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11 Mar 2025, Tue

Amor de Carnaval: 9 artistas refletem sobre o sentimento que todo ano acende a libido e o coração




Quem nunca encontrou uma paixão no meio da folia? A convite da Vogue Brasil, Tatiana Chalhoub, Larissa de Souza, Luana Vitra, Renan Benedito, Eduardo Berliner, Ángel Castellanos, Bob Wolfenson, Gokula Stoffel e Rosângela Rennó compartilham suas visões sobre o amor de Carnaval Gokula Stoffel

GOKULA STOFFEL
Edouard Fraipont
Mad Birds
“Essa obra pode ser vista como uma metáfora para o amor de Carnaval, ao refletir a intensidade emocional e efemeridade desse tipo de paixão. As figuras centrais me sugerem um encontro íntimo e fugaz, típico das paixões que nascem sob as luzes vibrantes e o ritmo contagiante da folia. Os tons quentes podem remeter à energia, à paixão e à euforia desse período, enquanto os roxos profundos evocam a melancolia que muitas vezes acompanha o fim da celebração. As pinceladas criam uma sensação de movimento, como se capturassem o instante de um abraço ou um olhar, reforçando a natureza passageira e intensa do amor que floresce no caos carnavalesco, mas que pode se dissipar com a chegada da Quarta-feira de Cinzas.”
Rosângela Rennó
ROSÂNGELA RENNÓ
Divulgação

Pra tudo se acabar na quarta-feira
“Amor de Carnaval termina cedo, mas é pra ser assim mesmo. Tem cara de arrastão de praia, quando você menos percebe já passou. As máscaras e as fantasias são construções feitas de sonhos que se renovam a cada ano. Já dizia o grande sambista Martinho da Vila: ‘sonho de rei, de pirata e jardineira; pra tudo se acabar na quarta-feira’. Ano que vem tem mais.”
Larissa de Souza
LARISSA DE SOUZA
Tamara dos Santos

“Gosto do Carnaval por vários motivos: suas cores, brilhos, texturas, sorrisos, corpos livres nas ruas e avenidas, e as múltiplas expressões socioculturais. Ultimamente, tenho feito desenhos a lápis de cor para mim mesma. É um momento em que me conecto com a minha infância, mas, ao mesmo tempo, manifesto as indagações pessoais de uma mulher adulta. Por isso, escolhi o lápis de cor para representar esse tema. Acho que o Carnaval, para mim, possui a mesma ambiguidade desse material quando intenciono o uso: o lúdico e o sagrado-profano da vida humana. Temas como o afrofuturismo também me inspiraram para fazer esse desenho, assim como um dos meus filmes prediletos, Orfeu do Carnaval, de 1959.”

Eduardo Berliner
EDUARDO BERLINER
Julia Thompson

“A pintura deriva das manchas encontradas no linóleo usado para forrar o chão do estúdio. Sua forma, aproximadamente elíptica, parece sugerir um espaço menos arquitetônico, mais próximo das memórias e sensações de espaço que vêm a minha cabeça quando fecho os olhos.”
Luana Vitra
LUANA VITRA
Ana Pigosso

Abraçadeira
“Essa obra é parte de uma ampla investigação na qual busco compreender como se dá a afetividade entre as matérias, como os minerais se apaixonam, se repelem, se desejam. Escolhi essa obra porque durante o Carnaval, por fim, é nossa matéria que se apaixona. Eu quero que o meu amor seja também um mineral que funde a forma e inflama a vida. Fundir a forma do amor para um futuro sem molde, sem modelo. Um amor que é lava incandescente escorrendo pela carne do mundo. Quando eu fiquei três horas abraçada contigo, fazendo e desfazendo forma sobre aquele manto azul, meu coração era uma cumbuca de ferro e o seu uma cumbuca de barro. Sou eu que amoleço em alta temperatura: Uma ponte de cerâmica e lava forjada pela erupção dos nossos peitos. Ao menos aqui os orixás fizeram as pazes. Nosso abraço não tem quizila.”
Tatiana Chalhoub
TATIANA CHALHOUB
Cortesia da artista e Fortes D’Aloia & Gabriel

