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12 Mar 2025, Wed

The Cult cumpre missão em SP e prova que seu show “não é entretenimento”

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Em entrevista recente a Igor Miranda publicada na Rolling Stone Brasil, o vocalista do The Cult, Ian Astbury, se lembrou da apresentação na abertura para The Who no Allianz Parque em 2017 como “memorável”. “Você viaja por outras partes do mundo e acaba se esquecendo de determinados shows. Perguntam como foi e eu apenas digo: ‘aconteceu’. Mas eu me lembro desse show, porque eu fiquei exausto”, diz. Apesar da espera de oito anos, a relação com o Brasil — bem cultivada desde a estreia no longínquo ano de 1991 — se manteve dando frutos.

A Vibra estava quase lotada, no domingo (23), para acompanhar a passagem por São Paulo da oitava visita de The Cult ao país. A parte brasileira da turnê “8525” celebra os mais de quarenta anos de carreira da banda e havia começado sábado (22) no Rio de Janeiro, com término previsto para terça (25) em Curitiba.

– Advertisement –

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Pouco menos de um mês antes do primeiro show, a banda americana Baroness foi confirmada como atração de abertura, aumentando o custo-benefício do salgado valor do ingresso no Vibra.

Baroness

A abertura para The Cult foi apenas a segunda visita do Baroness ao Brasil em seus mais de vinte anos de carreira. Também foi a primeira a contemplar uma casa do porte da Vibra, com capacidade para cerca de 6,5 mil pessoas — e já bem cheia quando o grupo americano subiu ao palco precisamente às 20h.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Eles sabiam que tocavam para um público cuja maioria os desconhecia. Portanto, apesar de possuir uma discografia de sonoridade variada — que chamou a atenção inicialmente por bonitas melodias de guitarra contrapostas a um sludge arrastado e intrincado —, o grupo optou por executar um repertório com todos os seus álbuns representados por canções de assimilação mais imediata.

O vocalista e guitarrista John Baizley, além de seu principal compositor e artista responsável pelas artes das capas dos discos, também se comunicou mais do que o seu usual com o público paulistano. Manteve tom cordial, mas indicou quando esperava maior participação.

A noite começou com a animada “Last Word”, faixa mais popular do trabalho mais recente, “Stone” (2023), mas a arrastada “Under the Wheel”, do mesmo álbum, poderia ter posto tudo a perder ao ser executada logo de cara. O jogo de cores da discografia do Baroness entrou em cena para uma sequência de músicas que se transformaram nas mais celebradas em seus shows e funcionaram na Vibra para manter a atenção do público.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

As fortes luzes azuis vieram para “A Horse Called Golgotha”, faixa de “Blue Record” (2009), aclamado álbum que confirmou o Baroness como um dos principais nomes da música pesada surgidos neste milênio. Suas melodias cantaroláveis de guitarra tocadas em dueto na interativa dupla formada por Baizley e Gina Gleason eram complementadas pelo peso e versatilidade da seção rítmica contendo o baixista Nick Jost e o baterista Sebastian Thomson, mostrando o entrosamento quase telepático da formação que se mantém estável desde 2017.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Após a faixa do disco azul apenas acenar com um refrão mais memorável, o palco ficou mais claro e amarelado no palco para as melodias e versos mais diretos “March to the Sea”, a primeira de duas músicas extraídas de “Yellow & Green” (2012). O disco em questão colocou o Baroness na mira do mainstream ao entrar no Top 30 da parada americana, mas um grave acidente de ônibus na Inglaterra no início de sua turnê paralisou tal ascensão. Baizley teve fraturas sérias no braço e perna esquerdos e ficou por meses hospitalizado, enquanto Allen Blickle, baterista original, e o então recém-ingressado baixista Matt Maggioni não conseguiram se recuperar para voltar.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Do disco seguinte, “Purple” (2015) — o primeiro a contar com a atual seção rítmica —, Baizley pediu para o público cantar junto o cativante refrão de “Shock Me”, executado com a coloração púrpura do álbum ditando as luzes sobre o palco. Alguns punhos cerrados no ar ao final da épica “Chlorine & Wine” já mostravam que o quarteto convencia uma parte dos presentes.

