Carlo Ancelotti, técnico mais vitorioso da história do Real Madrid, abriu o jogo sobre os bastidores de sua carreira em uma entrevista recente ao “PorettiCast”, conduzida pelo ator italiano Giacomo Poretti. Aos 65 anos, o treinador, que já comandou gigantes como Milan, Chelsea, PSG e Bayern de Munique, revelou episódios curiosos e tensos de seu relacionamento com jogadores ao longo de décadas no futebol. Entre os destaques, ele mencionou um atleta que, no início da carreira, chegava ao ponto de cobrir o rosto com uma toalha durante suas conversas no vestiário, em um claro sinal de desinteresse ou rebeldia. Apesar disso, Ancelotti destacou que, com o tempo, essas situações acabaram se resolvendo, mostrando sua habilidade em lidar com personalidades diversas no esporte.
O italiano, que também teve uma carreira sólida como jogador, com passagens por Milan, Roma e pela seleção da Itália, não citou nomes, mas deu pistas sobre os desafios de gerenciar egos e emoções em um ambiente tão competitivo. Ele admitiu que nem todos os atletas aceitam bem suas decisões, como ficar no banco de reservas, o que às vezes gera atritos pessoais. “Há jogadores que, quando você os deixa no banco, custa para eles te saudar pela manhã”, disse, apontando como essas reações podem confundir os papéis de técnico e jogador. Sua experiência, no entanto, o levou a desenvolver uma postura mais compreensiva e estratégica diante desses conflitos.
Além disso, Ancelotti trouxe à tona reflexões sobre o que gostaria de entender melhor no universo do futebol. “Eu gostaria de ser uma mosca para escutar o que diz um jogador quando não joga e volta para casa”, confessou, indicando sua curiosidade sobre os pensamentos e sentimentos dos atletas fora do ambiente do clube. A declaração reflete o lado humano do treinador, conhecido por sua calma e capacidade de diálogo, características que o tornaram uma figura respeitada tanto por jogadores quanto por torcedores ao redor do mundo.
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— Real Madrid C.F. (@realmadrid) March 7, 2025
Conflitos no vestiário: a rotina de um técnico lendário
Durante a entrevista, Carlo Ancelotti detalhou situações que marcaram sua trajetória, como os embates com jogadores que não aceitavam suas orientações. Ele relembrou o caso do atleta que usava uma toalha para evitar ouvi-lo, descrevendo como abordou o problema diretamente: “Um dia eu disse: ‘Não podemos continuar assim’”. O episódio, ocorrido no início da carreira do jogador em questão, mostra como o técnico precisou lidar com comportamentos imaturos e, ao mesmo tempo, buscar formas de estabelecer autoridade sem perder a conexão com o elenco. Sua paciência e tato para resolver esses conflitos são apontados como fundamentais para o sucesso em sua longa carreira.
Ancelotti também falou sobre a dificuldade de alguns jogadores em separar o lado profissional do pessoal. Segundo ele, decisões táticas, como deixar alguém no banco, frequentemente geram reações emocionais que afetam o dia a dia do clube. “Muitos jogadores discutiram comigo”, admitiu, reforçando que esses desentendimentos fazem parte da dinâmica de um vestiário. Apesar disso, o treinador enfatizou que, na maioria dos casos, os problemas foram superados, o que evidencia sua habilidade em manter o equilíbrio entre disciplina e empatia.
Outro ponto levantado por ele foi a evolução de sua relação com os atletas ao longo do tempo. Com mais de 30 anos de experiência como técnico, Ancelotti aprendeu a enxergar além das reações imediatas e a valorizar o diálogo. Sua abordagem, que combina firmeza com compreensão, é vista como um dos motivos pelos quais ele segue no topo do futebol mundial, acumulando títulos como cinco Ligas dos Campeões e campeonatos nacionais em cinco países diferentes.
Racismo no futebol: Ancelotti defende Vinicius Junior e outros atletas
Um dos temas mais sérios abordados por Carlo Ancelotti na entrevista foi o racismo no futebol, uma questão que tem afetado diretamente jogadores sob seu comando, como Vinicius Junior. O técnico do Real Madrid não hesitou em elogiar o brasileiro, afirmando que ele é o “melhor do mundo” e que “merece” esse reconhecimento. No entanto, destacou que o atacante, assim como outros atletas, enfrenta ataques racistas constantes. “Vinicius sofre muitos ataques racistas, mas ele não é o único. Também aconteceu com Nico Williams”, disse, referindo-se ao jogador do Athletic Bilbao e da seleção espanhola.