Línguas, Beijo de Carnaval e Flores Murchas
“carnaval fevereiro calor sol a pino rio de janeiro é meio-dia é meia-noite samba suor e cerveja bahia carne fantasia geral suado três por dez embolado brilhando amor molhado apertado tesão bagunçado pele língua mão boca bunda pau olho anda corre aonde está o boi tolo”
Renan Benedito
RENAN BENEDITO
Assistente de foto: Julio Alves
Intenso
“Sempre que chega o Carnaval, meu amor pelas águas do mar se intensifica. Enquanto a cidade vibra com a agitação dos blocos e desfiles, eu escolho fugir para a tranquilidade da Ilha de Itaparica. Lá, todos os dias são uma oportunidade de mergulhar nas águas profundas. Um mergulho de descanso, reconhecimento e renovação. Para mim, o Carnaval não é tempo de folia, mas de contemplação. É um período em que me estou ao mar, sentindo sua grandeza, sua força e sua calma. No Carnaval, meu amor é profundamente intenso pelo mar.”
Ángel Castellanos
ÁNGEL CASTELLANOS
Divulgação

“Quando penso em Carnaval, penso em um evento teatral que flerta um pouco com o surrealista, uma grande performance. Quase como uma peça de teatro ou uma peça musical. Quis trazer na imagem a ideia de um amor performático, lúdico. Onde a plateia faz parte da própria peça, e a própria peça é a plateia, enquanto tudo isso fala de amor.”
Bob Wolfenson
BOB WOLFENSON
Divulgação

Jericoacoara, Carnaval de 1999
Portando minha câmera analógica (aliás naquela época não havia outra possibilidade, de modo que, eu poderia dispensar esta informação técnica), perambulando pelas Dunas de Jericoacoara com um flashizinho acoplado. Viagem de férias, a câmera como um caderno de notas, em busca de não sei o quê. Pode ter sido um amor de Carnaval, podem estar juntos até hoje. Há milhões de possibilidades. Façam suas apostas. O amor paira na inclinação suave da duna.”
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Quem nunca encontrou uma paixão no meio da folia? A convite da Vogue Brasil, Tatiana Chalhoub, Larissa de Souza, Luana Vitra, Renan Benedito, Eduardo Berliner, Ángel Castellanos, Bob Wolfenson, Gokula Stoffel e Rosângela Rennó compartilham suas visões sobre o amor de Carnaval Gokula Stoffel

GOKULA STOFFEL
Edouard Fraipont
Mad Birds
“Essa obra pode ser vista como uma metáfora para o amor de Carnaval, ao refletir a intensidade emocional e efemeridade desse tipo de paixão. As figuras centrais me sugerem um encontro íntimo e fugaz, típico das paixões que nascem sob as luzes vibrantes e o ritmo contagiante da folia. Os tons quentes podem remeter à energia, à paixão e à euforia desse período, enquanto os roxos profundos evocam a melancolia que muitas vezes acompanha o fim da celebração. As pinceladas criam uma sensação de movimento, como se capturassem o instante de um abraço ou um olhar, reforçando a natureza passageira e intensa do amor que floresce no caos carnavalesco, mas que pode se dissipar com a chegada da Quarta-feira de Cinzas.”
Rosângela Rennó
ROSÂNGELA RENNÓ
Divulgação

Pra tudo se acabar na quarta-feira
“Amor de Carnaval termina cedo, mas é pra ser assim mesmo. Tem cara de arrastão de praia, quando você menos percebe já passou. As máscaras e as fantasias são construções feitas de sonhos que se renovam a cada ano. Já dizia o grande sambista Martinho da Vila: ‘sonho de rei, de pirata e jardineira; pra tudo se acabar na quarta-feira’. Ano que vem tem mais.”
Larissa de Souza
LARISSA DE SOUZA
Tamara dos Santos

“Gosto do Carnaval por vários motivos: suas cores, brilhos, texturas, sorrisos, corpos livres nas ruas e avenidas, e as múltiplas expressões socioculturais. Ultimamente, tenho feito desenhos a lápis de cor para mim mesma. É um momento em que me conecto com a minha infância, mas, ao mesmo tempo, manifesto as indagações pessoais de uma mulher adulta. Por isso, escolhi o lápis de cor para representar esse tema. Acho que o Carnaval, para mim, possui a mesma ambiguidade desse material quando intenciono o uso: o lúdico e o sagrado-profano da vida humana. Temas como o afrofuturismo também me inspiraram para fazer esse desenho, assim como um dos meus filmes prediletos, Orfeu do Carnaval, de 1959.”

