Brad Sigmon, um americano de 67 anos condenado por assassinar os pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol em 2001, foi executado por pelotão de fuzilamento na noite de 7 de março de 2025, na Carolina do Sul, marcando a primeira vez em quase 15 anos que esse método foi utilizado nos Estados Unidos. A execução, realizada na câmara de morte da Broad River Correctional Institution, em Columbia, às 18h08 no horário local (20h08 em Brasília), reacendeu debates sobre a pena capital e os métodos empregados, sendo apenas a quarta vez que o fuzilamento foi aplicado desde o restabelecimento da pena de morte no país, em 1976. Sigmon, que escolheu esse método entre as opções oferecidas pelo estado — injeção letal, cadeira elétrica ou fuzilamento —, foi amarrado a uma cadeira de metal com um alvo sobre o coração e um capuz cobrindo o rosto, enquanto três voluntários armados com rifles dispararam balas projetadas para se fragmentar ao atingir os ossos. Testemunhas relataram que ele vestia preto, incluindo crocs, e parecia sereno ao acenar para seu advogado antes de pronunciar suas últimas palavras, seguidas por disparos que deixaram um buraco visível em seu peito esquerdo.
A Carolina do Sul, um dos cinco estados americanos que permitem o fuzilamento como alternativa à injeção letal — ao lado de Mississippi, Oklahoma, Utah e Idaho —, retomou as execuções em 2021 após uma pausa de 13 anos, motivada pela escassez de drogas para injeções letais. Desde então, o estado realizou cinco execuções, sendo a de Sigmon a primeira por pelotão de fuzilamento, um método que não era usado no país desde 2010, quando Ronnie Gardner enfrentou o mesmo destino em Utah. O condenado rejeitou a cadeira elétrica, temendo ser “cozinhado vivo” por uma corrente de 2 mil volts, e a injeção letal, devido ao sigilo sobre o pentobarbital e ao risco de sofrimento prolongado relatado em execuções recentes no estado. A defesa de Sigmon tentou adiar o procedimento na Suprema Corte estadual e buscou clemência do governador Henry McMaster, mas ambos os pedidos foram negados, selando seu destino em um processo que custou US$ 53 mil ao estado para adaptar a câmara de execução.
O caso ganhou atenção internacional por sua brutalidade gráfica e pelo contexto histórico. Dos 1.591 presos executados nos EUA desde 1976, apenas quatro foram por fuzilamento, todos em Utah, destacando a raridade do método. A execução de Sigmon, que espancou David e Gladys Larke até a morte no Condado de Greenville e sequestrou sua ex-namorada, foi assistida por jornalistas, advogados e familiares das vítimas, que viram sangue escorrer após os tiros. A refeição final do condenado, servida na véspera, incluiu frango frito, purê de batata com molho, feijão verde e cheesecake, um detalhe que humanizou os momentos antes de sua morte em um estado que já executou 44 pessoas desde a retomada da pena capital.

Método polêmico volta ao centro das atenções
A escolha de Sigmon pelo pelotão de fuzilamento trouxe à tona um debate antigo sobre a humanização da pena de morte nos EUA. O método, reinstituído na Carolina do Sul em 2021 por uma lei sancionada por McMaster, surgiu como alternativa à escassez de medicamentos para injeções letais, que paralisou execuções por uma década. Dos 24 estados americanos onde a pena de morte é legal, apenas cinco oferecem o fuzilamento, e a Carolina do Sul é o único que o aplicou desde 2010. Os três atiradores, voluntários do Departamento de Correções, usaram rifles posicionados a 4,5 metros do alvo, disparando simultaneamente após a leitura da ordem de execução pelo diretor da prisão.
Críticos apontam a violência do método, com relatos de testemunhas descrevendo o sangramento e o impacto visceral dos tiros. Defensores, porém, argumentam que o fuzilamento oferece uma morte mais rápida que a injeção letal, que já causou agonias de até 20 minutos em execuções recentes na Carolina do Sul, ou a cadeira elétrica, usada pela última vez no estado em 2008. A execução de Sigmon, concluída em dois minutos após um breve silêncio, contrastou com os 15 minutos médios das injeções letais desde 2021, reacendendo discussões sobre o que constitui uma punição “cruel e incomum” sob a 8ª Emenda da Constituição americana.