Ancelotti aproveitou para cobrar mudanças mais efetivas no combate a esse problema. “É preciso dar muitos passos à frente”, declarou, apontando que a excelência dos jogadores no campo não pode ser usada como justificativa para ofensas. O treinador já havia se manifestado sobre o tema em outras ocasiões, especialmente após episódios envolvendo Vinicius Junior em partidas do Campeonato Espanhol, como os insultos sofridos em jogos contra o Valencia em 2023. Sua postura firme reforça o papel de liderança que ele exerce não apenas dentro do clube, mas também na luta por um esporte mais justo.
Para ilustrar a gravidade da situação, vale lembrar que o racismo no futebol espanhol ganhou destaque nos últimos anos, com casos registrados em estádios e até nas redes sociais. Vinicius Junior, por exemplo, já foi alvo de cânticos ofensivos e gestos racistas em diversas partidas, o que levou a LaLiga a implementar medidas como multas a clubes e campanhas de conscientização. Ancelotti, ao lado de outros nomes do esporte, tem se posicionado como uma voz ativa nesse debate, defendendo seus jogadores e pedindo ações concretas.
Cronologia dos títulos de Ancelotti: uma carreira de conquistas
Carlo Ancelotti acumula um currículo invejável, com conquistas que o colocam entre os maiores técnicos da história. Sua trajetória vitoriosa inclui marcos impressionantes, especialmente no comando de clubes europeus. Veja alguns dos principais momentos de sua carreira como treinador:
- 1999-2000: Conquista da Coppa Italia com a Juventus, seu primeiro grande título como técnico.
- 2002-03: Vence a Liga dos Campeões com o Milan, derrotando a Juventus nos pênaltis.
- 2009-10: Faz história no Chelsea ao conquistar a Premier League e a FA Cup na mesma temporada.
- 2013-14: Leva o Real Madrid à “Décima” Liga dos Campeões, encerrando um jejum de 12 anos do clube.
- 2021-22: Torna-se o primeiro técnico a vencer as cinco principais ligas europeias (Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha), além de conquistar mais uma Liga dos Campeões com o Real Madrid.
Esses feitos mostram a consistência de Ancelotti em diferentes contextos e países, algo raro no futebol moderno. Sua passagem atual pelo Real Madrid, iniciada em 2021, já rendeu títulos importantes e colocou o clube novamente no topo do cenário mundial.
Mbappé e o talento natural: o olhar de Ancelotti sobre os jovens
Ao falar sobre Kylian Mbappé, que chegou ao Real Madrid em 2024 e rapidamente se destacou, Ancelotti não poupou elogios. “Mbappé não chegou a esse nível por treinar desde o primeiro dia de sua vida e sim porque a mãe natureza o deu um talento especial”, afirmou. O francês, que já havia brilhado no PSG e na seleção francesa, vem mostrando números impressionantes em sua adaptação ao futebol espanhol, com gols e assistências que o colocam entre os principais jogadores da temporada.
O treinador destacou que o sucesso de Mbappé não depende apenas de seu dom natural, mas também de sua dedicação. “Ele tem sabido geri-lo com compromisso e sacrifício”, disse, apontando o equilíbrio entre talento e trabalho como chave para o desempenho do atacante. Desde sua estreia pelo Real Madrid, Mbappé já marcou em clássicos contra o Barcelona e em jogos decisivos da Liga dos Campeões, consolidando sua importância no elenco.
Ancelotti também aproveitou para refletir sobre o papel do esporte na formação dos jovens. “Os jovens devem utilizar o esporte para aprender, é uma escola da vida”, declarou, mostrando uma visão que vai além das quatro linhas. Sua experiência com jogadores como Mbappé, Vinicius Junior e outros talentos reforça sua capacidade de extrair o melhor de cada atleta, seja pelo diálogo ou por estratégias táticas.
Curiosidades sobre a carreira de Ancelotti: o que você talvez não saiba
Carlo Ancelotti tem uma trajetória repleta de histórias marcantes, tanto como jogador quanto como técnico. Confira alguns fatos interessantes sobre o italiano:
- Durante sua carreira como jogador, marcou o gol mais rápido da história da Serie A, aos 12 segundos, em 1981, pelo Parma.
- É o único técnico a vencer a Liga dos Campeões com três clubes diferentes (Milan e Real Madrid) e em cinco edições no total.
- Antes de se dedicar ao futebol, trabalhou brevemente como aprendiz de eletricista, uma influência de sua família humilde em Reggiolo, na Itália.
- Já foi cotado para treinar a seleção brasileira em 2023, mas optou por renovar com o Real Madrid até 2026.
Esses detalhes ajudam a entender a versatilidade e a resiliência de Ancelotti, que passou de um meio-campista habilidoso a um dos maiores estrategistas do esporte.