Eduardo Berliner
EDUARDO BERLINER
Julia Thompson

“A pintura deriva das manchas encontradas no linóleo usado para forrar o chão do estúdio. Sua forma, aproximadamente elíptica, parece sugerir um espaço menos arquitetônico, mais próximo das memórias e sensações de espaço que vêm a minha cabeça quando fecho os olhos.”
Luana Vitra
LUANA VITRA
Ana Pigosso

Abraçadeira
“Essa obra é parte de uma ampla investigação na qual busco compreender como se dá a afetividade entre as matérias, como os minerais se apaixonam, se repelem, se desejam. Escolhi essa obra porque durante o Carnaval, por fim, é nossa matéria que se apaixona. Eu quero que o meu amor seja também um mineral que funde a forma e inflama a vida. Fundir a forma do amor para um futuro sem molde, sem modelo. Um amor que é lava incandescente escorrendo pela carne do mundo. Quando eu fiquei três horas abraçada contigo, fazendo e desfazendo forma sobre aquele manto azul, meu coração era uma cumbuca de ferro e o seu uma cumbuca de barro. Sou eu que amoleço em alta temperatura: Uma ponte de cerâmica e lava forjada pela erupção dos nossos peitos. Ao menos aqui os orixás fizeram as pazes. Nosso abraço não tem quizila.”
Tatiana Chalhoub
TATIANA CHALHOUB
Cortesia da artista e Fortes D’Aloia & Gabriel

Línguas, Beijo de Carnaval e Flores Murchas
“carnaval fevereiro calor sol a pino rio de janeiro é meio-dia é meia-noite samba suor e cerveja bahia carne fantasia geral suado três por dez embolado brilhando amor molhado apertado tesão bagunçado pele língua mão boca bunda pau olho anda corre aonde está o boi tolo”
Renan Benedito
RENAN BENEDITO
Assistente de foto: Julio Alves
Intenso
“Sempre que chega o Carnaval, meu amor pelas águas do mar se intensifica. Enquanto a cidade vibra com a agitação dos blocos e desfiles, eu escolho fugir para a tranquilidade da Ilha de Itaparica. Lá, todos os dias são uma oportunidade de mergulhar nas águas profundas. Um mergulho de descanso, reconhecimento e renovação. Para mim, o Carnaval não é tempo de folia, mas de contemplação. É um período em que me estou ao mar, sentindo sua grandeza, sua força e sua calma. No Carnaval, meu amor é profundamente intenso pelo mar.”
Ángel Castellanos
ÁNGEL CASTELLANOS
Divulgação

“Quando penso em Carnaval, penso em um evento teatral que flerta um pouco com o surrealista, uma grande performance. Quase como uma peça de teatro ou uma peça musical. Quis trazer na imagem a ideia de um amor performático, lúdico. Onde a plateia faz parte da própria peça, e a própria peça é a plateia, enquanto tudo isso fala de amor.”
Bob Wolfenson
BOB WOLFENSON
Divulgação

Jericoacoara, Carnaval de 1999
Portando minha câmera analógica (aliás naquela época não havia outra possibilidade, de modo que, eu poderia dispensar esta informação técnica), perambulando pelas Dunas de Jericoacoara com um flashizinho acoplado. Viagem de férias, a câmera como um caderno de notas, em busca de não sei o quê. Pode ter sido um amor de Carnaval, podem estar juntos até hoje. Há milhões de possibilidades. Façam suas apostas. O amor paira na inclinação suave da duna.”
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