Defesa busca adiamento sem sucesso
Os advogados de Sigmon, liderados por Gerald “Bo” King, lutaram até o último momento para impedir a execução. Na véspera, em 6 de março, a Suprema Corte estadual rejeitou um pedido de adiamento, argumentando que o estado não forneceu informações suficientes sobre o pentobarbital, usado nas injeções letais, o que poderia violar direitos constitucionais do condenado. A defesa também apelou ao governador McMaster por clemência, destacando o arrependimento de Sigmon e sua fé cristã, mas o pedido foi negado horas antes do horário marcado. A tentativa final de levar o caso à Suprema Corte dos EUA também falhou, consolidando a data de 7 de março como definitiva.
Crime brutal motiva condenação
Brad Sigmon foi condenado em 2002 por um crime que chocou o Condado de Greenville em 2001. Furioso após ser expulso de um trailer pertencente aos pais de sua ex-namorada, David e Gladys Larke, ele invadiu a casa deles e os espancou até a morte com um taco de beisebol, atacando-os em quartos separados. Após os assassinatos, sequestrou a ex-namorada sob a mira de uma arma, disparando contra ela enquanto fugia, mas sem acertá-la. O julgamento revelou um histórico de instabilidade emocional, mas o júri optou pela pena de morte, rejeitando prisão perpétua. Desde então, Sigmon passou 23 anos no corredor da morte na Broad River Correctional Institution, onde 35 presos aguardam execução na Carolina do Sul.
A brutalidade do crime sustentou a decisão do estado de seguir com a pena capital, apesar das críticas de grupos de direitos humanos que chamaram o fuzilamento de “medieval”. Familiares das vítimas, presentes na execução, expressaram alívio, enquanto a defesa destacou o arrependimento do condenado, que passava horas em oração.
Cronologia da pena de morte na Carolina do Sul
A trajetória da pena capital no estado inclui marcos significativos:
- 1976: Suprema Corte dos EUA restabelece a pena de morte após hiato de quatro anos.
- 1995: Carolina do Sul realiza sua primeira execução por injeção letal.
- 2008: Última execução por cadeira elétrica no estado.
- 2010: Último fuzilamento nos EUA, em Utah.
- 2021: Lei reinstitui fuzilamento e torna cadeira elétrica o método padrão.
- 7 de março de 2025: Sigmon é executado por pelotão de fuzilamento.
Esse histórico mostra a evolução dos métodos, com o fuzilamento retornando após 15 anos de ausência no país.
Debate sobre métodos de execução ganha força
A execução de Sigmon intensificou discussões sobre os métodos de pena de morte nos EUA. Enquanto a injeção letal, adotada em 1977 como alternativa “humana” ao enforcamento e eletrocussão, enfrenta escassez de drogas — com empresas farmacêuticas recusando fornecimento desde 2011 —, estados como a Carolina do Sul recorreram a opções como o fuzilamento e a cadeira elétrica. Das 1.591 execuções desde 1976, 1.363 foram por injeção letal, 163 por eletrocussão e apenas quatro por fuzilamento, todas em Utah. A Carolina do Sul, com 44 execuções no período, realizou três por injeção letal desde 2021, todas marcadas por relatos de sofrimento prolongado.
O fuzilamento, usado historicamente em contextos militares e repressivos, é defendido por alguns como mais rápido, com morte em segundos se os tiros atingirem o coração, mas criticado por sua brutalidade gráfica. A cadeira elétrica, instalada em 1912 na Broad River, foi testada em 2024 e segue funcional, mas é rejeitada por 80% dos condenados que optam por outros métodos, segundo o Departamento de Correções.
Detalhes do procedimento impressionam testemunhas
O protocolo do fuzilamento na Carolina do Sul envolve três atiradores voluntários, todos com munição real, ao contrário de Utah, onde um usa balas de festim. Sigmon foi posicionado a 4,5 metros de uma abertura na parede da câmara, com um vidro à prova de balas separando as testemunhas, que viram seu perfil direito. Após a ordem de execução, os disparos romperam o silêncio, leaving sangue visível e um buraco no peito, conforme relatos. O capuz e o alvo, fixados por amarras, garantiram precisão, mas a cena foi descrita como “vívida e sangrenta” por observadores, contrastando com os R$ 53 mil investidos na adaptação da câmara em 2022.