Depois do peso de “Swallow and Halo”, outra de “Blue Record”, o início semiacústico de “Tourniquet” — a única de “Gold & Grey” (2017), primeiro disco a contar com Gleason — evidenciou o dueto vocal dela com Baizley como uma das principais características do Baroness na formação atual.

Baizley agradeceu à plateia antes da dupla final da noite: a pesada “Isak” pintou de vermelho o palco para a faixa do disco de estreia “Red Album” (2007) enquanto “Take My Bones Away”, outra de “Yellow & Green”, fechou o show com uma parte do público convencida pela banda de abertura e cantando junto o seu refrão.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Repertório — Baroness:

  1. Last Word
  2. Under the Wheel
  3. A Horse Called Golgotha
  4. March to the Sea
  5. Shock Me
  6. Chlorine & Wine
  7. Swollen and Halo
  8. Tourniquet
  9. Isak
  10. Take My Bones Away

The Cult

Se o Baroness trouxe todo o seu jogo de cores para iluminar sua apresentação, assim que o quarteto americano deixou o palco, a escuridão deu a tônica do resto da noite na Vibra. A pista entupida de gente entrava na atmosfera soturna criada pelo som mecânico executando clássicos góticos do pós-punk oitentista e a ausência quase total de luzes.

The Cult atrasou pouco mais de quinze minutos para subir ao palco. A passagem por São Paulo na oitava visita da banda ao Brasil começou com “In the Clouds”, faixa inédita de uma coletânea lançada durante o hiato do grupo na segunda metade dos anos 90, e “Rise”, do disco que marcou a retomada das atividades em 2001, “Beyond Good and Evil”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Não foi um pontapé inicial extasiante. Como Ian Astbury disse também à Rolling Stone Brasil, o show de The Cult não é entretenimento, e o início mais denso — apesar de combinar com o clima soturno que se criou — não mexeu muito com o público presente.

Não era como se os músicos no palco também se esforçassem para criar uma atmosfera mais participativa. Astbury, com suas maracas e pandeiros e uma faixa na cabeça lembrando muito mais Mike Muir (Suicidal Tendencies) do que Axl Rose (Guns N’ Roses), até corria o palco e tentava vez ou outra mexer com o público, mas sem tanta conversa.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

A interação era inexistente com Billy Duffy, guitarrista e parceiro no comando da banda, que pouco saiu do seu lado no palco. Apesar da qualidade inquestionável na execução das canções, o baixista Charlie Jones e o baterista John Tempesta nunca foram nada além de competentes músicos de apoio durante a apresentação.

“Wild Flower”, por sua vez, deixou claro que as pessoas na Vibra estavam muito mais a fim de se divertirem com um rock clássico como proporcionado pela faixa de “Electric” (1987) em vez de se deixarem levar por músicas desconhecidas ou mais introspectivas de seu catálogo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Dessa forma, o show foi bem morno quando a banda dedicou boa parte da primeira metade da apresentação às faixas lançadas após os anos 80, como “Star”, do mal recebido disco homônimo de 1994, ou “Mirror”, do mais recente “Under the Midnight Sun” (2022). Astbury chegou a perguntar se estávamos em Kansas e arrancou uma reação mais enérgica do público.