Carlo Ancelotti, técnico mais vitorioso da história do Real Madrid, abriu o jogo sobre os bastidores de sua carreira em uma entrevista recente ao “PorettiCast”, conduzida pelo ator italiano Giacomo Poretti. Aos 65 anos, o treinador, que já comandou gigantes como Milan, Chelsea, PSG e Bayern de Munique, revelou episódios curiosos e tensos de seu relacionamento com jogadores ao longo de décadas no futebol. Entre os destaques, ele mencionou um atleta que, no início da carreira, chegava ao ponto de cobrir o rosto com uma toalha durante suas conversas no vestiário, em um claro sinal de desinteresse ou rebeldia. Apesar disso, Ancelotti destacou que, com o tempo, essas situações acabaram se resolvendo, mostrando sua habilidade em lidar com personalidades diversas no esporte.
O italiano, que também teve uma carreira sólida como jogador, com passagens por Milan, Roma e pela seleção da Itália, não citou nomes, mas deu pistas sobre os desafios de gerenciar egos e emoções em um ambiente tão competitivo. Ele admitiu que nem todos os atletas aceitam bem suas decisões, como ficar no banco de reservas, o que às vezes gera atritos pessoais. “Há jogadores que, quando você os deixa no banco, custa para eles te saudar pela manhã”, disse, apontando como essas reações podem confundir os papéis de técnico e jogador. Sua experiência, no entanto, o levou a desenvolver uma postura mais compreensiva e estratégica diante desses conflitos.
Além disso, Ancelotti trouxe à tona reflexões sobre o que gostaria de entender melhor no universo do futebol. “Eu gostaria de ser uma mosca para escutar o que diz um jogador quando não joga e volta para casa”, confessou, indicando sua curiosidade sobre os pensamentos e sentimentos dos atletas fora do ambiente do clube. A declaração reflete o lado humano do treinador, conhecido por sua calma e capacidade de diálogo, características que o tornaram uma figura respeitada tanto por jogadores quanto por torcedores ao redor do mundo.
🤩 El @RealMadrid recibe las tarjetas digitales de Sanitas.@Sanitas | #ImpulsoSanitas
— Real Madrid C.F. (@realmadrid) March 7, 2025
Conflitos no vestiário: a rotina de um técnico lendário
Durante a entrevista, Carlo Ancelotti detalhou situações que marcaram sua trajetória, como os embates com jogadores que não aceitavam suas orientações. Ele relembrou o caso do atleta que usava uma toalha para evitar ouvi-lo, descrevendo como abordou o problema diretamente: “Um dia eu disse: ‘Não podemos continuar assim’”. O episódio, ocorrido no início da carreira do jogador em questão, mostra como o técnico precisou lidar com comportamentos imaturos e, ao mesmo tempo, buscar formas de estabelecer autoridade sem perder a conexão com o elenco. Sua paciência e tato para resolver esses conflitos são apontados como fundamentais para o sucesso em sua longa carreira.
Ancelotti também falou sobre a dificuldade de alguns jogadores em separar o lado profissional do pessoal. Segundo ele, decisões táticas, como deixar alguém no banco, frequentemente geram reações emocionais que afetam o dia a dia do clube. “Muitos jogadores discutiram comigo”, admitiu, reforçando que esses desentendimentos fazem parte da dinâmica de um vestiário. Apesar disso, o treinador enfatizou que, na maioria dos casos, os problemas foram superados, o que evidencia sua habilidade em manter o equilíbrio entre disciplina e empatia.
Outro ponto levantado por ele foi a evolução de sua relação com os atletas ao longo do tempo. Com mais de 30 anos de experiência como técnico, Ancelotti aprendeu a enxergar além das reações imediatas e a valorizar o diálogo. Sua abordagem, que combina firmeza com compreensão, é vista como um dos motivos pelos quais ele segue no topo do futebol mundial, acumulando títulos como cinco Ligas dos Campeões e campeonatos nacionais em cinco países diferentes.
Racismo no futebol: Ancelotti defende Vinicius Junior e outros atletas
Um dos temas mais sérios abordados por Carlo Ancelotti na entrevista foi o racismo no futebol, uma questão que tem afetado diretamente jogadores sob seu comando, como Vinicius Junior. O técnico do Real Madrid não hesitou em elogiar o brasileiro, afirmando que ele é o “melhor do mundo” e que “merece” esse reconhecimento. No entanto, destacou que o atacante, assim como outros atletas, enfrenta ataques racistas constantes. “Vinicius sofre muitos ataques racistas, mas ele não é o único. Também aconteceu com Nico Williams”, disse, referindo-se ao jogador do Athletic Bilbao e da seleção espanhola.
