
- Coberturas relevantes: A abordagem de notícias impactantes, como o acidente aéreo, elevou os números.
- Desempenho de Sabina Simonato: A nova apresentadora se adaptou bem ao comando, ganhando aceitação gradual do público.
A Globo monitora de perto esses resultados, enquanto avalia se Simonato será efetivada ou se outra solução será adotada para o comando permanente do programa.
Mudanças estratégicas na emissora
A saída de Bocardi também levou a Globo a intensificar suas políticas de compliance. Após o caso, a emissora contratou uma empresa de auditoria para analisar as atividades externas de seus jornalistas, visando evitar novos episódios de conflitos de interesse. A medida reflete uma tentativa de preservar a credibilidade do jornalismo da casa, um dos pilares de sua identidade no mercado televisivo brasileiro.
Desafios e perspectivas para o futuro
Futuro incerto de Rodrigo Bocardi
Passados quase um mês desde sua demissão, o destino profissional de Rodrigo Bocardi permanece indefinido. Apesar de seu longo histórico na Globo e da popularidade conquistada, as circunstâncias de sua saída dificultam uma recolocação imediata. O jornalista, que já foi cotado como possível substituto de William Bonner no “Jornal Nacional”, agora enfrenta o desafio de reconstruir sua imagem no mercado. Até o momento, ele mantém silêncio sobre o caso, limitando-se a um vídeo publicado em 31 de janeiro, no qual agradeceu à Globo pelos 25 anos de aprendizado e afirmou estar com a “consciência tranquila”.
Cronologia dos eventos que marcaram a transição
Os principais acontecimentos relacionados à demissão de Bocardi podem ser resumidos na seguinte linha do tempo:
- Janeiro de 2025: Início da investigação interna sobre atividades paralelas do jornalista.
- 30 de janeiro: Bocardi apresenta seu último “Bom Dia São Paulo” e é demitido no mesmo dia.
- 31 de janeiro: Sabina Simonato assume interinamente o comando do telejornal.
- 7 de fevereiro: Programa atinge 9,1 pontos de audiência com a cobertura do acidente aéreo.
- Fevereiro: Globo intensifica medidas de compliance e analisa o desempenho da nova apresentadora.
A sequência de eventos destaca a rapidez com que a emissora agiu para gerenciar a crise e adaptar sua programação.
Repercussão no jornalismo e medidas da Globo
A saída de Bocardi reacendeu debates sobre ética no jornalismo televisivo. O caso expôs a necessidade de maior transparência nas atividades paralelas de jornalistas e colocou em xeque os limites entre a profissão e interesses comerciais. Em resposta, a Globo anunciou que ampliará a fiscalização sobre seus profissionais, com auditorias previstas para serem concluídas até o final do ano. A emissora busca, assim, reforçar sua posição como referência em credibilidade, enquanto tenta minimizar os impactos internos e externos da demissão de um de seus principais nomes.