Foi a trinca de clássicos, no entanto, que tirou a pista do marasmo. Na baladaça “Edie” (Ciao Baby)” e na irresistível “Sweet Soul Sister”, dupla de “Sonic Temple” (1989), o público acompanhava a letra com Ian Astbury inclusive estendendo o fraseado dos versos, economizado pelo cantor já faz alguns bons anos. O mesmo se deu em “Revolution”, uma das quatro faixas executadas de “Love” (1985), disco mais representado na noite.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Em uma turnê representativa dos mais de quarenta anos do grupo, o repertório se mostrou mais interessante quando a banda se deixava guiar pelos riffs e melodias hipnóticas de Duffy. Porém, faixas como “Resurrection Joe” e “Spiritwalker”, ambas da época do disco de estreia “Dreamtime” (1984), mantiveram o público em geral mais respeitoso. Não foi diferente para “Brother Wolf, Sister Moon”, música introspectiva de “Love” que abriu o bis e, mesmo assim, foi um dos grandes momentos da noite.

A banda guardou para o final as músicas para arrebatar esse público mais a fim de ouvir classic rock. “Rain” e “Fire Woman” fecharam a primeira parte da apresentação, enquanto “She Sells Sanctuary” e “Love Removal Machine” encerraram o bis de um show que durou pouco menos de uma hora e meia.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Em contraponto à participação vigorosa do Baroness na abertura, The Cult não deixou tanto um “gostinho de quero mais” quanto o de “missão bem cumprida”. Ninguém saiu da Vibra insatisfeito, mas daqui a alguns anos poderá ter sido apenas um daqueles shows que Ian Astbury vai lembrar que “aconteceu”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

The Cult — ao vivo em São Paulo

  • Local: Vibra São Paulo
  • Data: 23 de fevereiro de 2025
  • Turnê: L’America 8525
  • Produção: Liberation MC

Repertório:

  1. In the Clouds
  2. Rise
  3. Wild Flower
  4. Star
  5. The Witch
  6. Mirror
  7. War (The Process)
  8. Edie (Ciao Baby)
  9. Revolution
  10. Sweet Soul Sister
  11. Resurrection Joe
  12. Rain
  13. Spiritwalker
  14. Fire Woman

Bis:

  1. Brother Wolf, Sister Moon
  2. She Sells Sanctuary
  3. Love Removal Machine
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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Em entrevista recente a Igor Miranda publicada na Rolling Stone Brasil, o vocalista do The Cult, Ian Astbury, se lembrou da apresentação na abertura para The Who no Allianz Parque em 2017 como “memorável”. “Você viaja por outras partes do mundo e acaba se esquecendo de determinados shows. Perguntam como foi e eu apenas digo: ‘aconteceu’. Mas eu me lembro desse show, porque eu fiquei exausto”, diz. Apesar da espera de oito anos, a relação com o Brasil — bem cultivada desde a estreia no longínquo ano de 1991 — se manteve dando frutos.

A Vibra estava quase lotada, no domingo (23), para acompanhar a passagem por São Paulo da oitava visita de The Cult ao país. A parte brasileira da turnê “8525” celebra os mais de quarenta anos de carreira da banda e havia começado sábado (22) no Rio de Janeiro, com término previsto para terça (25) em Curitiba.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Pouco menos de um mês antes do primeiro show, a banda americana Baroness foi confirmada como atração de abertura, aumentando o custo-benefício do salgado valor do ingresso no Vibra.

Baroness

A abertura para The Cult foi apenas a segunda visita do Baroness ao Brasil em seus mais de vinte anos de carreira. Também foi a primeira a contemplar uma casa do porte da Vibra, com capacidade para cerca de 6,5 mil pessoas — e já bem cheia quando o grupo americano subiu ao palco precisamente às 20h.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Eles sabiam que tocavam para um público cuja maioria os desconhecia. Portanto, apesar de possuir uma discografia de sonoridade variada — que chamou a atenção inicialmente por bonitas melodias de guitarra contrapostas a um sludge arrastado e intrincado —, o grupo optou por executar um repertório com todos os seus álbuns representados por canções de assimilação mais imediata.