Ancelotti aproveitou para cobrar mudanças mais efetivas no combate a esse problema. “É preciso dar muitos passos à frente”, declarou, apontando que a excelência dos jogadores no campo não pode ser usada como justificativa para ofensas. O treinador já havia se manifestado sobre o tema em outras ocasiões, especialmente após episódios envolvendo Vinicius Junior em partidas do Campeonato Espanhol, como os insultos sofridos em jogos contra o Valencia em 2023. Sua postura firme reforça o papel de liderança que ele exerce não apenas dentro do clube, mas também na luta por um esporte mais justo.
Para ilustrar a gravidade da situação, vale lembrar que o racismo no futebol espanhol ganhou destaque nos últimos anos, com casos registrados em estádios e até nas redes sociais. Vinicius Junior, por exemplo, já foi alvo de cânticos ofensivos e gestos racistas em diversas partidas, o que levou a LaLiga a implementar medidas como multas a clubes e campanhas de conscientização. Ancelotti, ao lado de outros nomes do esporte, tem se posicionado como uma voz ativa nesse debate, defendendo seus jogadores e pedindo ações concretas.
Cronologia dos títulos de Ancelotti: uma carreira de conquistas
Carlo Ancelotti acumula um currículo invejável, com conquistas que o colocam entre os maiores técnicos da história. Sua trajetória vitoriosa inclui marcos impressionantes, especialmente no comando de clubes europeus. Veja alguns dos principais momentos de sua carreira como treinador:
- 1999-2000: Conquista da Coppa Italia com a Juventus, seu primeiro grande título como técnico.
- 2002-03: Vence a Liga dos Campeões com o Milan, derrotando a Juventus nos pênaltis.
- 2009-10: Faz história no Chelsea ao conquistar a Premier League e a FA Cup na mesma temporada.
- 2013-14: Leva o Real Madrid à “Décima” Liga dos Campeões, encerrando um jejum de 12 anos do clube.
- 2021-22: Torna-se o primeiro técnico a vencer as cinco principais ligas europeias (Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha), além de conquistar mais uma Liga dos Campeões com o Real Madrid.
Esses feitos mostram a consistência de Ancelotti em diferentes contextos e países, algo raro no futebol moderno. Sua passagem atual pelo Real Madrid, iniciada em 2021, já rendeu títulos importantes e colocou o clube novamente no topo do cenário mundial.
Mbappé e o talento natural: o olhar de Ancelotti sobre os jovens
Ao falar sobre Kylian Mbappé, que chegou ao Real Madrid em 2024 e rapidamente se destacou, Ancelotti não poupou elogios. “Mbappé não chegou a esse nível por treinar desde o primeiro dia de sua vida e sim porque a mãe natureza o deu um talento especial”, afirmou. O francês, que já havia brilhado no PSG e na seleção francesa, vem mostrando números impressionantes em sua adaptação ao futebol espanhol, com gols e assistências que o colocam entre os principais jogadores da temporada.
O treinador destacou que o sucesso de Mbappé não depende apenas de seu dom natural, mas também de sua dedicação. “Ele tem sabido geri-lo com compromisso e sacrifício”, disse, apontando o equilíbrio entre talento e trabalho como chave para o desempenho do atacante. Desde sua estreia pelo Real Madrid, Mbappé já marcou em clássicos contra o Barcelona e em jogos decisivos da Liga dos Campeões, consolidando sua importância no elenco.
Ancelotti também aproveitou para refletir sobre o papel do esporte na formação dos jovens. “Os jovens devem utilizar o esporte para aprender, é uma escola da vida”, declarou, mostrando uma visão que vai além das quatro linhas. Sua experiência com jogadores como Mbappé, Vinicius Junior e outros talentos reforça sua capacidade de extrair o melhor de cada atleta, seja pelo diálogo ou por estratégias táticas.
Curiosidades sobre a carreira de Ancelotti: o que você talvez não saiba
Carlo Ancelotti tem uma trajetória repleta de histórias marcantes, tanto como jogador quanto como técnico. Confira alguns fatos interessantes sobre o italiano:
- Durante sua carreira como jogador, marcou o gol mais rápido da história da Serie A, aos 12 segundos, em 1981, pelo Parma.
- É o único técnico a vencer a Liga dos Campeões com três clubes diferentes (Milan e Real Madrid) e em cinco edições no total.
- Antes de se dedicar ao futebol, trabalhou brevemente como aprendiz de eletricista, uma influência de sua família humilde em Reggiolo, na Itália.
- Já foi cotado para treinar a seleção brasileira em 2023, mas optou por renovar com o Real Madrid até 2026.
Esses detalhes ajudam a entender a versatilidade e a resiliência de Ancelotti, que passou de um meio-campista habilidoso a um dos maiores estrategistas do esporte.