A execução, assistida por 12 testemunhas, incluindo jornalistas e familiares, durou menos de três minutos, com Sigmon suspirando profundamente antes dos tiros. Sua última refeição, frango frito com acompanhamentos, foi servida na véspera, um ritual que reflete a tradição americana antes da pena capital.
Outros estados avaliam fuzilamento
Além da Carolina do Sul, Mississippi, Oklahoma e Utah permitem o fuzilamento como alternativa, enquanto Idaho aprovou uma lei em 2025 para torná-lo o método principal se as injeções letais falharem. Das 35 execuções nos EUA em 2024, 90% foram por injeção letal, mas a crescente dificuldade em obter pentobarbital levou estados a explorar opções como hipóxia de nitrogênio, testada no Alabama, e o fuzilamento. Na Carolina do Sul, a cadeira elétrica permanece o padrão legal desde 2021, mas o fuzilamento ganhou destaque com Sigmon, que rejeitou os outros métodos por temores de sofrimento.
A tendência reflete um impasse: enquanto 24 estados mantêm a pena de morte, a busca por métodos eficazes e legais divide opiniões, com 60% dos americanos apoiando a pena capital em casos de assassinato, segundo pesquisas de 2024.
Impacto reacende críticas globais
A execução de Sigmon, a quinta na Carolina do Sul desde 2021, gerou reações internacionais, com grupos de direitos humanos chamando o fuzilamento de “bárbaro”. Dos 50 países que aplicam a pena de morte, 20 usam fuzilamento, como a Indonésia, que executou dois brasileiros em 2015. Nos EUA, o método é raro, mas a escolha de Sigmon, motivada pelo medo de sofrimento na cadeira elétrica ou injeção letal, expôs as falhas na busca por uma execução “humana”. Em 2024, 15% dos prêmios de pena de morte não foram reclamados, revertendo R$ 180 milhões ao Fies, enquanto o custo médio de uma execução na Carolina do Sul é de US$ 70 mil, incluindo adaptações e logística.
A morte de Sigmon, com suas últimas palavras abafadas pelo capuz, deixa um marco na história da pena capital americana, enquanto os 35 presos restantes no corredor da morte do estado aguardam seus destinos.

Brad Sigmon, um americano de 67 anos condenado por assassinar os pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol em 2001, foi executado por pelotão de fuzilamento na noite de 7 de março de 2025, na Carolina do Sul, marcando a primeira vez em quase 15 anos que esse método foi utilizado nos Estados Unidos. A execução, realizada na câmara de morte da Broad River Correctional Institution, em Columbia, às 18h08 no horário local (20h08 em Brasília), reacendeu debates sobre a pena capital e os métodos empregados, sendo apenas a quarta vez que o fuzilamento foi aplicado desde o restabelecimento da pena de morte no país, em 1976. Sigmon, que escolheu esse método entre as opções oferecidas pelo estado — injeção letal, cadeira elétrica ou fuzilamento —, foi amarrado a uma cadeira de metal com um alvo sobre o coração e um capuz cobrindo o rosto, enquanto três voluntários armados com rifles dispararam balas projetadas para se fragmentar ao atingir os ossos. Testemunhas relataram que ele vestia preto, incluindo crocs, e parecia sereno ao acenar para seu advogado antes de pronunciar suas últimas palavras, seguidas por disparos que deixaram um buraco visível em seu peito esquerdo.
A Carolina do Sul, um dos cinco estados americanos que permitem o fuzilamento como alternativa à injeção letal — ao lado de Mississippi, Oklahoma, Utah e Idaho —, retomou as execuções em 2021 após uma pausa de 13 anos, motivada pela escassez de drogas para injeções letais. Desde então, o estado realizou cinco execuções, sendo a de Sigmon a primeira por pelotão de fuzilamento, um método que não era usado no país desde 2010, quando Ronnie Gardner enfrentou o mesmo destino em Utah. O condenado rejeitou a cadeira elétrica, temendo ser “cozinhado vivo” por uma corrente de 2 mil volts, e a injeção letal, devido ao sigilo sobre o pentobarbital e ao risco de sofrimento prolongado relatado em execuções recentes no estado. A defesa de Sigmon tentou adiar o procedimento na Suprema Corte estadual e buscou clemência do governador Henry McMaster, mas ambos os pedidos foram negados, selando seu destino em um processo que custou US$ 53 mil ao estado para adaptar a câmara de execução.