O vocalista e guitarrista John Baizley, além de seu principal compositor e artista responsável pelas artes das capas dos discos, também se comunicou mais do que o seu usual com o público paulistano. Manteve tom cordial, mas indicou quando esperava maior participação.

A noite começou com a animada “Last Word”, faixa mais popular do trabalho mais recente, “Stone” (2023), mas a arrastada “Under the Wheel”, do mesmo álbum, poderia ter posto tudo a perder ao ser executada logo de cara. O jogo de cores da discografia do Baroness entrou em cena para uma sequência de músicas que se transformaram nas mais celebradas em seus shows e funcionaram na Vibra para manter a atenção do público.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

As fortes luzes azuis vieram para “A Horse Called Golgotha”, faixa de “Blue Record” (2009), aclamado álbum que confirmou o Baroness como um dos principais nomes da música pesada surgidos neste milênio. Suas melodias cantaroláveis de guitarra tocadas em dueto na interativa dupla formada por Baizley e Gina Gleason eram complementadas pelo peso e versatilidade da seção rítmica contendo o baixista Nick Jost e o baterista Sebastian Thomson, mostrando o entrosamento quase telepático da formação que se mantém estável desde 2017.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Após a faixa do disco azul apenas acenar com um refrão mais memorável, o palco ficou mais claro e amarelado no palco para as melodias e versos mais diretos “March to the Sea”, a primeira de duas músicas extraídas de “Yellow & Green” (2012). O disco em questão colocou o Baroness na mira do mainstream ao entrar no Top 30 da parada americana, mas um grave acidente de ônibus na Inglaterra no início de sua turnê paralisou tal ascensão. Baizley teve fraturas sérias no braço e perna esquerdos e ficou por meses hospitalizado, enquanto Allen Blickle, baterista original, e o então recém-ingressado baixista Matt Maggioni não conseguiram se recuperar para voltar.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Do disco seguinte, “Purple” (2015) — o primeiro a contar com a atual seção rítmica —, Baizley pediu para o público cantar junto o cativante refrão de “Shock Me”, executado com a coloração púrpura do álbum ditando as luzes sobre o palco. Alguns punhos cerrados no ar ao final da épica “Chlorine & Wine” já mostravam que o quarteto convencia uma parte dos presentes.

Depois do peso de “Swallow and Halo”, outra de “Blue Record”, o início semiacústico de “Tourniquet” — a única de “Gold & Grey” (2017), primeiro disco a contar com Gleason — evidenciou o dueto vocal dela com Baizley como uma das principais características do Baroness na formação atual.

Baizley agradeceu à plateia antes da dupla final da noite: a pesada “Isak” pintou de vermelho o palco para a faixa do disco de estreia “Red Album” (2007) enquanto “Take My Bones Away”, outra de “Yellow & Green”, fechou o show com uma parte do público convencida pela banda de abertura e cantando junto o seu refrão.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Repertório — Baroness:

  1. Last Word
  2. Under the Wheel
  3. A Horse Called Golgotha
  4. March to the Sea
  5. Shock Me
  6. Chlorine & Wine
  7. Swollen and Halo
  8. Tourniquet
  9. Isak
  10. Take My Bones Away

The Cult

Se o Baroness trouxe todo o seu jogo de cores para iluminar sua apresentação, assim que o quarteto americano deixou o palco, a escuridão deu a tônica do resto da noite na Vibra. A pista entupida de gente entrava na atmosfera soturna criada pelo som mecânico executando clássicos góticos do pós-punk oitentista e a ausência quase total de luzes.

The Cult atrasou pouco mais de quinze minutos para subir ao palco. A passagem por São Paulo na oitava visita da banda ao Brasil começou com “In the Clouds”, faixa inédita de uma coletânea lançada durante o hiato do grupo na segunda metade dos anos 90, e “Rise”, do disco que marcou a retomada das atividades em 2001, “Beyond Good and Evil”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Não foi um pontapé inicial extasiante. Como Ian Astbury disse também à Rolling Stone Brasil, o show de The Cult não é entretenimento, e o início mais denso — apesar de combinar com o clima soturno que se criou — não mexeu muito com o público presente.