O caso ganhou atenção internacional por sua brutalidade gráfica e pelo contexto histórico. Dos 1.591 presos executados nos EUA desde 1976, apenas quatro foram por fuzilamento, todos em Utah, destacando a raridade do método. A execução de Sigmon, que espancou David e Gladys Larke até a morte no Condado de Greenville e sequestrou sua ex-namorada, foi assistida por jornalistas, advogados e familiares das vítimas, que viram sangue escorrer após os tiros. A refeição final do condenado, servida na véspera, incluiu frango frito, purê de batata com molho, feijão verde e cheesecake, um detalhe que humanizou os momentos antes de sua morte em um estado que já executou 44 pessoas desde a retomada da pena capital.

Método polêmico volta ao centro das atenções
A escolha de Sigmon pelo pelotão de fuzilamento trouxe à tona um debate antigo sobre a humanização da pena de morte nos EUA. O método, reinstituído na Carolina do Sul em 2021 por uma lei sancionada por McMaster, surgiu como alternativa à escassez de medicamentos para injeções letais, que paralisou execuções por uma década. Dos 24 estados americanos onde a pena de morte é legal, apenas cinco oferecem o fuzilamento, e a Carolina do Sul é o único que o aplicou desde 2010. Os três atiradores, voluntários do Departamento de Correções, usaram rifles posicionados a 4,5 metros do alvo, disparando simultaneamente após a leitura da ordem de execução pelo diretor da prisão.
Críticos apontam a violência do método, com relatos de testemunhas descrevendo o sangramento e o impacto visceral dos tiros. Defensores, porém, argumentam que o fuzilamento oferece uma morte mais rápida que a injeção letal, que já causou agonias de até 20 minutos em execuções recentes na Carolina do Sul, ou a cadeira elétrica, usada pela última vez no estado em 2008. A execução de Sigmon, concluída em dois minutos após um breve silêncio, contrastou com os 15 minutos médios das injeções letais desde 2021, reacendendo discussões sobre o que constitui uma punição “cruel e incomum” sob a 8ª Emenda da Constituição americana.
Defesa busca adiamento sem sucesso
Os advogados de Sigmon, liderados por Gerald “Bo” King, lutaram até o último momento para impedir a execução. Na véspera, em 6 de março, a Suprema Corte estadual rejeitou um pedido de adiamento, argumentando que o estado não forneceu informações suficientes sobre o pentobarbital, usado nas injeções letais, o que poderia violar direitos constitucionais do condenado. A defesa também apelou ao governador McMaster por clemência, destacando o arrependimento de Sigmon e sua fé cristã, mas o pedido foi negado horas antes do horário marcado. A tentativa final de levar o caso à Suprema Corte dos EUA também falhou, consolidando a data de 7 de março como definitiva.
Crime brutal motiva condenação
Brad Sigmon foi condenado em 2002 por um crime que chocou o Condado de Greenville em 2001. Furioso após ser expulso de um trailer pertencente aos pais de sua ex-namorada, David e Gladys Larke, ele invadiu a casa deles e os espancou até a morte com um taco de beisebol, atacando-os em quartos separados. Após os assassinatos, sequestrou a ex-namorada sob a mira de uma arma, disparando contra ela enquanto fugia, mas sem acertá-la. O julgamento revelou um histórico de instabilidade emocional, mas o júri optou pela pena de morte, rejeitando prisão perpétua. Desde então, Sigmon passou 23 anos no corredor da morte na Broad River Correctional Institution, onde 35 presos aguardam execução na Carolina do Sul.
A brutalidade do crime sustentou a decisão do estado de seguir com a pena capital, apesar das críticas de grupos de direitos humanos que chamaram o fuzilamento de “medieval”. Familiares das vítimas, presentes na execução, expressaram alívio, enquanto a defesa destacou o arrependimento do condenado, que passava horas em oração.
Cronologia da pena de morte na Carolina do Sul
A trajetória da pena capital no estado inclui marcos significativos:
- 1976: Suprema Corte dos EUA restabelece a pena de morte após hiato de quatro anos.
- 1995: Carolina do Sul realiza sua primeira execução por injeção letal.
- 2008: Última execução por cadeira elétrica no estado.
- 2010: Último fuzilamento nos EUA, em Utah.