Não era como se os músicos no palco também se esforçassem para criar uma atmosfera mais participativa. Astbury, com suas maracas e pandeiros e uma faixa na cabeça lembrando muito mais Mike Muir (Suicidal Tendencies) do que Axl Rose (Guns N’ Roses), até corria o palco e tentava vez ou outra mexer com o público, mas sem tanta conversa.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

A interação era inexistente com Billy Duffy, guitarrista e parceiro no comando da banda, que pouco saiu do seu lado no palco. Apesar da qualidade inquestionável na execução das canções, o baixista Charlie Jones e o baterista John Tempesta nunca foram nada além de competentes músicos de apoio durante a apresentação.

“Wild Flower”, por sua vez, deixou claro que as pessoas na Vibra estavam muito mais a fim de se divertirem com um rock clássico como proporcionado pela faixa de “Electric” (1987) em vez de se deixarem levar por músicas desconhecidas ou mais introspectivas de seu catálogo.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Dessa forma, o show foi bem morno quando a banda dedicou boa parte da primeira metade da apresentação às faixas lançadas após os anos 80, como “Star”, do mal recebido disco homônimo de 1994, ou “Mirror”, do mais recente “Under the Midnight Sun” (2022). Astbury chegou a perguntar se estávamos em Kansas e arrancou uma reação mais enérgica do público.

Foi a trinca de clássicos, no entanto, que tirou a pista do marasmo. Na baladaça “Edie” (Ciao Baby)” e na irresistível “Sweet Soul Sister”, dupla de “Sonic Temple” (1989), o público acompanhava a letra com Ian Astbury inclusive estendendo o fraseado dos versos, economizado pelo cantor já faz alguns bons anos. O mesmo se deu em “Revolution”, uma das quatro faixas executadas de “Love” (1985), disco mais representado na noite.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Em uma turnê representativa dos mais de quarenta anos do grupo, o repertório se mostrou mais interessante quando a banda se deixava guiar pelos riffs e melodias hipnóticas de Duffy. Porém, faixas como “Resurrection Joe” e “Spiritwalker”, ambas da época do disco de estreia “Dreamtime” (1984), mantiveram o público em geral mais respeitoso. Não foi diferente para “Brother Wolf, Sister Moon”, música introspectiva de “Love” que abriu o bis e, mesmo assim, foi um dos grandes momentos da noite.

A banda guardou para o final as músicas para arrebatar esse público mais a fim de ouvir classic rock. “Rain” e “Fire Woman” fecharam a primeira parte da apresentação, enquanto “She Sells Sanctuary” e “Love Removal Machine” encerraram o bis de um show que durou pouco menos de uma hora e meia.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Em contraponto à participação vigorosa do Baroness na abertura, The Cult não deixou tanto um “gostinho de quero mais” quanto o de “missão bem cumprida”. Ninguém saiu da Vibra insatisfeito, mas daqui a alguns anos poderá ter sido apenas um daqueles shows que Ian Astbury vai lembrar que “aconteceu”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

The Cult — ao vivo em São Paulo

  • Local: Vibra São Paulo
  • Data: 23 de fevereiro de 2025
  • Turnê: L’America 8525
  • Produção: Liberation MC

Repertório:

  1. In the Clouds
  2. Rise
  3. Wild Flower
  4. Star
  5. The Witch
  6. Mirror
  7. War (The Process)
  8. Edie (Ciao Baby)
  9. Revolution
  10. Sweet Soul Sister
  11. Resurrection Joe
  12. Rain
  13. Spiritwalker
  14. Fire Woman

Bis:

  1. Brother Wolf, Sister Moon
  2. She Sells Sanctuary
  3. Love Removal Machine
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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