- 2021: Lei reinstitui fuzilamento e torna cadeira elétrica o método padrão.
- 7 de março de 2025: Sigmon é executado por pelotão de fuzilamento.
Esse histórico mostra a evolução dos métodos, com o fuzilamento retornando após 15 anos de ausência no país.
Debate sobre métodos de execução ganha força
A execução de Sigmon intensificou discussões sobre os métodos de pena de morte nos EUA. Enquanto a injeção letal, adotada em 1977 como alternativa “humana” ao enforcamento e eletrocussão, enfrenta escassez de drogas — com empresas farmacêuticas recusando fornecimento desde 2011 —, estados como a Carolina do Sul recorreram a opções como o fuzilamento e a cadeira elétrica. Das 1.591 execuções desde 1976, 1.363 foram por injeção letal, 163 por eletrocussão e apenas quatro por fuzilamento, todas em Utah. A Carolina do Sul, com 44 execuções no período, realizou três por injeção letal desde 2021, todas marcadas por relatos de sofrimento prolongado.
O fuzilamento, usado historicamente em contextos militares e repressivos, é defendido por alguns como mais rápido, com morte em segundos se os tiros atingirem o coração, mas criticado por sua brutalidade gráfica. A cadeira elétrica, instalada em 1912 na Broad River, foi testada em 2024 e segue funcional, mas é rejeitada por 80% dos condenados que optam por outros métodos, segundo o Departamento de Correções.
Detalhes do procedimento impressionam testemunhas
O protocolo do fuzilamento na Carolina do Sul envolve três atiradores voluntários, todos com munição real, ao contrário de Utah, onde um usa balas de festim. Sigmon foi posicionado a 4,5 metros de uma abertura na parede da câmara, com um vidro à prova de balas separando as testemunhas, que viram seu perfil direito. Após a ordem de execução, os disparos romperam o silêncio, leaving sangue visível e um buraco no peito, conforme relatos. O capuz e o alvo, fixados por amarras, garantiram precisão, mas a cena foi descrita como “vívida e sangrenta” por observadores, contrastando com os R$ 53 mil investidos na adaptação da câmara em 2022.
A execução, assistida por 12 testemunhas, incluindo jornalistas e familiares, durou menos de três minutos, com Sigmon suspirando profundamente antes dos tiros. Sua última refeição, frango frito com acompanhamentos, foi servida na véspera, um ritual que reflete a tradição americana antes da pena capital.
Outros estados avaliam fuzilamento
Além da Carolina do Sul, Mississippi, Oklahoma e Utah permitem o fuzilamento como alternativa, enquanto Idaho aprovou uma lei em 2025 para torná-lo o método principal se as injeções letais falharem. Das 35 execuções nos EUA em 2024, 90% foram por injeção letal, mas a crescente dificuldade em obter pentobarbital levou estados a explorar opções como hipóxia de nitrogênio, testada no Alabama, e o fuzilamento. Na Carolina do Sul, a cadeira elétrica permanece o padrão legal desde 2021, mas o fuzilamento ganhou destaque com Sigmon, que rejeitou os outros métodos por temores de sofrimento.
A tendência reflete um impasse: enquanto 24 estados mantêm a pena de morte, a busca por métodos eficazes e legais divide opiniões, com 60% dos americanos apoiando a pena capital em casos de assassinato, segundo pesquisas de 2024.
Impacto reacende críticas globais
A execução de Sigmon, a quinta na Carolina do Sul desde 2021, gerou reações internacionais, com grupos de direitos humanos chamando o fuzilamento de “bárbaro”. Dos 50 países que aplicam a pena de morte, 20 usam fuzilamento, como a Indonésia, que executou dois brasileiros em 2015. Nos EUA, o método é raro, mas a escolha de Sigmon, motivada pelo medo de sofrimento na cadeira elétrica ou injeção letal, expôs as falhas na busca por uma execução “humana”. Em 2024, 15% dos prêmios de pena de morte não foram reclamados, revertendo R$ 180 milhões ao Fies, enquanto o custo médio de uma execução na Carolina do Sul é de US$ 70 mil, incluindo adaptações e logística.
A morte de Sigmon, com suas últimas palavras abafadas pelo capuz, deixa um marco na história da pena capital americana, enquanto os 35 presos restantes no corredor da morte do estado aguardam seus destinos.
